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    Capitão da PM investigado por ligação com o PCC reassume funções após deixar a prisão

    Diego Cangerana, ex-segurança do governador Tarcísio de Freitas, é apontado como articulador de esquema de lavagem de dinheiro do tráfico

    Formatura de soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo. (Foto: Diogo Moreira/A2 FOTOGRAFIA)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - A Justiça Federal determinou a soltura do capitão Diego Costa Cangerana, oficial da Polícia Militar de São Paulo e ex-chefe de segurança do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), após sua prisão em uma investigação sobre lavagem de dinheiro atribuída ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo o Metrópoles, Cangerana reassumiu suas funções na corporação após decisão favorável do Tribunal.

    Preso pela Polícia Federal em 26 de novembro no âmbito da Operação Tai-Pen, o capitão havia sido afastado de suas funções no início de dezembro. No último dia 20 de dezembro, após a emissão do alvará de soltura, ele foi reintegrado ao 13º Batalhão da Polícia Militar.

    Histórico no governo e viagens oficiais - Cangerana atuou na Casa Militar de São Paulo por mais de 12 anos e, na gestão de Tarcísio, liderou a Divisão de Segurança de Dignitários do Departamento de Segurança Institucional. Durante esse período, acompanhou o governador em 25 agendas oficiais, incluindo viagens internacionais, como uma missão em Portugal em junho para apresentar oportunidades de investimento da Sabesp a empresários. Ele também participou de compromissos em Brasília com autoridades como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

    Investigação e acusações - O oficial é acusado de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 6 bilhões nos últimos cinco anos por meio de fintechs suspeitas. De acordo com a Operação Tai-Pen, ele teria papel ativo na abertura de contas usadas para lavar dinheiro do tráfico, além de realizar transações milionárias entre empresas e indivíduos, totalizando R$ 120 bilhões.

    A investigação revelou que as fintechs envolvidas funcionavam como intermediárias para grandes somas oriundas de atividades ilícitas, vinculadas ao PCC. Apesar das graves acusações, a defesa de Cangerana argumentou que sua prisão preventiva não era necessária, o que levou à concessão do habeas corpus.

    Declarações de Tarcísio - À época, o governador Tarcísio de Freitas se posicionou sobre a prisão do capitão, ressaltando que qualquer participação comprovada no esquema será severamente punida. Em declaração pública, Tarcísio afirmou: "não podemos falar da polícia dessa maneira. A polícia é boa, séria, profissional, presta um relevante serviço por mim, por você, pela nossa sociedade e, obviamente, em toda instituição, infelizmente, a gente tem as maçãs podres, e essas maçãs podres nós vamos tirar do cesto, punir severamente”.

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