Professora é atacada e morta ao fazer trilha em SC
Imagens de câmeras de segurança foram fundamentais para a rápida identificação do principal suspeito
247 - Uma mulher de 31 anos foi encontrada morta na trilha da praia do Matadeiro, em Florianópolis, na tarde de sexta-feira (21). A informação foi divulgada pelo UOL, que identificou a vítima como Catarina Kasten, professora de inglês e estudante de pós-graduação na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).Catarina saiu de casa por volta das 7h da manhã para uma aula de natação, mas não chegou ao local. O companheiro, preocupado com o desaparecimento, acionou a polícia. Por volta das 13h, turistas localizaram o corpo em uma área de mata de difícil acesso, sem roupas e com sinais de violência, segundo a Polícia Militar.
Imagens de câmeras de segurança foram fundamentais para a rápida identificação do principal suspeito. Em um dos vídeos registrados no caminho para a trilha, o homem aparece escondido atrás de uma barraca. Outra gravação, feita por turistas que perceberam uma “atitude suspeita”, mostra o mesmo indivíduo sem camisa saindo da área de mata.O suspeito foi preso ainda na noite de sexta-feira. De acordo com a Polícia Militar, ele confessou ter cometido o crime. Encaminhado à Central de Plantão Policial da Trindade, o homem disse que estava na trilha para usar drogas quando encontrou a vítima e, segundo a PM, admitiu que estuprou e matou Catarina antes de fugir. A investigação agora está sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios.
A morte causou comoção na comunidade acadêmica. Em nota, a UFSC lamentou o crime, afirmou que o caso gerou indignação e destacou que “tais ocorrências não podem ser naturalizadas”. Familiares e amigos organizaram uma homenagem na Igreja da Armação, próxima à trilha onde o corpo foi encontrado, e pediram mais segurança para mulheres na cidade.O caso reacende o alerta sobre violência sexual no Brasil. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que, no primeiro semestre de 2020, foram registrados 141 estupros por dia no país. Em 2019, a média foi de 181 por dia, e 58% das vítimas tinham até 13 anos.A polícia segue com as diligências para conclusão do inquérito, enquanto órgãos de segurança reforçam a importância de denúncias em situações de violência. Casos emergenciais podem ser reportados pelo número 190, da Polícia Militar, e denúncias também podem ser feitas pelo 180, Central de Atendimento à Mulher.
