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'Mary Hellen entrou de mula’, afirma advogado de brasileira presa na Tailândia por tráfico de drogas

O advogado Telêmaco Marrace, responsável pela defesa da mineira Mary Hellen, também afirmou que ela deve conseguir o perdão e não ser punida com a pena de morte

Mary Hellen Coelho (Foto: Reprodução)

247 - O advogado Telêmaco Marrace, responsável pela defesa da mineira Mary Hellen, presa na Tailândia por tráfico de drogas, disse que ela foi como "mula" para o país asiático e provavelmente não tinha conhecimento das substâncias. De acordo com o defensor, ela deve conseguir o perdão e não ser punida com a pena de morte. Ela mora em Pouso Alegre (MG).

"A Mary Hellen entrou de ‘mula’, com possibilidades de não ter conhecimento do que levava", afirmou em entrevista ao portal G1. "A aplicação da lei na Tailândia depende muito da quantidade e natureza da drogas. Dependendo do caso pode ser aplicada pena de morte. Os advogados brasileiros têm que ter muito jogo de cintura e atuar conjuntamente com advogados tailandeses. Os asiáticos são muito severos, mas de 15 presos por tráfico na Tailândia em 2020, oito obtiveram o perdão", complementou.

O defensor comentou sobre o aliciamento de jovens para o tráfico de drogas. O foco são mulheres fragilizadas. "Estes garotos são aliciados pelos emissários dos grandes traficantes que ficam em ‘baladas’. Uma outra estratégia que utilizam é o chamado ‘Angel’, que funciona da seguinte forma: o emissário do traficante cria perfis no Tinder, Instagram e Facebook... É o ‘cara’. Jogam a isca e simulam uma paixão...Daí as garotas são convidadas para uma viagem internacional e eles enchem a mala com drogas no fundo falso. Muitas vezes as ‘gurias’ entram numa ‘fria’ e realmente são inocentes. E com os rapazes, a promessa é de vida boa...Carros, riqueza etc...", disse.

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Telêmaco faz parte de uma rede de advogados com atuação mundial em casos de tráfico internacional. Ele assumiu a defesa de Mary Hellen nesta terça-feira (22) junto com duas advogadas de Pouso Alegre. 

Segundo Telêmaco, em uma primeira etapa ele irá contatar um de seus correspondentes na Tailândia para obter informações sobre os estados físico e psíquico de Mary Hellen. 

O defensor também pediu para Mariana Coelho, irmã da brasileira, certidões de antecedentes negativos de envolvimento com o crime para atestar boa conduta. "Precisamos saber em que prisão ela se encontra e se estão respeitando a dignidade dela", informou o advogado.

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