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Flávio Bolsonaro tentou nove vezes interromper na Justiça investigações sobre Queiroz

Desde o início das investigações contra Fabrício Queiroz, o senador Flávio Bolsonaro tentou barrar o trabalho do Judiciário. O parlamentar recorreu ao TJ-RJ, ao STJ e ao STF. Ao todo foram nove tentativas

Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado | Divulgação/Polícia Civil)
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247 - O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) tentou nove vezes interromper, na Justiça, as investigações sobre Fabrício Queiroz. Também apresentou opiniões diferentes sobre o ex-assessor. Desde o início do trabalho dos promotores, o filho de Jair Bolsonaro tentou barrar as investigações. Ele recorreu ao Tribunal de Justiça do Rio, ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal. Foram nove tentativas. Queiroz foi preso nesta quinta-feira (18) em São Paulo por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro na Assembleia Legislativa, quando o atual senador era deputado estadual. 

Em julho de 2019, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, suspendeu não só a investigação contra o parlamentar, mas também todas as outras que usavam dados fornecidos pelo antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) e pela Receita sem autorização da Justiça. Em novembro, o Plenário do Supremo derrubou a liminar e as investigações foram retomadas.

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De acordo com relatório do Coaf, foram 48 depósitos de R$ 2 mil em dinheiro vivo, no total de R$ 96 mil, em junho e julho de 2017. Todos foram feitos na agência bancária que fica dentro da Assembleia Legislativa do Rio. 

Na primeira vez em que falou sobre o assunto, em dezembro de 2018, o então senador eleito Flávio Bolsonaro disse confiar nas explicações de Fabrício Queiroz. Os relatos foram publicados no Jornal Nacional

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"Fui cobrar esclarecimentos dele sobre o que estava acontecendo. A gente não tem nada a esconder de ninguém. Ele me relatou uma história bastante plausível. Me garantiu que não teria nenhuma ilegalidade nas suas movimentações, portanto, ele, assim que for chamado ao Ministério Público, vai dar os devidos esclarecimentos. Só que quem tem que ser convencido não sou eu, é o Ministério Público", disse o parlamentar. 

De acordo com os promotores, uma parte do dinheiro ganho pelo senador no esquema das rachadinhas virou chocolate. Flávio e Fernanda Bolsonaro se tornaram sócios em uma loja num shopping da Zona Oeste do Rio. O casal pagou R$ 1 milhão e, segundo as investigações, o valor não era compatível com a renda dos dois. "Circunstância que levanta a fundada suspeita de que parte dos recursos desviados da Assembleia Legislativa possa ter sido lavada por meio do empreendimento comercial".

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Outro detalhe é que as vendas em dinheiro vivo da loja eram praticamente o dobro do normal, mais de 40%. E, na Páscoa, as vendas em cartão aumentavam, enquanto o volume de negócios em dinheiro não mudava.

Investigadores também suspeitam que o casal comprou apartamentos por valores maiores do que os registrados nas escrituras. No mesmo dia em que vendeu dois apartamentos ao casal, um representante dos proprietários fez dois depósitos em dinheiro vivo na própria conta no valor de R$ 638.400,00.

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