Servidores denunciam escorpiões “gigantes” na Câmara dos Deputados
Escorpiões têm sido vistos no local há pelo menos dois anos, mas os episódios se intensificaram
247 - A presença constante de escorpiões no Anexo IV da Câmara dos Deputados tem provocado apreensão entre servidores e funcionários terceirizados. Imagens e vídeos enviados ao portal Metrópoles, que revelou o caso, mostram os animais circulando em áreas de trabalho e de uso comum.
Em um dos registros, um escorpião caminha próximo à entrada do prédio, localizado em Brasília. Segundo relatos de servidores ouvidos pela reportagem, o problema não é novo: escorpiões têm sido vistos no local há pelo menos dois anos, mas os episódios se intensificaram desde janeiro deste ano. Desde então, há relatos de pelo menos um escorpião encontrado por semana nas dependências do setor.
“O escorpião já apareceu no banheiro, no armário da copa, no sofá da recepção, embaixo de mesas, atrás de móveis e até dentro de um fone de ouvido usado para trabalhar”, relatou uma servidora, que preferiu não se identificar por medo de represálias.
De acordo com a mesma funcionária, há cerca de seis meses, um servidor foi picado por um escorpião enquanto trabalhava no prédio. Após o acidente, ele solicitou transferência para outro setor.
“A Câmara realiza dedetizações periódicas no prédio, mas as medidas têm efeito limitado. As baratas morrem, e os escorpiões continuam aparecendo”, afirmou.As imagens revelam que os escorpiões estão sendo encontrados com frequência especialmente no subsolo do Anexo IV, onde ficam setores administrativos e áreas de apoio. Vídeos mostram os animais vivos circulando pelo chão e até se escondendo atrás de móveis.Servidores afirmam que os avistamentos têm se tornado parte da rotina, gerando um clima de insegurança e tensão.
Apesar das reclamações, segundo a reportagem, a Câmara dos Deputados não respondeu aos pedidos de esclarecimento até o fechamento da matéria.
A infestação de escorpiões na capital federal tem sido tema de alerta de especialistas em saúde pública. O ambiente urbano, com entulho, umidade e presença de insetos como baratas (que servem de alimento aos escorpiões), favorece a proliferação do aracnídeo. Casos como esse, dentro de um prédio público de alta relevância nacional, acendem o alerta para a necessidade de ações estruturais mais eficazes de controle ambiental.
Enquanto a Câmara não apresenta uma solução definitiva para o problema, servidores convivem diariamente com o medo de novas picadas e com a sensação de vulnerabilidade em seu próprio ambiente de trabalho.Perguntar ao ChatGPT