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Brasília

Recém-eleito presidente da Comissão de Educação, Nikolas Ferreira abre ofensiva bolsonarista contra sistema educacional

Cerca de um terço dos 31 requerimentos da agenda do colegiado registrados nesta quarta-feira atendem às demandas ideológicas de parlamentares bolsonaristas e de extrema direita

Dep. Nikolas Ferreira (PL - MG) (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
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247 - O deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG), recém-eleito presidente da Comissão de Educação da Câmara, abriu a primeira ofensiva da oposição na área educacional, inserindo temas ideológicos da extrema direita e de aliados Jair Bolsonaro na pauta do colegiado. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, cerca de um terço dos 31 requerimentos da agenda do colegiado nesta quarta-feira (20) atendem às demandas de parlamentares da oposição.

“Na empreitada, estão requerimentos que, entre outras coisas, pede à Procuradoria-Geral da República (PGR) investigação sobre possíveis crimes numa universidade pública, deseja debater em audiência pública a existência de um 'fascismo de esquerda' no ensino superior brasileiro e repúdio a dia uma fala do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), condenando o homeschooling (educação em casa)”, destaca a reportagem. O requerimento de investigação enviado à PGR foi aprovado nesta quarta-feira, assim como a audiência pública. A moção de repúdio foi retirada da pauta devido ao tempo de duração da sessão.

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Deputados da base de apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ressaltam que a primeira atuação de Nikolas na Comissão de Educação, na semana anterior, parecia indicar uma abordagem mais conciliatória e de apoio às políticas governistas. Por outro lado, os bolsonaristas acreditam que Nikolas representará um "obstáculo" contra o que consideram ser um controle da esquerda na Educação.

Nikolas Ferreira é alinhado à ideologia do astrólogo Olavo de Carvalho, considerado "guru" do bolsonarismo, a quem se refere como "professor", e pretende denunciar, em alguns dos requerimentos, a existência de uma suposta "doutrinação ideológica" nas escolas.

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Outro requerimento propõe uma audiência pública para discutir a existência de um suposto "fascismo de esquerda" em universidades públicas, reunindo movimentos de juventude de direita e esquerda para abordar a "violência" contra pessoas que têm diferentes perspectivas políticas.

Já o vice-presidente, Geraldo Alckmin, é alvo de uma moção de repúdio por uma declaração contra homeschooling feita em fevereiro. “Isso é uma proposta racista que foi inventada nos Estados Unidos porque (diziam) ‘olha, se tem negro na escola, meu filho não vai à escola, vai estudar em casa’. Como é que pode isso?”, disse Alckmin na ocasião.

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O autor do requerimento, Capitão Alden (PL-BA), condena as falas de Alckmin, argumentando que a ausência de regulação sobre o homeschooling representa um "atraso" para o Brasil, e que o modelo educacional - criticado por educadores po retirar as crianças das escolas e confiar o processo pedagógico aos pais, que, na realidade, não possuem qualificações nem recursos pedagógicos para exercer tais tarefas - como um caminho oposto às "doutrinações político-partidárias e ideológicas".

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