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Brasília

Lula atrai partidos que davam sustentação a Bolsonaro e constrói sua base parlamentar no novo Congresso

Estão na mira do Planalto o Republicanos, União Brasil e Progressistas. Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, é quem coordena as negociações

Cerimônia de posse do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
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247 - Com os novos deputados e deputadas federais e senadores e senadoras empossadas, o presidente Lula (PT) já se movimenta para formar sua base parlamentar no novo Congresso Nacional.

"A investida envolve negociações de cargos de segundo e terceiro escalões para garantir apoio à aprovação de pautas prioritárias do Palácio do Planalto", segundo o jornal O Globo.

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Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha é quem tem procurado nomes do Republicanos, União Brasil e Progressistas (PP) - partidos que davam suporte ao governo Jair Bolsonaro (PL) - para firmar uma aproximação.

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"Para ampliar a base, o governo tem acenado com cargos na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e superintendências estaduais dos Correios. Também avalia recriar a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que tem um orçamento de R$ 2,9 bilhões para realizar obras de saneamento básico e cujas atribuições foram transferidas ao Ministério das Cidades, comandado pelo MDB", segundo a reportagem.

O partido que oferece mais resistência é o PP do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL), e do ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro Ciro Nogueira (PI). Para aderir à base de Lula, o PP não vai se contentar com cargos de segundo e terceiro escalões. O que a sigla quer é chefiar ministérios, o que não está no horizonte do presidente.

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Há no PP, no entanto, aqueles mais suscetíveis à aproximação com o governo. "É natural que o PP queira conversar. Mesmo porque o partido já declarou independência, mas parte da bancada não quer ser oposição", afirma, por exemplo, o deputado Doutor Luizinho (PP-RJ).

Alexandre Padilha já esteve também com o líder do Republicanos na Câmara, Hugo Motta (PB). O Republicanos, junto ao PP e ao PL, forma o núcleo do Centrão no Congresso. "Na avaliação do Planalto, a relação com a sigla ligada à Igreja Universal tende a ser mais circunstancial e focada em pautas econômicas e sociais do governo, sem o compromisso de alinhamento nas propostas relacionadas a costumes", diz a reportagem.

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"Seremos independentes. Aliás, já somos", afirma o presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP). Parlamentares do Republicanos já sinalizaram ao Planalto que pretendem votar com o governo em pautas estratégicas, como a reforma tributária e possivelmente o novo arcabouço fiscal que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda apresentará. Para viabilizar o apoio, o governo Lula já deu um passo ao aprovar o nome do deputado Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR) para o Tribunal de Contas da União (TCU), na semana passada.

Nesta semana, Padilha se encontra com o presidente do União Brasil, Luciano Bivar (PE), que tem três ministérios no atual governo: Turismo, Comunicações e Integração Nacional. 

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Mesmo assim, a sigla joga duro e não garante apoio integral às pautas do governo. O União Brasil quer mais cargos. "Aliados de Bivar afirmam que, 'para começar', ele pedirá o comando da Sudene e da Codevasf, estatal que já está sob o controle de um apaniguado do líder da legenda na Câmara, Elmar Nascimento (BA), que tentou ser ministro de Lula, mas foi vetado pelo PT da Bahia. Agora, com apoio de Lira, Elmar está dobrando as exigências para angariar o apoio de seus colegas em favor do Planalto. O parlamentar alega que a sua tropa é maior que a do MDB e PSD, que também foram agraciados com três pastas cada".

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