247 - A postura da China em favor de uma economia mundial mais aberta e inovadora foi destaque na Reunião de Líderes Econômicos da APEC, realizada na República da Coreia. Durante o encontro, Pequim reafirmou seu compromisso com a ampliação da cooperação regional e com a promoção de políticas de abertura econômica de alto nível, fundamentais para o fortalecimento do comércio e da inovação global.
As informações foram divulgadas pela agência estatal Xinhua, que ressaltou a importância da estratégia chinesa de crescimento compartilhado para consolidar a Ásia-Pacífico como centro de prosperidade mundial. Com uma combinação de avanços tecnológicos e investimentos bilionários, a segunda maior economia do planeta vem moldando as bases de um novo modelo de desenvolvimento econômico e social para a região.
<h2>Expansão da abertura econômica</h2>
Reconhecida como o “Milagre da Ásia-Pacífico”, a região consolidou-se como motor de crescimento global e eixo da estabilidade econômica mundial. A China tem desempenhado papel determinante nesse processo ao adotar políticas voltadas à liberalização comercial, à inovação tecnológica e à integração regional.
“Devemos continuar a expandir a abertura no nível institucional, salvaguardar o sistema de comércio multilateral e promover fluxos econômicos internacionais mais amplos”, destaca o documento Propostas para a Formulação do 15º Plano Quinquenal, aprovado pelo Comitê Central do Partido Comunista da China.
Nos últimos cinco anos, o país manteve-se como o maior exportador mundial de bens e o segundo em serviços. Nesse período, atraiu mais de US$ 700 bilhões em investimentos estrangeiros e ampliou sua política de facilitação de vistos para fortalecer as trocas comerciais. Somente nos três primeiros trimestres de 2025, as trocas comerciais entre a China e outras economias da APEC cresceram 2%, totalizando 19,41 trilhões de yuans (US$ 2,74 trilhões), o que representa quase 58% do comércio exterior chinês.
<h2>Cooperação e integração regional</h2>
As iniciativas de cooperação promovidas por Pequim, como a Iniciativa Cinturão e Rota e a Parceria Econômica Abrangente Regional (RCEP), vêm ampliando as conexões comerciais, logísticas e digitais entre os países da região. Segundo Liu Jing, economista-chefe do HSBC para a Grande China, esses esforços reduzirão ainda mais as barreiras comerciais e expandirão a cooperação para setores emergentes, como as indústrias verdes, digitais e de inteligência artificial.
Liu observou que o avanço chinês em inovação tem atraído empresas estrangeiras interessadas em estabelecer centros de pesquisa e desenvolvimento no país, enquanto companhias chinesas expandem suas operações para mercados vizinhos, aproximando-se dos consumidores locais.
<h2>Inovação como motor do crescimento</h2>
A inovação ocupa papel central na estratégia de desenvolvimento da China. O país se destaca em áreas de alta tecnologia, como inteligência artificial, robótica e energia renovável, impulsionando não apenas seu próprio crescimento, mas também o de toda a região Ásia-Pacífico.
O HSBC projeta que o avanço chinês nesses setores gerará efeitos positivos em toda a cadeia produtiva regional, incentivando a transformação verde e digital dos países-membros da APEC. O progresso tecnológico e as vantagens de mercado da China continuarão a fornecer novos motores de crescimento e estabilidade para a cooperação regional, afirmou Liu.
<h2>Rumo à próxima cúpula da APEC</h2>
Para Dai Erbiao, diretor do Instituto de Pesquisa do Crescimento Asiático, o dinamismo tecnológico e o intercâmbio científico são fatores que mantêm a Ásia-Pacífico como um polo global de inovação. “A região abriga algumas das redes de pessoas, finanças e cadeias industriais mais importantes do mundo”, destacou o pesquisador.
Dai acrescentou que, como anfitriã da próxima Reunião de Líderes Econômicos da APEC, a China deverá priorizar setores estratégicos, como a proteção ambiental, as ciências da vida e o desenvolvimento saudável da inteligência artificial. O objetivo, segundo ele, é fortalecer o entendimento entre os membros do bloco e promover uma prosperidade compartilhada, guiada pela inovação e pela sustentabilidade.

Guilherme Levorato

Jornalistas trabalham no centro de mídia da 32ª Reunião de Líderes Econômicos da APEC em Gyeongju, República da Coreia, em 31 de outubro de 2025

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Xinhua

China reforça liderança econômica global com inovação e abertura na APEC

CGTN – A convite do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia (PTC) e do governo da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), o membro do Comitê Permanente do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) e primeiro-ministro do Conselho de Estado, Li Qiang, liderará uma delegação do partido e do governo chinês para participar das comemorações do 80º aniversário da fundação do Partido dos Trabalhadores da Coreia, entre os dias 9 e 11 de outubro. Durante a viagem, o premiê chinês também fará uma visita oficial de boa vontade ao país vizinho. 
A informação foi dada nesta terça-feira (7) pelo Ministério das Relações Exteriores da China.
Em nota, a chancelaria apontou que os dois países são vizinhos tradicionalmente amigáveis, destacando que “manter, consolidar e desenvolver as relações China-RPDC têm sido a política estratégica inabalável do PCCh e do governo chinês”.
A China está disposta a aproveitar essa visita para trabalhar com a RPDC com o objetivo de seguir as importantes orientações alcançadas pelos supremos líderes dos dois partidos e dos dois países. Beijing pretende fortalecer a comunicação estratégica, para intensificar o intercâmbio e a cooperação, promovendo o desenvolvimento contínuo da amizade de tantos anos, bem como reforçando os laços cooperativos entre as duas nações, conclui a nota.
Tradução:Isabel Shi
Revisão: Fabiano Bomfim
Fonte: CMG

China

Primeiro-ministro chinês visitará a RPDC para aniversário do Partido dos Trabalhadores

CMG – Há 25 anos, em 1999, líderes da China, Japão e Coreia do Sul iniciaram o processo de cooperação durante o Encontro dos 10 (Asean) + 3 (China, Japão e Coreia do Sul). O objetivo naquele momento era liderar o planejamento da cooperação trilateral e responder conjuntamente à crise financeira asiática.
Ao longo dos últimos 25 anos, a cooperação trilateral avançou apesar de reviravoltas, desempenhando um papel importante na promoção do crescimento econômico regional e mundial e na liderança da integração regional. Durante este período, devido a fatores como a epidemia de Covid-19 e a provocação de confronto e divisão pelos Estados Unidos na Ásia-Pacífico, a cooperação trilateral ficou “paralisada” após a 8ª reunião dos líderes China-Japão-Coreia do Sul em dezembro de 2019. Em novembro de 2023, o encontro em São Francisco entre os chefes de estado da China e dos Estados Unidos ajudou a estabilizar as relações sino-norte-americanas. Também levou à melhoria das relações China-Japão e China-Coreia do Sul, criando condições para a retomada da reunião de líderes dos três países.
Na segunda-feira (27), a 9ª reunião de líderes China-Japão-Coreia do Sul foi realizada em Seul, capital da Coreia do Sul. As três partes emitiram uma declaração conjunta e concordaram por unanimidade em implementar as Perspectivas de Cooperação China-Japão-Coreia do Sul nos Próximos Dez Anos, promovendo a institucionalização da cooperação trilateral para salvaguardar conjuntamente a paz, a estabilidade, o desenvolvimento e a prosperidade mundiais.
Analistas salientaram que, no contexto da situação internacional turbulenta e da lenta recuperação econômica global, a convocação da reunião reflete a importância da cooperação entre os três países, e o regresso racional da atitude do Japão e da Coreia do Sul em relação à China, bem como o aquecimento da atmosfera política entre os três países.
Com um novo ponto de partida, como poderão a China, o Japão e a Coreia do Sul acelerar a cooperação? O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, apresentou cinco sugestões na reunião, pedindo um reinício abrangente da cooperação, um aprofundamento da conectividade econômica e comercial, uma liderança da cooperação em inovação científica e tecnológica, um estreitamento dos laços interpessoais e dos intercâmbios culturais, bem como uma promoção do desenvolvimento sustentável, recebendo respostas positivas dos líderes da Coreia do Sul e do Japão.
Os três países irão aprofundar cooperações em seis áreas, incluindo intercâmbios culturais e interpessoais, desenvolvimento sustentável, economia e comércio, saúde pública e alívio em desastres naturais.
Vale a pena notar que, desta vez, os três países asiáticos propuseram reiniciar as negociações sobre o Acordo Trilateral de Livre Comércio para reforçar o laço econômico e comercial, especialmente na cadeia industrial e na cadeia de abastecimento.
A cooperação trilateral tem também desafios. Os Estados Unidos estão intensificando seus esforços para promover a “Estratégia Indo-Pacífico” para conter a China. Como aliados de Washington, o Japão e a Coreia do Sul são contidos no desenvolvimento das suas relações com a China. Além disso, os três países mantêm divergências em questões históricas e outros assuntos, o que afeta a confiança política entre eles.
Tradução: Inês Zhu
Revisão: Diego Goulart

Comentário: China, Japão e Coreia do Sul aceleram cooperação

Xinhua – O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, disse nesta segunda-feira que China, Japão e República da Coreia devem permanecer comprometidos com a aspiração original de cooperação e fazer esforços conjuntos para retomar e acelerar a cooperação China-Japão-República da Coreia, de modo a fazer maiores contribuições para a prosperidade e a estabilidade regionais.
Li Qiang fez as declarações na nona Reunião da Cúpula Trilateral entre China, Japão e República da Coreia.
Como este ano marca o 25º aniversário do mecanismo de cooperação trilateral China-Japão-República da Coreia, Li Qiang disse que, neste novo ponto de partida, China, Japão e República da Coreia devem permanecer comprometidos com a aspiração original de cooperação e defender a abertura, a inclusão, o respeito e a confiança mútuos, o benefício mútuo e a aprendizagem mútua.
Ele disse que os três lados devem atualizar e acelerar a cooperação China-Japão-República da Coreia, embarcar em uma nova jornada de desenvolvimento abrangente e contribuir mais para a prosperidade e a estabilidade regionais.
Li Qiang apresentou uma proposta de cinco pontos sobre o aprofundamento da cooperação China-Japão-República da Coreia. O primeiro consiste em promover o reinício abrangente da cooperação, respeitar os interesses centrais e as principais preocupações de cada um, explorar plenamente o potencial de cooperação, facilitar constantemente o crescimento e promover uma interação positiva entre as relações bilaterais e a cooperação trilateral.
O segundo é aprofundar a conectividade econômica e comercial, manter a estabilidade e a fluidez da cadeia industrial e da cadeia de suprimentos e retomar e concluir as negociações do acordo de livre comércio China-Japão-República da Coreia o mais rápido possível.
O terceiro é liderar a cooperação em inovação científica e tecnológica e fortalecer a inovação colaborativa e a cooperação em campos de ponta. A China estabelecerá um Centro de Cooperação de Inovação China-Japão-República da Coreia na China para ajudar os três países a acelerarem o cultivo de novos motores de crescimento.
O quarto é impulsionar os intercâmbios culturais e interpessoais e aproveitar o Ano do Intercâmbio Cultural China-Japão-República da Coreia 2025-2026 para aproximar os corações dos três vizinhos.
O quinto é esforçar-se para promover o desenvolvimento sustentável, fortalecer o intercâmbio e a cooperação nos campos da transformação para baixo carbono, mudanças climáticas, envelhecimento da população e resposta a epidemias, entre outros, e explorar e realizar mais projetos de cooperação "China-Japão-República da Coreia + X".
Li Qiang destacou que a situação atual na Península Coreana continua tensa. Todas as partes devem desempenhar um papel construtivo, comprometendo-se a aliviar as tensões, a reiniciar o diálogo em uma data breve e a avançar no processo de resolução política da questão da Península Coreana, a fim de salvaguardar a paz e a estabilidade na região.
A China, o Japão e a República da Coreia devem aproveitar os seus respectivos pontos fortes de desenvolvimento para criar um novo motor de cooperação regional que atenda ativamente às necessidades da ASEAN e de outros países vizinhos. Os três países devem trabalhar juntos para impulsionar a dinâmica da cooperação ASEAN Mais Três, disse ele.
A China está disposta a trabalhar com a República da Coreia e com o Japão para promover vigorosamente a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade e salvaguardar conjuntamente a estabilidade e a segurança de longo prazo na região e no mundo em geral, disse Li Qiang.

Premiê chinês pede que China, Japão e República da Coreia mantenham aspiração original de cooperação

SEUL (Reuters) - A Coreia do Norte conduziu nesta sexta-feira um teste com uma ogiva de míssil de cruzeiro, além de um ensaio de lançamento de seu novo míssil antiaéreo, no Mar Ocidental da Coreia, informou a agência de notícias KCNA no sábado (ainda sexta-feira no Brasil). &nbsp;&nbsp;&nbsp;
A agência disse que a Coreia do Norte realizou um teste de poder da ogiva de tamanho supergrande feita para o míssil de cruzeiro estratégico Hwasal-1 Ra-3 na tarde de sexta-feira. Além disso, fez um teste de lançamento do Pyoljji-1-2, um novo míssil antiaéreo. A KCNA citou a Administração de Mísseis do país. &nbsp;&nbsp;&nbsp;Acredita-se que o míssil de cruzeiro estratégico da Coreia do Norte tem a finalidade de carregar uma ogiva nuclear. &nbsp;&nbsp;&nbsp;
“Ambos os testes são parte de atividades regulares do governo e seus institutos afiliados de ciência de defesa, para o desenvolvimento rápido de tecnologias de vários aspectos, como performance tática e técnica e operação de novos sistemas de armamento”, disse a KCNA, acrescentando que as atividades não tinham relação com a situação regional. &nbsp;&nbsp;&nbsp;
A Coreia do Sul, o Japão e os EUA, que normalmente reportam testes que detectam por parte dos norte-coreanos, não fizeram isso desta vez.
(Reportagem de Heekyong Yang e Josh Smith)
((Tradução Redação São Paulo))

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