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Sudeste

Presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo diz que Marina Silva e Preta Gil se declaram negras 'por conveniência'

"Marina Silva autodeclara-se negra por conveniência política. Não é um caso isolado. Jean Willys, Talíria Petrone, David Miranda (branco) e Preta Gil também são pretos por conveniência. Posar de 'vítima' e de 'oprimido' rende dividendos eleitorais e, em alguns casos, financeiros", escreveu o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, no Twitter

Presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, ex-ministra Marina Silva e a cantora Preta Gil (Foto: Reprodução)
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247 - O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, afirmou nesta terça-feira (13) que a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede), os deputados David Miranda e Talíria Petrone (ambos do PSOL-RJ), o ex-deputado Jean Wyllys e a cantora Preta Gil declaram-se negros "por conveniência". De acordo com o dirigente, nenhum político vivo merece homenagem da instituição.

"Marina Silva autodeclara-se negra por conveniência política. Não é um caso isolado. Jean Willys, Talíria Petrone, David Miranda (branco) e Preta Gil também são pretos por conveniência. Posar de 'vítima' e de 'oprimido' rende dividendos eleitorais e, em alguns casos, financeiros", escreveu ele no Twitter. 

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Segundo Camargo, "nenhum político VIVO é merecedor de homenagem na galeria de personalidades negras da Fundação Cultural Palmares. Os que lá estavam entraram pelo critério espúrio da sabujice!".

"Marina Silva foi excluída da lista de personalidades negras da Fundação Cultural Palmares. Marina não tem contribuição relevante para a população negra do Brasil. Disputar eleições não é mérito. O ambientalismo dela vem sendo questionado e não é o foco das ações da instituição", disse. 

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Outro lado

À coluna Mônica Bergamo, Marina disse que "quem julga o valor da contribuição de uma pessoa à sociedade é a própria sociedade e a sabedoria da história, não é alguém que se apega ao negacionismo para ter 15 minutos de atenção de sua bolha e da mídia".

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"Parafraseando Mario Quintana, existe muita gente atrapalhando os caminhos do respeito à diversidade e à democracia, 'eles passarão, nós passarinho'", declarou.

Em nota, a Rede Sustentabilidade afirmou "repudiar tal ataque a nossa história, em especial à história dos negros no país, à nomeação de pessoas a quem falta competência para compreender e cumprir a missão institucional dos órgãos para os quais foram nomeados".

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O ex-deputado Jean Wyllys, que atualmente é professor nos Estados Unidos, classificou Camargo como "desqualificado". "As decisões administrativas de um desqualificado não mudam a maneira como me identifico tampouco a etnia de meus antepassados por parte da família de meu pai, fator sobre o qual ele não tem nenhuma autoridade para se manifestar. Eu sigo sendo o que sou", disse.

De acordo com a deputada federal Talíria Petrone, Camargo "desvia a função primordial do órgão" desde que assumiu a presidência por, segundo afirmou, "atacar a memória dos que vieram antes de nós na luta contra o racismo estrutural".

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"A postura de Sérgio Camargo — baseada em arroubos autoritários típicos do bolsonarismo — definitivamente não condiz com o cargo que ocupa. Não é este homem, com esta postura que reproduz o racismo e envergonha nossa história de resistência, que irá questionar minha realidade enquanto mulher negra. Está mais do que na hora de devolver a Fundação Cultural Palmares ao povo, ao qual ela deveria servir", disse a parlamentar no Twitter.

A deputada Benedita da Silva também criticou Camargo. "É um crime o que está acontecendo no país, sobretudo na Fundação Palmares. O atual presidente continua perseguindo lideranças negras que não fazem parte da extrema direita. Isso é uma mancha na história da luta antirracista. É inadmissível que continue acontecendo", disse.

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Camargo é reconhecido pelos seus ataques ao movimento negro e suas lideranças, como Zumbi dos Palmares, que foi chamado de "filha da puta" por ele. Também afirmou que o movimento negro é uma "escória maldita" e formado "vagabundos".

Diante de intensos protestos contra o racismo policial nos Estados Unidos, o presidente da Fundação Palmares afirmou que o movimento Black Live Matters (Vidas Negras Importam) é um "lixo esquerdopata!".


 

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