CGTN – A Airbus inaugurou nesta quarta-feira sua mais recente Linha de Montagem Final (FAL, na sigla em inglês) para aeronaves da família A320 na cidade portuária de Tianjin, no norte da China, a segunda do gênero tanto na China quanto em toda a Ásia.
A nova instalação duplicará a capacidade de montagem final da família A320 na China, demonstrando a confiança da Airbus no próspero mercado de aviação civil do país, em sua cadeia de suprimentos resiliente e em um ambiente de negócios favorável.
Por meio da FAL, as aeronaves A320 serão montadas a partir de grandes componentes, como seções de fuselagem e asas, depois pintadas, testadas e entregues a clientes na China e em outros países, disse o CEO da Airbus, Guillaume Faury.
Os preparativos para montar o primeiro avião já estão em andamento.
"Saudamos a adição da segunda linha de Tianjin ao nosso sistema global de produção, pois ela nos oferece a flexibilidade e a capacidade necessárias para cumprir o plano de montar 75 aeronaves da família A320 por mês em 2027", afirmou Faury durante a cerimônia de inauguração.
Até o momento, a rede de produção da família A320 da Airbus expandiu-se para 10 linhas de montagem final - quatro na Alemanha, duas na França, duas nos Estados Unidos e duas na China - sendo que a capacidade de montagem em Tianjin deverá contribuir com 20% do total global da empresa. 
Fonte: Xinhua

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China

Airbus inaugura nova linha de montagem na China

247 – A Airbus inaugurou nesta quarta-feira (22) sua segunda linha de montagem final (Final Assembly Line – FAL) para aeronaves da família A320 na cidade de Tianjin, no norte da China. A informação foi divulgada pelo Global Times, que destacou o evento como um marco na cooperação entre a fabricante europeia e o setor de aviação civil chinês.
O presidente-executivo da Airbus, Guillaume Faury, participou da cerimônia de inauguração e afirmou que a expansão simboliza o compromisso da empresa com o crescimento do mercado aéreo chinês e a consolidação de sua cadeia de suprimentos no país. “Damos boas-vindas à adição da segunda linha de Tianjin ao nosso sistema global de produção, pois ela nos oferece a flexibilidade e a capacidade necessárias para alcançar o plano de montar 75 aeronaves da família A320 por mês em 2027”, declarou Faury.
<h2>Expansão estratégica e metas de produção</h2>
A nova linha permitirá à Airbus aumentar significativamente a produção próxima de seus principais clientes na China e em outras regiões da Ásia. Com a expansão, a rede global da fabricante passa a contar com dez linhas de montagem final: quatro em Hamburgo (Alemanha), duas em Toulouse (França), duas em Mobile (Estados Unidos) e agora duas em Tianjin (China).
Segundo a Airbus, os preparativos para montar a primeira aeronave na nova instalação já estão em andamento, com o início das operações completas previsto para o início de 2026. O projeto é resultado de um acordo assinado em abril de 2023 entre Guillaume Faury, a Tianjin Free Trade Zone Investment Co. e a Aviation Industry Corporation of China (AVIC).
<h2>Quarenta anos de cooperação entre Europa e China</h2>
A Airbus Tianjin FAL foi inaugurada originalmente em 2008, tornando-se a primeira linha de montagem da empresa fora da Europa. Desde então, já produziu e entregou 780 aeronaves da família A320, consolidando-se como um símbolo do sucesso da cooperação entre China e Europa no setor aeroespacial.
O ano de 2025 marca também o 40º aniversário da parceria entre a Airbus e a aviação civil chinesa, iniciada em 1985 com a entrega do primeiro modelo Airbus A310 ao país. Para a empresa europeia, a nova unidade em Tianjin representa não apenas um passo estratégico para atender à crescente demanda global, mas também um tributo a décadas de colaboração bem-sucedida entre as duas regiões.

Redação Brasil 247

Global Times

Airbus inaugura segunda linha de montagem final da família A320 na China

247 - O presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, afirmou que o crescimento da demanda mundial por aeronaves comerciais pode abrir espaço para mais concorrência no mercado hoje dominado pela Boeing, dos Estados Unidos, e pela Airbus, da França. As declarações foram feitas em entrevista ao Financial Times, realizada na sede da empresa em São José dos Campos (SP).
Segundo Gomes Neto, as projeções para as próximas duas décadas indicam uma necessidade de cerca de 40 mil aeronaves de grande porte, conhecidas como wide body. “Quando olho as projeções para os próximos 20 anos, vemos uma oportunidade para 40 mil aeronaves nesse segmento. É muita coisa. Acho que há espaço para mais de dois fabricantes, certo? Talvez três ou quatro”, disse.
<h3>Estratégia de expansão</h3>
O executivo destacou que a Embraer avalia possibilidades para desenvolver uma nova geração de jatos comerciais e executivos. No entanto, frisou que essa decisão só deverá ocorrer na próxima década, já que a prioridade atual é ampliar as vendas dos modelos já disponíveis no mercado. Ele ressaltou ainda que parte dos clientes pede mais alternativas no setor: “Alguns dizem que gostariam de ter mais opções”, afirmou. “Mas há uma grande distância entre dizer algo e comprar.”
A fabricante brasileira também aposta em expandir a presença internacional de sua divisão de defesa. Entre os projetos, está a tentativa de consolidar o cargueiro militar KC-390 em novos mercados e a busca por contratos nos Estados Unidos. A empresa estuda, inclusive, montar parte da produção em território americano, alinhando-se à exigência da Força Aérea do país de que aeronaves militares sejam fabricadas localmente.
<h3>Novos mercados e inovação</h3>
Na área de aviação civil, a Índia desponta como um dos principais alvos de expansão da Embraer. Já no setor de mobilidade aérea urbana, a companhia aposta na Eve, sua subsidiária dedicada ao desenvolvimento de táxis aéreos elétricos (eVTOLs). O objetivo é iniciar operações comerciais até o final de 2027.
Para Gomes Neto, a diversificação é essencial para que a Embraer conquiste mais espaço em um setor altamente competitivo. O plano da empresa é se firmar não apenas como fornecedora de jatos regionais, mas também como protagonista em novas tecnologias e mercados estratégicos.

Luis Mauro Filho

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Negócios

Embraer prevê espaço para novos concorrentes no mercado aéreo

Reuters - Um tribunal de apelações francês iniciará um novo julgamento nesta segunda-feira da Air France e da Airbus, 16 anos depois que um avião mergulhou no Atlântico matando todas as 228 pessoas a bordo.
Um tribunal francês de primeira instância inocentou as duas empresas de homicídio culposo em 2023, após um histórico julgamento público sobre o desaparecimento do voo AF447 enquanto fazia a rota do Rio de Janeiro para Paris em 1º de junho de 2009.
Após uma busca de dois anos pelas caixas-pretas do A330, os investigadores franceses descobriram que os pilotos haviam lidado mal com a perda temporária de dados dos sensores de velocidade congelados e empurraram o jato para uma estol aerodinâmico, ou queda livre, sem responder a alertas.
Mas o julgamento, mais de uma década depois, também esclareceu as discussões entre a Air France e a Airbus sobre os problemas crescentes com os sensores, ou "sondas pitot", que geram leituras de velocidade.
Após nove semanas de provas, um juiz de Paris listou quatro atos de negligência por parte da Airbus e um por parte da Air France, mas concluiu que eles não eram suficientes, de acordo com a legislação penal francesa, para estabelecer uma ligação definitiva com a perda do jato durante uma tempestade à meia-noite.
Espera-se que o novo julgamento se estenda por dois meses de audiências, durante as quais os advogados das famílias das vítimas tentarão persuadir os juízes de apelação de que houve uma ligação direta entre a negligência identificada anteriormente e o acidente.
"É doloroso para as famílias reabrir tudo 16 anos depois, mas é essencial continuar e demonstrar que houve culpa criminal", disse Sebastien Busy, advogado de uma das principais associações de parentes das vítimas.
"Se você retirar um desses atos de negligência, então o acidente nunca teria acontecido", disse ele à Reuters.
Ambas as empresas negaram sistematicamente qualquer irregularidade criminal.
A multa máxima por homicídio culposo corporativo é de apenas 225.000 euros, mas os promotores acreditam que um novo julgamento ajudará a proporcionar um efeito catártico para as famílias, que protestaram contra o veredicto anterior.
O desastre do AF447 foi um dos mais amplamente debatidos na aviação e levou a uma série de mudanças técnicas e de treinamento.
Os promotores argumentaram que a Airbus reagiu muito lentamente ao número crescente de incidentes de velocidade e que a companhia aérea não fez o suficiente para garantir que os pilotos fossem treinados adequadamente.
O julgamento anterior expôs as amargas divisões entre duas das principais empresas da França sobre os papéis relativos do piloto e do sensor no pior desastre aéreo do país.
Espera-se que os presidentes-executivos da Airbus e da Air France, parte da franco-holandesa Air France-KLM, façam declarações durante a audiência de abertura nesta segunda-feira.

Paulo Emilio

Destroços do voo 447 da Air France desaparecido, recuperados do Oceano Atlântico, chegam ao porto de Recife em 14 de junho de 2009. Um Airbus 330 da Air France caiu no mar em 1º de junho em rota do Brasil para Paris, matando todos 228 a bordo.

Mundo

Tribunal francês abre novo julgamento sobre desastre aéreo do voo Rio-Paris, 16 anos depois

247 - A Latam inaugurou nesta sexta-feira (26) o Hangar 9 do seu centro de manutenção (MRO) em São Carlos, no interior de São Paulo. Construída em apenas dez meses, a nova instalação foi projetada para realizar manutenção pesada nos jatos Boeing 787 Dreamliner, ampliar a capacidade de pintura de aeronaves de grande porte e permitir a manutenção preventiva simultânea de até três Airbus A320. O investimento totalizou R$ 40 milhões e resultou na criação de 300 novos empregos diretos, sendo o maior aporte da companhia no local em dez anos.
A cerimônia de inauguração contou com a presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, além de executivos da Latam Brasil. Em comunicado, a empresa destacou que o MRO de São Carlos é o maior centro de manutenção aeronáutica da América do Sul e referência internacional.
“O novo hangar consolida São Carlos como um verdadeiro polo de desenvolvimento aeroespacial do Brasil”, afirmou Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil. “É emocionante ver São Carlos consolidada como um verdadeiro polo de desenvolvimento aeroespacial do Brasil, que além da manutenção de excelência abriga também a nossa Escola de Mecânicos e um histórico de inovação contínua”.
Com a entrada em operação do Hangar 9, as revisões pesadas da frota Boeing 787 das afiliadas do grupo Latam — que antes eram realizadas fora do país — passam a ser feitas em território brasileiro. A companhia avalia que a internalização dessas etapas trará ganhos de competitividade, redução de custos e maior agilidade para devolver as aeronaves ao serviço. A estrutura também incorpora tecnologias já presentes em outros hangares do complexo, como drones para inspeções externas e carrinhos autônomos para logística interna.
<h3>Escola de Mecânicos e formação de mão de obra</h3>
Única companhia aérea brasileira com Centro de Instrução certificado pela Anac para formar mecânicos de manutenção aeronáutica, a Latam inaugurou em dezembro de 2024 a Escola de Mecânicos em São Carlos. Em agosto de 2025, a escola abriu as primeiras vagas externas: foram mais de 1,7 mil inscritos para apenas 20 posições, o que levou à criação de uma turma adicional e ao total de 80 alunos. Entre os selecionados, 44% são mulheres.
<h3>Maior centro de manutenção da América do Sul</h3>
Em operação desde fevereiro de 2001, o MRO de São Carlos ocupa uma área de 95 mil m², reúne nove hangares e 22 oficinas, emprega cerca de 2 mil profissionais e realiza mais de 60% das manutenções programadas de toda a frota do grupo Latam. O centro possui homologações de autoridades internacionais como a Easa (Europa), a FAA (Estados Unidos) e a DGAC (Chile). Desde 2019, utiliza drones com inteligência artificial para inspeções externas — processo que, segundo a empresa, ficou 12 vezes mais rápido e totalmente digital.
Nos últimos anos, o complexo vem recebendo novos investimentos. Além do Hangar 9 e da Escola de Mecânicos, a Latam submeteu um projeto de R$ 78 milhões para transformar o MRO em um Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&amp;I). A chegada dos jatos Embraer E195-E2 à frota da companhia, prevista para o segundo semestre de 2026, deve reforçar ainda mais o papel de São Carlos como polo aeroespacial do Brasil e da América Latina.
A expansão do MRO e a abertura de vagas técnicas fazem parte de um movimento de repatriação de serviços de alta complexidade, com potencial para impulsionar a cadeia produtiva local e reduzir a dependência de manutenção no exterior. Para a Latam, a combinação de capacidade industrial, certificações internacionais e formação de mão de obra especializada sustenta a meta de acelerar prazos e fortalecer a competitividade do grupo na região.

Latam inaugura novo hangar no MRO de São Carlos

Brasil

Latam inaugura hangar de R$ 40 mi em São Carlos

247 - O pedido da Latam Airlines à Embraer prevê a entrega antecipada de até 16 aeronaves E195-E2 já em 2026, segundo informações publicadas pelo Valor Econômico nesta segunda-feira (22). Ao todo, o contrato envolve até 74 jatos, sendo 24 pedidos firmes avaliados em aproximadamente US$ 2,1 bilhões.
Oficialmente, Embraer e Latam confirmaram apenas que as entregas começarão no segundo semestre do próximo ano. Mas fontes ouvidas pelo jornal afirmaram que a fabricante brasileira se comprometeu a acelerar o cronograma, liberando entre 11 e 16 aviões já em 2026.
<h3>Disputa direta com a Airbus</h3>
A encomenda representa uma vitória da Embraer sobre a Airbus, que oferecia o A220 para compor a frota da Latam. O grupo analisava as duas opções de aeronaves de menor porte e acabou optando pelo modelo brasileiro, considerado mais adequado para rotas regionais e de menor demanda.
De acordo com as fontes, o E195-E2 foi escolhido por ter custo operacional inferior, menor número de assentos e maior flexibilidade de manutenção em relação ao A220. Além disso, a promessa de entregas rápidas pesou na decisão, em um cenário no qual Airbus e Boeing levam pelo menos dois anos para liberar novos pedidos.
<h3>Expansão da frota da Latam</h3>
A Latam opera atualmente 362 aeronaves, das quais 283 são Airbus de corredor único. A incorporação dos E195-E2 permitirá ao grupo ampliar rotas regionais que ainda não comportam aviões maiores, como o A320. Desde 2021, a malha aérea da companhia já saltou de 129 para 160 destinos.

Logo da Embraer é visto em evento do setor na França - 17/06/2025

Pedido da Latam prevê entrega de até 16 aviões em 2026, diz Valor

247 - A poucos dias do prazo final para evitar uma escalada tarifária nos Estados Unidos, a União Europeia acelera as negociações para selar um acordo comercial provisório.&nbsp;
Segundo informações publicadas pela agência Bloomberg, o foco imediato da <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Comiss%C3%A3o+Europeia">Comissão Europeia</a> — responsável pela política comercial do bloco — é blindar setores estratégicos europeus, como o aeroespacial, o automotivo e o de bebidas, diante do risco de tarifas que podem saltar para 50% a partir de 1º de agosto.
<h3>Airbus no centro do esforço europeu</h3>
Entre os pontos centrais do entendimento em construção está a exclusão de tarifas adicionais sobre aeronaves comerciais, uma medida que beneficiaria diretamente a Airbus SE, considerada símbolo da cooperação industrial europeia. “É absolutamente o porta-estandarte da fabricação de aeronaves na Europa”, afirmou John Strickland, analista da JLS Consulting. Para ele, o impacto das tarifas nos preços finais poderia reduzir a demanda e comprometer a viabilidade financeira da empresa.
A Airbus, com sede em Toulouse (França) e centros de montagem em Hamburgo (Alemanha), Tianjin (China), Mobile (EUA) e Mirabel (Canadá), tem apostado na produção local como estratégia de penetração nos principais mercados mundiais. Essa distribuição geográfica pode oferecer uma vantagem competitiva diante da Boeing, rival sediada em Arlington, nos EUA, que mantém toda a produção em território americano.
O comissário europeu de Indústria, Stephane Sejourne, foi categórico em declaração à Bloomberg no mês passado: “A <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Airbus+">Airbus </a>não pode estar sujeita a uma concorrência desleal”, ao se referir ao imposto adicional de 10% enfrentado pela empresa europeia.
<h3>Montadoras alemãs na disputa por isenções</h3>
Outro setor fortemente impactado é o automobilístico. As discussões em curso preveem exceções tarifárias que favoreceriam principalmente montadoras com fábricas nos <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Estados+Unidos">Estados Unidos</a> — como BMW, Mercedes-Benz e a marca principal da Volkswagen. O modelo proposto prevê um “mecanismo de compensação”, que permitiria exportações isentas até um certo volume, desde que os veículos sejam fabricados em solo americano.
Com essa proposta, marcas como Porsche e Ferrari — que não possuem plantas nos EUA — seriam excluídas dos benefícios. A medida atende principalmente aos interesses da Alemanha, país que liderou as exportações de automóveis da UE para os EUA em 2024, com US$ 24,8 bilhões.
O chanceler alemão Friedrich Merz já declarou apoio à criação de mecanismos de compensação, enquanto o ministro das Finanças, Lars Klingbeil, adotou tom mais duro: “Queremos um acordo com os americanos. Mas ele deve ser justo — e, se não conseguirmos, a UE terá que adotar contramedidas para proteger nossa economia”.
<h3>Pressão do relógio</h3>
O atual impasse é resultado direto da imposição de tarifas por parte dos EUA sobre cerca de €380 bilhões em exportações da UE — o equivalente a 70% do total. As tarifas já elevam em até 25% os custos de automóveis e peças, e em 50% os de aço e alumínio.
Caso não haja acordo até o dia 1º de agosto, entrará em vigor um aumento generalizado de tarifas para 50%, o que aprofundaria a guerra comercial em curso e comprometeria ainda mais as projeções econômicas do bloco europeu. Em maio, a Comissão Europeia já havia revisado para baixo sua estimativa de crescimento para 2025, de 1,5% para 1,1%, citando diretamente o impacto das tensões comerciais.
A retomada do acordo de 1979 — que isentava da cobrança tarifas sobre aviões e peças — é defendida inclusive por integrantes do governo norte-americano. Durante o Paris Air Show, o secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, afirmou que “devemos tirar a aviação da mesa de negociações”, voltando ao pacto original.
O desfecho das negociações, ainda em curso nesta semana, será decisivo para o futuro de setores industriais-chave da Europa — e poderá redefinir os rumos da relação comercial transatlântica.

Economia

UE corre para salvar Airbus e montadoras alemãs de tarifa de 50% nos EUA

Reuters - A Howmet Aerospace, que fornece peças para aviões fabricados pela Airbus e Boeing, pode suspender alguns envios caso sejam impactados por tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segundo uma carta vista pela Reuters.
A Howmet, com sede em Pittsburgh, afirmou na carta enviada a clientes que declarou um evento de força maior, uma prática legal que permite às partes de um contrato evitarem suas obrigações em caso de circunstâncias externas inevitáveis e imprevisíveis.
"A Howmet estará isenta de fornecer quaisquer produtos ou serviços que sejam impactados por esta emergência nacional declarada e/ou pela ordem executiva tarifária", escreveu a empresa na carta.
A Howmet recusou-se a comentar.
A Howmet é uma fornecedora de componentes metálicos críticos utilizados em toda a indústria de aviões comerciais, avaliada em 150 bilhões de dólares.
Boeing e Airbus não responderam imediatamente aos pedidos de comentário sobre a carta, que, segundo três fontes do setor, foi enviada a várias empresas do setor aeroespacial.
Uma das fontes afirmou que esta parece ser a primeira manobra desse tipo feita por uma grande empresa aeroespacial desde o anúncio das tarifas.
A rara declaração legal da Howmet não significa que os fornecimentos serão automaticamente suspensos ou interrompidos, mas abre espaço para que a fornecedora alegue que não pode cumprir seus contratos caso seja afetada pela ordem de emergência.
A carta deixou margem para negociações sobre o compartilhamento do custo das tarifas, afirmando que a Howmet trabalharia com os clientes “inclusive discutindo seu interesse em aliviar o impacto da Ordem Executiva Tarifária sobre a Howmet.”
As três fontes do setor disseram que qualquer declaração bem-sucedida de força maior pode causar efeito dominó na cadeia de suprimentos, à medida que as empresas tentam repassar o ônus.
A medida é o mais recente desdobramento em uma cadeia de fornecimento aeroespacial já afetada, onde algumas empresas agora enfrentam custos mais altos devido a tarifas dos EUA sobre alumínio e aço importados, além de novas tarifas previstas para atingir importações de outros países.
Na quarta-feira, Trump citou os déficits comerciais como uma emergência nacional ao anunciar tarifas com alíquotas variando de 10% a cerca de 50%, intensificando uma disputa que abalou os investidores e alimentou temores de uma recessão iminente.
Empresas aeroespaciais geralmente contestam tais manobras, disseram duas das fontes, acrescentando que o sucesso da iniciativa da Howmet dependerá do grau de imprevisibilidade das tarifas, dado que Trump já havia se referido a elas em sua campanha eleitoral no ano passado.

Guilherme Levorato

Fornecedora de peças para aeronaves, Howmet pode suspender pedidos se for atingida por tarifas de Trump

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) optou por utilizar o KC-30 — maior avião da frota da Força Aérea Brasileira (FAB) — na viagem que fará ao Japão e ao Vietnã, com partida marcada para o próximo sábado (22). A informação é da <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/politica/presidente-dispensa-aerolula-e-vai-ao-japao-e-vietna-em-aviao-maior/">CNN Brasil</a>.
A escolha pelo KC-30, um Airbus A330-200 adaptado para transporte estratégico, se deu principalmente por sua autonomia de até 12 horas de voo, o que reduz o número de escalas necessárias. Para essa missão, será preciso apenas uma parada técnica para reabastecimento. Caso fosse utilizado o Airbus A319, conhecido como “Aerolula”, seriam necessárias pelo menos duas paradas para completar o trajeto.
Adquirido em 2022, ainda durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), por cerca de US$ 80 milhões, o KC-30 mantém a configuração de uma aeronave comercial, com classes econômica, executiva e uma área reservada para a primeira classe. O avião é frequentemente usado em missões humanitárias e logísticas, como a repatriação de brasileiros no Líbano e em Israel, em 2023, e o transporte de donativos ao Rio Grande do Sul.
A FAB conta atualmente com duas unidades do modelo, ambas com capacidade para até 238 passageiros e 45 toneladas de carga. O KC-30 também foi preparado para uma missão presidencial à Rússia, que acabou cancelada após Lula sofrer um acidente doméstico.
A substituição do Airbus nas viagens presidenciais já vinha sendo discutida. Adquirido em 2004 durante o primeiro mandato de Lula, o Airbus A319 presidencial apresenta limitações operacionais que vêm incomodando o presidente. Em setembro de 2023, por exemplo, o avião apresentou pane ao decolar da Cidade do México. A aeronave precisou dar voltas sobre a região do aeroporto para esvaziar o tanque e realizar um pouso de emergência com segurança.
O A319 da Presidência da República é dividido em três setores: a parte dianteira, com dez assentos destinados às autoridades; o centro, com uma sala de reuniões; e a traseira, onde ficam assentos para demais passageiros e uma cama.
Lula já chegou a avaliar a aquisição de uma nova aeronave para substituí-lo, mas a proposta acabou sendo suspensa. Entre as alternativas, cogitou-se a adaptação de um dos KC-30 para uso exclusivo presidencial. No entanto, essa hipótese enfrenta resistência, já que esses aviões são também utilizados para reabastecimento aéreo e missões humanitárias — funções estratégicas para a FAB.

Aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira

Lula descarta Airbus e viajará para a Ásia em avião KC-30 da FAB

Reuters - A Boeing (BA.N) divulgou nesta terça-feira um prejuízo anual de US$ 11,83 bilhões, o maior desde 2020, enquanto enfrenta problemas em suas divisões comercial e de defesa, além do impacto de uma greve paralisante de trabalhadores de fábricas na Costa Oeste dos Estados Unidos.
O prejuízo reflete os desafios enfrentados pelo CEO Kelly Ortberg na tentativa de reverter a situação da fabricante de aviões, que tem perdido espaço para sua rival Airbus (AIR.PA) na corrida por entregas e está sob intensa vigilância de reguladores e clientes após uma série de erros. Ortberg, que assumiu o comando da empresa em agosto, afirmou que a companhia está avançando na estabilização de suas linhas de produção, que enfrentam dificuldades desde um grave acidente aéreo em 2024, o que levantou preocupações sobre a segurança de seus jatos.
Os resultados do quarto trimestre da Boeing incluem encargos "decepcionantes" em vários programas de defesa com preços fixos, segundo Ortberg. Ele acrescentou que a empresa está agora "mais proativa e consciente dos riscos" desses programas. A divisão de Defesa, Espaço e Segurança da Boeing registrou um prejuízo de US$ 3,15 bilhões nos primeiros nove meses de 2024.
Na semana passada, a empresa já havia sinalizado um prejuízo geral de cerca de US$ 4 bilhões no quarto trimestre, quase o triplo do esperado por Wall Street. Ortberg reiterou o plano estratégico de quatro etapas para recuperar a empresa, que inclui uma "jornada de vários anos" para corrigir a cultura da Boeing, descrita como "talvez a mudança mais importante que precisamos fazer".
Após registrar lucros recordes na década de 2010, a Boeing perdeu mais de US$ 20 bilhões desde 2019, após dois acidentes fatais envolvendo seu modelo 737 MAX. Esses acidentes geraram preocupações sobre a qualidade de produção, a segurança e a possibilidade de a empresa ter enganado os reguladores durante o processo de certificação do avião. A pandemia de COVID-19 agravou a crise, enquanto um problema em pleno voo envolvendo um painel em um 737 MAX quase novo, no início de 2024, colocou a Boeing em mais um momento crítico.
"Realizamos análises detalhadas em todos os nossos programas de desenvolvimento com preços fixos desafiadores", disse Ortberg nesta terça-feira em uma carta aos funcionários. Ele destacou que a Boeing avançou na sua cadeia de suprimentos e voltou a produzir cinco unidades do modelo 787 por mês no final de 2024, apesar de atrasos em áreas como assentos.
A divisão de aviões comerciais da empresa está atualmente focada na certificação de três modelos. Ortberg disse que há progresso na solução de um problema com o "thrust link" do modelo 777X, que retomou os testes de voo no início deste mês. No entanto, ele foi cauteloso ao comentar sobre as dificuldades com os sistemas de anti-congelamento nos modelos 737-7 e 737-10. "Ainda estamos na fase de testes, concentrados na finalização da solução de design do sistema de anti-congelamento", afirmou.
Ortberg também destacou que a Boeing continua investindo em "negócios essenciais enquanto simplifica seu portfólio em áreas que não são estratégicas para o futuro".

Boeing registra prejuízo de US$ 11,8 bilhões, o maior desde 2020

SÃO PAULO (Reuters) - A Latam Airlines está analisando opções para ampliar sua frota com aeronaves menores, incluindo os jatos E2 da Embraer e os A220 da Airbus, afirmou o chefe da operação brasileira da Latam, Jerome Cadier, nesta quarta-feira.
"Ainda existe opção para crescer com a frota que a gente tem hoje, e a gente também tem mapeado o que poderia ser um crescimento com uma frota menor", disse o executivo.
"E essa frota menor pode vir da Embraer, pode vir da Airbus, e a gente está constantemente buscando alternativas para aumentar esse crescimento."
Os jatos de próxima geração E2 da Embraer e o Airbus A220 competem diretamente no segmento regional de aeronaves com até 150 assentos.
Cadier afirmou que a companhia aérea estava procurando outras opções para adicionar à sua frota desde o ano passado, com a Airbus e a Boeing enfrentando dificuldades na entrega de novas aeronaves e alguns aviões aterrados devido a inspeções obrigatórias dos motores.
No mês passado, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse que tanto a Latam quanto a Gol estavam em negociações avançadas para adicionar aeronaves da Embraer às suas frotas.
Em uma teleconferência separada com jornalistas nesta quarta-feira, o diretor financeiro da Latam, Ramiro Alfonsin, disse que "nada concreto" havia sido decidido.

Aeronave Aibus A319 da LATAM Airlines Brasil no Aeroporto de Congonhas em São Paulo

Chefe da Latam Airlines diz que companhia pode aumentar frota com aeronaves menores da Embraer e Airbus

247 - A informação de que a Embraer estaria planejando um novo jato, publicada originalmente no The Washington Post na quarta-feira (1), causou ampla repercussão no mundo da aviação. O novo modelo disputaria mercado com o Airbus 320 e o Boeing 737.
No entanto, a companhia veio a público nesta quinta-feira (2) negar que tenha um plano de investimentos. “A companhia tem hoje uma linha de produtos nova e de muito sucesso desenvolvida nos últimos anos e estamos focados na comercialização dessas aeronaves para fazer a companhia crescer e se fortalecer. A Embraer não tem nenhum plano para um ciclo considerável de investimentos neste momento”, disse um porta-voz da empresa brasileira à <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/fernando-nakagawa/economia/embraer-avalia-aviao-maior-para-concorrer-com-airbus-e-boeing-nao-ha-nada-neste-momento-diz-empresa/">CNN Brasil</a>.
Ao mesmo tempo, a emissora informa nesta quinta-feira que estudos conduzidos pela Embraer têm previsão de culminar em um novo projeto no final do próximo ano ou em 2026. Esses esforços podem resultar em um de dois possíveis produtos: um avião de maior porte para competir com Airbus e Boeing; ou um novo jato executivo com maior alcance.

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