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PF suspeita que denúncia anônima que levou à prisão de Ronnie Lessa no caso Marielle tenha sido 'fabricada'

Relatório da Polícia Federal aponta indícios de que a denúncia anônima teria o objetivo de entregar os executores do crime e preservar os supostos mandantes

Ronnie Lessa (Foto: Reprodução | Divulgação/PF)
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247 - O relatório da Polícia Federal (PF) que apontou o deputado federal Chiquinho Brazão e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) como supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol), trouxe à tona suspeitas de que a denúncia anônima que desencadeou a linha de investigação contra os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, presos sob a acusação de executarem o crime, tenha sido “fabricada”. Segundo a Folha de S. Paulo, isso teria ocorrido após o delegado Rivaldo Barbosa, então chefe da Polícia Civil, comunicar aos irmãos Brazão que havia perdido o controle sobre o caso. 

Os irmãos Brazão foram presos no domingo (25) sob a suspeita de encomendar o homicídio da vereadora, enquanto Rivaldo Barbosa foi preso por supostamente auxiliar no planejamento do crime e na obstrução da investigação. Além disso, Giniton Lages, delegado responsável pela primeira fase do inquérito, foi indiciado sob a suspeita de retardar deliberadamente a apuração. Todos eles negam envolvimento com o crime ocorrido em 2018.

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A denúncia anônima foi registrada na Divisão de Homicídios em outubro de 2018, sete meses após os assassinatos de Marielle e Anderson. O informante teria mencionado um ex-PM conhecido como “Lessa” como autor do crime, além de mencionar a participação de "um bombeiro militar". No entanto, o relatório da PF identificou contradições entre o relato documentado da denúncia e o encaminhamento dado por Giniton Lages à informação.

De acordo com a reportagem, “a PF identificou, neste ponto, uma contradição entre o relato documentado da denúncia, feita por um agente da DH, e o primeiro encaminhamento dado por Giniton à informação. Ao encaminhar a informação para o setor de inteligência, o delegado pediu, escrito à mão, uma pesquisa tendo como parâmetros ‘Lessa’ e ‘Maxuel’. O segundo nome, porém, não consta da denúncia. Maxwell Simões Corrêa foi, posteriormente, acusado de ter conseguido e depois se desfeito do carro para a execução do crime”. 

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Além disso, a denúncia também indicava o envolvimento do ex-vereador Marcelo Siciliano no crime, o que, segundo a PF, poderia ser uma tentativa de desviar a atenção dos verdadeiros suspeitos. Todavia, Siciliano já havia sido apontado como mandante por uma testemunha falsa plantada um mês após o crime.

Outro ponto controverso é a suposta negligência na análise das imagens recolhidas dias após o homicídio. Giniton Lages admitiu que o veículo utilizado no crime não foi identificado inicialmente devido a erros técnicos na análise das imagens. No entanto, a PF questiona esses erros, sugerindo uma possível falha intencional na investigação.

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