247 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta sexta-feira (31) ter sido alvo de “ameaças eleitorais” de uma entidade ligada ao setor de geração distribuída (GD), modelo responsável pela produção descentralizada de energia elétrica no país. A denúncia foi feita durante entrevista coletiva em que o ministro destacou as pressões recebidas em razão de sua atuação contrária à manutenção de subsídios.
 “No contexto do meu trabalho para poder impedir que os subsídios da GD continuem a vencer”, disse Silveira, ao responder sobre as possíveis motivações da ameça, de acordo com a <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/silveira-diz-ter-sofrido-ameaca-eleitoral-de-grupo-da-geracao-distribuida/">CNN Brasil</a>. 
<h2>Pressões políticas e defesa técnica</h2>
Silveira afirmou que o governo não cederá a pressões políticas de grupos empresariais interessados na prorrogação de benefícios. O ministro ressaltou que eventuais mudanças serão analisadas com base em critérios técnicos.
“Vamos nos debruçar, e aquilo que a gente entender que deve ser sancionado, nós vamos sancionar. Aquilo que nós entendermos que tecnicamente não deve, temos o direito democrático ao veto”, disse.
<h2>Debate sobre a MP 1.304 e próximos passos</h2>
A fala de Silveira ocorre após a aprovação da Medida Provisória 1.304, que redefine as regras para o setor elétrico e gerou divergências entre o governo e o segmento da geração distribuída. O ministro destacou que o debate continuará técnico e transparente, sem espaço para pressões externas.
<h2>O que é a geração distribuída</h2>
A geração distribuída permite que consumidores produzam sua própria energia — geralmente por meio de painéis solares instalados em residências, comércios ou indústrias — e enviem o excedente para a rede elétrica, recebendo créditos na conta de luz.
O setor cresceu rapidamente nos últimos anos, impulsionado por incentivos fiscais e tarifas vantajosas, o que, segundo o ministro, criou desequilíbrios econômicos no sistema energético brasileiro.

Paulo Emilio

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira

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Brasil

Silveira denuncia ter sido alvo de "ameaça eleitoral" por grupo ligado à geração distribuída de energia

247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anuncia nesta quarta-feira (8) a aprovação de um financiamento de R$ 1 bilhão para a Raízen, uma das maiores empresas do setor de energia e biocombustíveis do Brasil. A quantia, segundo a <a href="https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/01/bndes-aprova-r-1-bilhao-para-raizen-produzir-etanol-de-2a-geracao.shtml">Folha de S. Paulo</a>, será destinada à construção de uma unidade de etanol de segunda geração (E2G) no município de Andradina, no interior de São Paulo, com capacidade para produzir até 82 milhões de litros por ano.
O etanol de segunda geração, ou E2G, é considerado mais sustentável e eficiente que o etanol tradicional. Ele é produzido a partir do reaproveitamento de resíduos da produção de etanol de primeira geração e açúcar, o que o torna uma alternativa de baixo impacto ambiental. A planta em Andradina será uma das seis unidades projetadas pela Raízen no país, com o objetivo de tornar a produção de E2G viável economicamente até 2028.
O investimento total do projeto, que inclui a construção da unidade de etanol avançado, será de aproximadamente R$ 1,4 bilhão, com a geração de mais de 1.500 empregos diretos na fase de construção e 200 na operação. Segundo o BNDES, os recursos para o financiamento vêm do programa BNDES Mais Inovação, que destinará R$ 500 milhões, e do Fundo Clima, que também aportará R$ 500 milhões. No entanto, as taxas de juros e os prazos de pagamento não foram especificados.
A produção de E2G ainda é incipiente no Brasil, representando menos de 1% da produção total de etanol. Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o apoio ao projeto da Raízen é fundamental para expandir a fronteira tecnológica do país. "O apoio do BNDES para a construção de uma unidade de etanol avançado vai contribuir para a expansão da fronteira tecnológica brasileira, além de atrair mais investimentos para a cadeia de fornecedores de insumos, máquinas e equipamentos", afirmou Mercadante, de acordo com a reportagem.
Além disso, o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon, destacou o potencial do país para se tornar um dos maiores produtores de novos biocombustíveis, como o SAF (combustível sustentável de aviação) e o combustível marítimo, cujas demandas previstas para investimentos podem somar R$ 167 bilhões. "Esses investimentos garantirão a expansão da fronteira tecnológica brasileira", afirmou Gordon.
Criada em 2011 por meio de uma joint venture entre a Cosan e a Shell, a Raízen é um dos principais players do setor de energia renovável no Brasil, com atividades que incluem o cultivo de cana-de-açúcar, a produção de etanol, açúcar e cogeração de energia. A empresa conta com cerca de 45 mil funcionários e busca consolidar a liderança no setor de biocombustíveis avançados, ampliando sua atuação no mercado de energia limpa.

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) 

Brasil Sustentável

Raízen terá financiamento de R$ 1 bi do BNDES para produzir etanol de 2ª geração

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta sexta-feira (24), da inauguração da nova planta industrial de etanol de segunda geração (E2G) da Raízen, no Parque de Bioenergia Bonfim, em Guariba (SP). O empreendimento, que recebeu investimento de R$ 1,2 bilhão, é considerado o maior do mundo no ramo, com capacidade estimada de produção de 82 milhões de litros de etanol anuais, em linha com a crescente demanda global por soluções sustentáveis.&nbsp;
Lula destacou o potencial do Brasil em produzir e exportar energia limpa, e afirmou que fará propaganda do etanol de segunda geração em suas agendas internacionais.&nbsp;
“Qando eu venho aqui em Guariba visitar uma planta e, aí, eu vejo que aquele monte de bagaço de cana-de-açúcar é capaz de produzir um combustível tão extraordinário que custa no mercado exterior o dobro do que custa etanol, eu fico me perguntando: o que esse país está esperando para ofertar ao mundo?”, declarou o presidente Lula no evento.&nbsp;
Da sua parte, o presidente do conselho da Cosan, Rubens Ometto, declarou: “Estamos aumentando a produção de etanol sem diminuir a produção de alimentos”. A Raízen é uma joint venture entre a Cosan e a Shell.&nbsp;
O presidente da Raízen, Ricardo Mussa, avaliou que o Brasil, com a matriz energética mais limpa do mundo, tem todas as condições para liderar o processo de descarbonização global em curso.&nbsp;
“Eu falo ‘o nosso E2G’ porque a tecnologia do etanol de segunda geração é uma tecnologia proprietária, brasileira, patenteada. Ela representa uma das maiores inovações que a gente teve no setor sucroalcooleiro e no setor de biocombustível nos últimos anos. Foram mais de 15 anos de investimentos para a gente poder estar aqui hoje e falar do etanol de segunda geração”, disse.
O etanol de segunda geração se diferencia por usar o bagaço proveniente da produção do açúcar e etanol comum para produzir mais etanol. O reaproveitamento, que também envolve ingredientes como palha e outros elementos residuais, proporciona aumento de até 50% na produção, sem aumento de área plantada, e índice 30% menor de emissão de gases de efeito estufa. Cerca de 70% dos equipamentos para o processo de transformação do E2G são produzidos no Brasil. A pegada de carbono é 80% menor que a gasolina comum.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o empresário Rubens Ometto durante visita à planta de produção de etanol de segunda geração da Raízen, no Parque de Bioenergia Bonfim, em Guariba, SP 24/5/24

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