<p><b>247 - </b>A Polícia Federal avalia deflagrar uma terceira fase da Operação Unha e Carne após a análise de dados extraídos de celulares apreendidos do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, e do desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), Macário Judice Neto. Segundo investigadores, o material periciado reúne elementos considerados suficientes para o aprofundamento das apurações.</p>
<p>De acordo com a coluna <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/segredos-do-crime/coluna/2025/12/pf-planeja-terceira-fase-da-operacao-unha-e-carne-baseada-em-dados-extraidos-de-celulares-de-bacellar-e-desembargador.ghtml">Segredos do Crime</a>, de O Globo, a Polícia Federal conseguiu acessar três aparelhos de cada investigado, mesmo sem a entrega das senhas. A equipe técnica conseguiu desbloquear os celulares, ampliando o conjunto de provas reunidas no inquérito.</p>
<h2>Perícia técnica amplia alcance da investigação</h2>
<p>A Operação Unha e Carne é um desdobramento da Operação Zargun, que resultou na prisão, em 3 de setembro, do então deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Jóias. Ele é apontado pelas investigações como elo político entre o Comando Vermelho e o Poder Legislativo fluminense.</p>
<p>Segundo a apuração, um possível vazamento de informações pode ter atrasado o cumprimento do mandado de prisão e permitido a destruição de provas. A partir dessa suspeita, a Polícia Federal passou a investigar Bacellar e Macário Judice Neto por possível obstrução das investigações.</p>
<h2>Suspeita de vazamento levou a novas apurações</h2>
<p>O desembargador foi o responsável por decretar a prisão de TH Jóias e acabou identificado em uma ligação telefônica com o presidente da Alerj na véspera da operação policial. Conforme a Polícia Federal, Bacellar teria sugerido ao então deputado que destruísse o celular utilizado por ele.</p>
<p>As investigações indicam que, no momento da ligação feita em 2 de setembro, Bacellar e o desembargador estariam juntos em uma churrascaria. O caso tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, no âmbito da ADPF das Favelas, que apura a infiltração do crime organizado na administração pública.</p>
<h2>Defesa nega encontro e questiona prisão</h2>
<p>O advogado Fernando Fernandes, que representa Macário Judice Neto, negou que tenha ocorrido o encontro mencionado pelos investigadores. Segundo ele, não há provas de que seu cliente estivesse com Bacellar no restaurante.</p>
<p>“Será comprovado que o jantar não existiu. O jantar e o vazamento não aconteceram. Não há a menor dúvida”, afirmou, ao pedir celeridade nas investigações.</p>
<p>Questionado sobre a recusa do desembargador em fornecer as senhas dos aparelhos, o advogado disse que o cliente agiu amparado por seus direitos. De acordo com Fernandes, Macário Judice Neto considerou a prisão ilegal e, por isso, decidiu não entregar as senhas, ressaltando que os celulares continham informações de cunho familiar e bancário.</p>
<h2>Decisão do STF aponta indícios de crimes graves</h2>
<p>Na decisão que determinou a prisão do desembargador, o ministro Alexandre de Moraes apontou indícios suficientes da prática de crimes como organização criminosa armada, com participação de agente público, obstrução de investigação, violação de sigilo funcional, fraude processual e favorecimento pessoal e real. Em um dos trechos, Moraes escreveu:</p>
<p>“Os investigados utilizaram dessa relação de intimidade para se encontrar presencialmente, na véspera da operação policial, em alinhamento para a prática de condutas delitivas.”</p>
<h2>Clima de apreensão entre parlamentares</h2>
<p>A expectativa de uma nova fase da operação tem provocado apreensão entre parlamentares estaduais. Fontes da Alerj relatam que deputados passaram a calcular quantos colegas poderiam ser alvo de novas diligências até o fim do ano. Como a apreensão de celulares costuma ser uma das primeiras medidas da Polícia Federal, parlamentares têm evitado o uso de seus aparelhos e encontros presenciais, temendo estarem sob monitoramento.</p>
<p>Atualmente, Macário Judice Neto está custodiado na Cadeia Pública Constantino Cokotós, em Niterói, unidade destinada a policiais. TH Jóias foi transferido para um presídio federal fora do estado. Rodrigo Bacellar permanece em liberdade, mas foi afastado da presidência da Alerj por determinação do Supremo Tribunal Federal.</p>

Paulo Emilio

original

2560x1440

1250x600

1280x490

300x400

320x320

321x200

360x640

500x240

610x380

square

thumbnail

viewImage

Sudeste

PF prepara nova fase da Operação Unha e Carne no Rio

<p><b>247</b> - O cenário eleitoral do Rio de Janeiro esquentou neste sábado (24), com os dois principais candidatos à prefeitura trocando duras acusações. O atual prefeito Eduardo Paes (PSD) e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, protagonizaram um embate sobre a questão da segurança pública na cidade.</p>
<p>Durante um evento na Ilha do Itanhangá, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, Ramagem acusou Paes de negligenciar a segurança pública, destacando a falta de atenção com a Guarda Municipal. "Vocês acham que a segurança pública não é do município? Vocês já ouviram que a Guarda Municipal é do município? Tem gente preparada e bem informada que quer trabalhar. A população não confia na nossa guarda, mas isso eles fazem de propósito. Queremos revitalizar a guarda para que ela esteja onde nós queremos e seja complementar à Polícia Militar, não suplementar", afirmou o deputado.</p>
<p>De acordo com reportagem do <a href="https://www.metropoles.com/brasil/eleicoes-2024-paes-e-ramagem-trocam-farpas-sobre-seguranca-publica">Metrópoles</a>, as críticas de Ramagem provocaram uma resposta imediata de Paes, que, ao realizar uma carreata em Santa Cruz, também na Zona Oeste, não poupou palavras ao atacar tanto Ramagem quanto o governador do estado, Cláudio Castro (PL). "Ele [Ramagem] e o governador [Castro] são dois estelionatários. Um ganhou a eleição dizendo que ia cuidar da segurança e abandonou o povo para a violência, e ele [Ramagem] está dizendo que vai cuidar daquilo que já não cuida", disparou Paes.</p>
<p>No entanto, apesar das tensões, Paes continua sendo o favorito para vencer as eleições. De acordo com pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira (22), o prefeito aparece com 56% das intenções de voto, enquanto Ramagem soma apenas 9%. Em terceiro lugar, está Tarcísio Motta, do PSOL, com 7%.</p>
<p>A pesquisa, que ouviu 1.106 eleitores entre os dias 20 e 21 de agosto, tem margem de erro de 3%, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%. A sondagem foi encomendada pela Folha e pela TV Globo, com registro no TSE sob o protocolo RJ-07042/2024.</p>

Tudo sobre eleicao-rio-de-janeiro

PF prepara nova fase da Operação Unha e Carne no Rio

Paes e Ramagem trocam farpas sobre segurança pública em eventos de campanha

Cortes da TV 247