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Filha de Samara Felippo é alvo de ataque racista em escola de São Paulo

Duas estudantes arrancaram páginas do caderno da jovem e escreveram frases de cunho racista. A escola suspendeu as agressoras por tempo indeterminado

(Foto: Reprodução/Instagram )

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247 - A filha mais velha da atriz Samara Felippo foi vítima de um ato de racismo no Colégio Vera Cruz, localizado na zona oeste da capital paulista. A filha da atriz, é negra, tem 14 anos e cursa o 9º ano. Segundo o Metrópoles, o caso aconteceu na última segunda-feira (22), quando duas alunas da mesma série da sua filha roubaram seu caderno, arrancaram todas as páginas de um trabalho de pesquisa e escreveram a frase "c* preto". A escola reconheceu a agressão contra a jovem e suspendeu as alunas responsáveis pelo ato racista.

“Ainda estou digerindo tudo e, talvez, nunca consiga. Cada vez que olho o caderno dela ou vejo ela debruçada sobre a mesa, refazendo cada página, dói na alma. Choro. É um choro muito doído. Mas agora estou chorando de indignação também”, escreveu Samara Felippo nas redes sociais.

Ainda conforme a atriz, os “atos hostis e excludentes” contra a sua filha tem se tornado “cada vez mais violentos e reincidentes” na escola e que jovem já era “excluída de trabalhos, grupos, passeios”, mas “aceitava qualquer migalha e deboche” porque “queria fazer parte de uma turma”.

A preocupação com a saúde mental da estudante e de outros alunos negros do colégio foi destacada por Samara, que ressaltou a gravidade do incidente e a necessidade de medidas efetivas por parte da instituição. “Não é um caso isolado, que isso fique claro”, destacou.

“Quero que todos saibam a gravidade da situação à qual minha filha foi submetida e que a escola insiste em ocultar, atos esses que estão causando danos irreparáveis para as nossas vidas! E quando digo ‘nossa’ é de todos nós mesmo, pois o racismo é um câncer na nossa sociedade e não podemos nos calar”, disse.

Após o episódio, Samara realizou três reuniões com representantes do Vera Cruz, demandando a expulsão das alunas responsáveis pelo ato racista. No entanto, a escola optou por aplicar medidas disciplinares menos severas, suspendendo as agressoras e proibindo sua participação em atividades escolares, como uma viagem programada.

Samara criticou a punição aplicada às agressoras. “Poderiam aproveitar um caso grave como esse para servir de exemplo para toda a comunidade escolar, mostrando o que é intolerável dentro de um estabelecimento de ensino em pleno 2024, mas vejo mais uma escola, que se diz antirracista e ‘intolerante’, tolerando e dando a famosa segunda chance, ou seja, PASSANDO PANO”, destacou.

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