Por Nara Lacerda, <a href="https://www.brasildefato.com.br/2025/10/14/entenda-a-greve-que-levou-140-mil-pessoas-as-ruas-na-belgica">Brasil de Fato</a> - Cerca de 140 mil trabalhadores e trabalhadoras tomaram as ruas de Bruxelas, capital da Bélgica, nesta terça-feira (14), em uma das maiores greves da história do país. A paralisação geral atingiu diversos setores em protesto contra a perda de direitos sociais e a austeridade.
O alvo é a reforma das aposentadorias e do mercado de trabalho, do governo de coalizão do primeiro-ministro Bart De Wever, líder do partido conservador nacionalista Nova Aliança Flamega (N-VA). Organizações alertam que a proposta reduzirá a renda de quem se aposentar futuramente e trará incertezas no cálculo das pensões estatais.
Entre os pontos da mudança está o aumento da idade de aposentadoria, que atualmente é de 65 anos e chegaria aos 67 até 2030. As regras para quem se aposentar antes da idade também poderão ser revisadas, assim como as condições para pensão mínima, que poderão ser endurecidas. 
Garantias sociais históricas também estão sob ameaça, como o subsídio de desemprego por tempo indeterminado, que pode ser limitado a um máximo de 24 meses a partir do ano que vem. Há planos de cortar bônus por trabalho noturno e diminuir à proteção a trabalhadores e trabalhadoras doentes. 
A Bélgica é reconhecida como uma das nações com mais garantias sociais e proteção ao bem estar de trabalhadores e trabalhadoras e de forte presença sindical, com altas taxas de sindicalização. 
No país europeu, a força de trabalho têm direitos assegurados em relação à carga horária, remuneração, segurança social, licenças remuneradas e proteção contra demissões injustas que começaram a entrar em prática há quase um século.
A greve geral contra mudanças nesse cenário reuniu algumas das principais entidades representativas de classe do país, como a Federação Geral do Trabalho da Bélgica (FGTB) e a Confederação dos Sindicatos Cristãos (CSC), além de organizações como Greenpeace e Oxfam. Em março, já havia sido convocada uma greve geral.
Houve registro de violência policial e repressão durante o protesto em Bruxelas. A polícia utilizou canhões de água e gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Segundo a imprensa internacional o número de pessoas detidas pode chegar a 80.

Redação Brasil 247

Pessoas participam de uma manifestação durante uma greve nacional contra os planos de reforma do governo belga, em Bruxelas, Bélgica

original

1250x600

1280x490

300x400

320x320

321x200

360x640

500x240

610x380

square

thumbnail

viewImage

Mundo

Bélgica vive maior greve em décadas contra reformas trabalhistas; entenda

247 - Milhares de manifestantes pró-Palestina ocuparam as ruas de Bruxelas neste domingo (7), em um protesto que buscou pressionar o governo belga e a União Europeia a assumirem uma postura mais firme contra Israel e em apoio à população de Gaza. As informações são da Agência Reuters.
Organizado por diversas entidades, entre elas a ONG 11.11.11, o ato teve como marca a predominância da cor vermelha entre os participantes, representando uma “linha vermelha” contra a violência no conflito. A marcha começou na estação Brussel-Noord e seguiu até a região onde se concentram instituições europeias, como o Parlamento e a Comissão Europeia.
Bandeiras palestinas e faixas de protesto dominaram o percurso, embalado por músicas árabes tradicionais tocadas em alto-falantes. Ao longo do caminho, os participantes gritavam palavras de ordem contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza.
Segundo Els Hertogen, gerente geral do 11.11.11 e uma das lideranças da manifestação, o objetivo era enviar um recado claro às autoridades europeias. “O ato de hoje serve para dizer aos políticos e às empresas europeias que encerrem qualquer apoio às ações de Israel em Gaza”, afirmou.
De acordo com dados divulgados pelos organizadores, o ato reuniu milhares de pessoas em um dos maiores protestos pró-Palestina realizados na Bélgica desde o início da guerra.
O conflito, que começou após o ataque do Hamas contra Israel em outubro de 2023 — quando cerca de 1.200 pessoas foram mortas no sul do país —, já deixou mais de 64 mil palestinos mortos, segundo autoridades locais de saúde. A escalada da violência tem mobilizado movimentos sociais em diferentes partes da Europa, com protestos que pedem cessar-fogo imediato e maior pressão internacional sobre Israel.

Laís Gouveia

Milhares de manifestantes se reuniram em Bruxelas, na Bélgica, onde fica a sede do bloco

Protesto pró-Palestina reúne milhares em Bruxelas e exige que União Europeia aumente ajuda a Gaza

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (26) que sua administração imporá uma tarifa de 25% sobre importações vindas da União Europeia (UE), com foco especial no setor automotivo, informa a agência Reuters.
"Tomamos uma decisão, e vamos anunciá-la muito em breve. Será de 25% de maneira geral, abrangendo os carros e muitas outras coisas", declarou Trump durante uma reunião de seu gabinete. O presidente também justificou a medida afirmando que a UE teria sido criada "para prejudicar os Estados Unidos".
Atualmente, a tarifa europeia sobre automóveis de passageiros é de 10%, quatro vezes maior que a tarifa americana, de 2,5%. Além disso, autoridades dos EUA frequentemente criticam os impostos sobre valor agregado (IVA) cobrados pelos países europeus, que variam de 17,5% a 27%.
Resposta imediata da União Europeia - Diante do anúncio de Trump, a Comissão Europeia reagiu com veemência, prometendo uma retaliação rápida caso a tarifa entre em vigor. "A União Europeia reagirá de forma firme e imediata contra barreiras injustificadas ao livre e justo comércio", afirmou um porta-voz do bloco em resposta às declarações do presidente americano.
O porta-voz também destacou que a UE é o maior mercado livre do mundo e um parceiro comercial valioso para os Estados Unidos. "A UE tem facilitado o comércio, reduzido custos para exportadores americanos e harmonizado padrões e regulações em 27 países", disse, acrescentando que os investimentos americanos no bloco são "altamente lucrativos".
A declaração também ressaltou que a União Europeia está aberta ao diálogo, desde que os EUA respeitem as regras do comércio internacional. "Estamos prontos para cooperar, mas também protegeremos nossos consumidores e empresas a todo momento. Eles esperam isso de nós", concluiu.

Guilherme Paladino

3000x1800

Trump anuncia tarifa de 25% sobre importações da UE; Bruxelas promete resposta imediata

247 - Mais de 100 agricultores belgas protestaram contra o plano da Comissão Europeia de assinar um acordo de livre comércio com países latino-americanos, informou um correspondente da Sputnik. Os agricultores temem que o acordo com o Mercosul possa provocar uma nova queda nas vendas dos produtores agrícolas europeus "devido a uma concorrência desleal". &nbsp;&nbsp;
Segundo os sindicatos belgas, o acordo, que vem sendo discutido há muitos anos, pode ser aprovado durante a próxima reunião do G20.
Negociado por mais de 20 anos, o acordo UE-Mercosul teve um anúncio de conclusão geral em 2019, mas ainda há um longo caminho pela frente para sua efetiva entrada em vigor. Isso porque o tratado precisa ser ratificado e internalizado por cada um dos Estados integrantes de ambos os blocos econômicos.&nbsp;
Na prática, significa que o acordo terá que ser aprovado pelos parlamentos e governos nacionais dos 31 países envolvidos, uma tramitação que levará anos e poderá enfrentar resistências.
Um dos países que mais resistem ao acordo é a França, com receio de que a proposta seja prejudicial aos europeus. O governo francês precisaria ser apoiado por ao menos quatro dos 27 países da UE no Conselho da Comissão Europeia, instância que reúne os governos do bloco. Alemanha e Espanha pressionam teriam sinalizado apoio ao avanço do acordo. Países como Áustria e Polônia teriam se posicionado contra a proposta.
Um estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) concluiu que o Brasil seria beneficiado em termos de aumento do produto interno bruto (PIB), de investimentos e de ganhos na balança comercial caso o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia entre em vigor. Entre 2024 e 2040, o acordo provocaria um crescimento de 0,46% no PIB brasileiro – o equivalente a US$ 9,3 bilhões a preços constantes de 2023 –, em relação ao cenário de referência. O estudo mostra também que, em termos relativos, o país obteria ganhos maiores que os da União Europeia (aumento de 0,06% no PIB) e dos demais países do Mercosul, com alta de 0,20% (com Sputnik).
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">🇧🇪🪧 Agricultores belgas protestam contra o livre comércio com a América Latina Mais de 100 agricultores belgas protestaram contra o plano da Comissão Europeia de assinar um acordo de livre comércio com países latino-americanos, informou um correspondente da Sputnik. Os… <a href="https://t.co/Xe7XkLEI0n">pic.twitter.com/Xe7XkLEI0n</a>&mdash; Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) <a href="https://twitter.com/sputnik_brasil/status/1856753968686252347?ref_src=twsrc%5Etfw">November 13, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Tudo sobre bruxelas

Bélgica vive maior greve em décadas contra reformas trabalhistas; entenda

Protesto pró-Palestina reúne milhares em Bruxelas e exige que União Europeia aumente ajuda a Gaza

Trump anuncia tarifa de 25% sobre importações da UE; Bruxelas promete resposta imediata

Agricultores vão às ruas de Bruxelas e protestam contra o acordo Mercosul-União Europeia (vídeo)

Cortes da TV 247