<p><b>Lucas Pordeus León - Repórter da Agência Brasil</b></p>
<p>O senador do PT Fabiano Contarato, eleito para presidir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, defendeu que é preciso mudar o “estigma” de que o “campo progressista” defende apenas os direitos humanos dos presos.</p>
<blockquote>“Direitos humanos é muito amplo. Mas, durante muito tempo, ficou esse estigma de que nós defendemos pessoas que violaram qualquer âmbito criminal. É isso que tem que ser mudado”, afirmou.</blockquote>
<p>Delegado da Polícia Civil por 27 anos no Espírito Santo, <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2025-11/senador-fabiano-contarato-vai-presidir-cpi-do-crime-organizado" target="_blank"><b>o presidente da CPI instalada nesta semana</b></a><b> no Senado falou com exclusividade à Agência Brasil.</b></p>
<p><b>O parlamentar defende o endurecimento de penas para adolescentes em conflito com a lei, critica a saída temporária de presos condenados por crimes contra a vida, não vê problema em equiparar as facções ao terrorismo e acredita que o “campo progressista” não pode romantizar o tema da segurança pública.</b></p>
<p>“Passou da hora – e isso é público e notório – de o campo progressista começar a falar com responsabilidade, com os pés no chão e sem romantizar essa área, para dar uma resposta à sociedade”, afirmou.</p>
<p>Eleito senador em 2018 pelo partido Rede, Contarato se filiou ao PT em 2022 e tem atuado em temas ligados à segurança pública.<b> Ele disse que vai trabalhar para evitar que a comissão seja dominada por disputas eleitorais.</b></p>
<h2>Confira a entrevista completa abaixo:</h2>
<p><b>Agência Brasil:</b> Como o senhor pretende evitar, como presidente, que a CPI seja capturada por uma disputa eleitoreira, entre governo e oposição, em vez de construir propostas para combater o crime organizado?<br/>
<br/>
<b>Fabiano Contarato:</b> Tenho a plena convicção que tanto eu, como presidente, como o senador Alessandro Vieira [o relator], ambos egressos da Polícia Civil como delegados de polícia, bem como o vice-presidente da CPI, que é o senador Hamilton Mourão, queremos focar esse trabalho de forma mais técnica, de forma mais objetiva e sem pirotecnia, sem ficar deixando se levar para um comportamento mais ideológico e partidário.</p>
<p>É legítimo que um parlamentar queira fazer uso dessa CPI para isso [disputa político-eleitoral], mas o que eu puder fazer para evitar esse tipo de comportamento não tenho dúvida de que assim farei.</p>
<p>Importante ressaltar também que aqui no Senado essa relação entre os colegas é muito respeitosa. A gente tem que ter a responsabilidade de dar uma resposta para a população sem se deixar contaminar com esse viés político partidário ou eleitoral.</p>
<p>Temos que fazer dessa CPI um resultado positivo em defesa daquilo que é elementar, que é a segurança pública como direito de todos e dever do Estado.</p>
<p><b>Agência Brasil: </b>As posições politico-ideológicas entre governo e oposição são muito divergentes em relação ao tema da segurança pública. É possível encontrar alguma convergência na CPI para construir uma proposta comum?<br/>
<br/>
<b>Contarato:</b> Eu aceitei ser presidente dessa comissão com o pré-requisito de não renunciar às minhas convicções. Eu fiquei 27 anos trabalhando na ponta da segurança pública. Eu leciono, desde 1999, disciplinas de direito e processo penais.</p>
<p>Passou da hora – e isso é público e notório – de o campo progressista começar a falar com responsabilidade, com os pés no chão e sem romantizar essa área, para dar uma resposta à sociedade.</p>
<p>Segurança pública não deve ser tratada como uma pauta exclusiva da direita ou do campo conservador. A gente tem que entender que segurança pública é uma pauta de todos os partidos políticos, independentemente da colaboração partidária.</p>
<p>Eu era líder do PT no Senado quando foi avaliado manter ou não o veto da chamada saidinha, que é a saída temporária de presos. Argumentei que um homicídio doloso por disparo de arma de fogo, que tem pena de seis a 20 anos de reclusão, tem a tendência de condenar a pena mínima, mas vamos supor que não condenou a seis anos, condenou a nove anos.</p>
<p>Com um sexto da pena, aquele autor daquele homicídio com disparo de arma de fogo já sai em regime aberto. Se vai dar ainda 35 dias de saída temporária para um condenado que violou o principal bem jurídico? Não é razoável.</p>
<p>É preciso se colocar no lugar daquela mãe que perdeu um filho por disparo de arma de fogo. Se a pessoa foi condenada a nove anos de reclusão, não vai ficar nem um ano e oito meses preso.</p>
<p>Na época dessa votação, era líder do PT e falei que, se isso acontecesse, eu não poderia renunciar às minhas convicções e iria votar pela derrubada do veto. E foi isso que aconteceu.</p>
<p><b>Agência Brasil:</b> O senhor também foi relator do Projeto de Lei (PL) 1.473/2025, que aumenta a pena mínima para adolescentes em conflito com a lei que cometem violações graves.<br/>
<br/>
<b>Contarato: </b>No Espírito Santo, um rapaz de 16 anos, com a arma do pai, que era policial militar, entrou numa escola atirando e matou quatro pessoas – uma estudante e três professoras. Deixou dezenas feridas. Agora, em novembro, ele completa três anos de internação e vai sair. Não é razoável.</p>
<p>O Brasil é o mais permissivo dentro do G20. O mais permissivo. E olha que eu estou falando das grandes democracias.</p>
<p>Então, aumentei o período de internação de três para cinco anos se ele praticar ato infracional com violência, grave ameaça, equiparado ao [crime] hediondo ou tráfico de entorpecente, esse prazo pode chegar a dez anos. Já foi aprovado aqui em decisão terminativa, está na Câmara.</p>
<p><b>Agência Brasil:</b> Como o campo progressista peca em dar uma resposta à sociedade na área da segurança pública?<br/>
<br/>
<b>Contarato:</b> Por que o campo progressista ficou rotulado que nós defendemos direitos humanos apenas para a população que está cerceada<b> </b>de sua liberdade de ir e vir? Nós temos que repensar isso.</p>
<p>Direitos humanos são todos os direitos que a pessoa tem, independentemente da raça, cor, etnia, religião, origem, orientação sexual. Direitos humanos é também para proteger as vítimas dos policiais que são alvejados no confronto lá no Complexo do Alemão, por exemplo.</p>
<p>Direitos humanos também são para atender aos órfãos dos feminicídios, que o Brasil é o que mais mata, que é para atender às vítimas de violência sexual.</p>
<p>Direitos humanos é [um conceito] muito amplo. Mas, durante muito tempo, ficou esse estigma de que nós defendemos, entre aspas, pessoas que violaram qualquer âmbito criminal. É isso que tem que ser mudado.</p>
<p>Eu aprovei aqui no Senado também o projeto transformando corrupção ativa, passiva, peculato, crimes contra a autoridade, contra o sistema financeiro em crimes hediondos.</p>
<p>Porque um político, quando desvia verba da saúde, ele mata milhões de pessoas. Um político, quando desvia verba da educação, ele mata milhões de jovens. Veja quanta coisa boa que a gente pode dar de forma propositiva, sem se deixar contaminar com essa coisa de que é da direita, porque é conservador.</p>
<p>Volto a falar: segurança pública, isso não sou eu que estou dizendo, está no Artigo 144 [da Constituição], é direito de todos e dever do Estado.</p>
<p><b>Agência Brasil: </b>A oposição quer equiparar as facções criminosas ao terrorismo. Especialistas apontam que<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2025-11/classificar-faccoes-como-terrorismo-expoe-brasil-intervencao-dos-eua" target="_blank"> a medida abre caminho para intervenções dos Estados Unidos</a> aqui no Brasil, como o senhor avalia esse tema? &nbsp;<br/>
<br/>
<b>Contarato:</b> Não vejo essa possibilidade de intervenção de outro país na nossa democracia porque a nossa democracia é sólida, é forte, as instituições são firmes. O Executivo, o governo do presidente Lula, fortalece as instituições. Nós temos harmonia, autonomia e independência dos Poderes.</p>
<p>Nós aprovamos aqui, em 2023, a alteração da Lei de Terrorismo [PL 3.283/2021] e está também na Câmara dos Deputados, equiparando a atos de terrorismo as condutas praticadas, por qualquer razão, com finalidade de provocar terror social generalizado, em nome ou favor de organização terrorista ou grupo criminoso organizado, que elenca ali sete hipóteses.</p>
<p>Isso já foi aprovado e é uma resposta que o Parlamento já pode dar. Eu não vejo essa preocupação de que, se você fizer qualquer alteração na Lei de Terrorismo, isso vai legitimar para que outro país, como os Estados Unidos, que venha aqui.</p>
<p>Não, nós temos que dar uma resposta naquilo que a população está sentindo, e a população mais pobre é que sofre. É fácil para mim que sou homem, branco, engravatado, que tem saúde pública, que tem alimentação adequada, que tem plano de saúde.</p>
<p>Mas temos que nos colocar no lugar daquela mulher que está lá no morro, no Complexo do Alemão, e que tem que pagar para ter o seu comerciozinho, que tem que pagar para ter água, tem que pagar para entrar na comunidade, que tem que pagar para viver sendo subjugada, porque, quando o Estado não está presente, o medo se instala, e aí a barbárie se impõe.</p>

Redação Brasil 247

Brasília-DF - 05/11/2025 - Senador Fabiano Contarato, durante entrevista à Agência Brasil 

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Entrevistas

Campo progressista não pode romantizar o enfrentamento ao crime, diz Contarato

<p><b>247 - </b>A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, instalada nesta terça-feira (4) no Senado, aprovou convites para que governadores e ministros do governo federal prestem esclarecimentos sobre ações de segurança pública e o avanço das facções criminosas no país. Entre os convocados, segundo a <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2025/11/cpi-do-crime-organizado-convida-castro-tarcisio-e-ministros-de-lula.shtml">Folha de S. Paulo</a>, &nbsp;estão Cláudio Castro (PL- Rio de Janeiro), Tarcísio de Freitas (Republicanos - São Paulo), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho.</p>
<p>Os convites foram propostos pelo relator da CPI, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), responsável pelo pedido que originou a comissão. Ao todo, 38 pessoas deverão ser ouvidas no colegiado, que será presidido pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES).</p>
<h2>Disputa política e composição da CPI</h2>
<p>A escolha de Contarato para a presidência representou um alívio para o Palácio do Planalto, que temia o comando da oposição. O petista venceu por 6 votos a 5 o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente da República e agora vice-presidente da comissão. O colegiado contará com 11 titulares e 7 suplentes, incluindo nomes de destaque da oposição bolsonarista, como Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES) e Marcos do Val (Podemos-ES).</p>
<p>Após ser eleito, Contarato declarou que pretende conduzir os trabalhos de forma técnica e sem espaço para disputas políticas. “Não permitirei que o debate sobre segurança pública seja sequestrado por discursos fáceis e populistas. O combate ao crime organizado exige seriedade e inteligência, não pirotecnia”, afirmou o presidente da CPI.</p>
<h2>Plano de trabalho e eixos temáticos</h2>
<p>O relator Alessandro Vieira apresentou um plano de trabalho dividido em eixos temáticos que abrangem desde o domínio territorial de facções até os mecanismos de lavagem de dinheiro e corrupção. Também serão analisadas as rotas de tráfico de armas e drogas, crimes digitais, além da necessidade de integração entre órgãos de segurança.</p>
<p>Os principais eixos incluem:</p>
<p>Domínio territorial e rotas ilícitas: identificação das áreas controladas por facções e das vias usadas para transporte de armas, drogas e mercadorias ilegais;</p>
<p>Sistema prisional e lavagem de dinheiro: análise do poder das organizações dentro dos presídios e seus mecanismos financeiros;</p>
<p>Corrupção e integração institucional: investigação de conexões entre agentes públicos e grupos criminosos;</p>
<p>Prevenção e repressão ao crime, além do uso de recursos orçamentários destinados à segurança.</p>
<h2>Governadores e ministros convidados</h2>
<p>Entre os convidados estão representantes de 11 estados e do Distrito Federal. Do governo federal, devem comparecer os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça), José Mucio Monteiro Filho (Defesa), Andrei Augusto Passos Rodrigues (diretor-geral da Polícia Federal), Leandro Almada da Costa (inteligência da PF), Antônio Glautter de Azevedo Morais (inteligência penal da Senappen) e Luiz Fernando Corrêa (diretor-geral da Abin).</p>
<p>Nos estados, estão na lista os governadores Clécio Luís (Amapá), Jerônimo Rodrigues (Bahia), Raquel Lyra (Pernambuco), Elmano de Freitas (Ceará), Paulo Dantas (Alagoas), Jorginho Melo (Santa Catarina), Ratinho Júnior (Paraná), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Ibaneis Rocha (Distrito Federal), Cláudio Castro (Rio de Janeiro) e Tarcísio de Freitas (São Paulo).</p>
<h2>Especialistas e jornalistas também serão ouvidos</h2>
<p>A CPI pretende ouvir ainda especialistas em segurança pública e jornalistas investigativos que acompanham o avanço das facções no país. Entre os convidados estão o promotor Lincoln Gakiya, o pesquisador Renato Sérgio de Lima (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), e os jornalistas Josmar Jozino (UOL), Rafael Soares (O Globo), Cecília Olliveira (Instituto Fogo Cruzado) e Bruno Paes Manso (NEV-USP).</p>

Paulo Emilio

CPI do Crime Organizado (CPICRIME) é instalada Mesa:  presidente da CPICRIME, senador Fabiano Contarato (PT-ES);  relator da CPICRIME, senador Alessandro Vieira (MDB-SE).



Brasília

CPI do Crime Organizado aprova convites para ouvir governadores e ministros

<p><b>247</b> - O senador Fabiano Contarato (PT-ES), presidente da CPI do Crime Organizado, afirmou que pretende conduzir os trabalhos da comissão de forma técnica e responsável, evitando qualquer tipo de instrumentalização política. As declarações foram dadas em entrevista ao programa <i>Estúdio i</i>, da GloboNews.</p>
<p>Contarato destacou que a CPI tem o dever de oferecer resultados concretos à população, sem se transformar em um espaço de disputa partidária. O senador ressaltou que o foco será dar respostas eficazes à sociedade, especialmente às comunidades mais afetadas pela violência e pelo poder do tráfico.</p>
<p>Entre os requerimentos já aprovados pela comissão estão as convocações do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e dos governadores do Rio de Janeiro e de São Paulo, Cláudio Castro e Tarcísio de Freitas. “Eu sei que é um desafio, mas tenho certeza de que é possível prosseguir com responsabilidade. Hoje já aprovamos o plano de trabalho e os requerimentos do relator. Temos tudo para prestar um bom serviço à população. O que não pode é o Legislativo falhar na sua função de assegurar uma garantia constitucional”, afirmou Contarato.</p>
<p>O senador ressaltou que a CPI tem a missão de fiscalizar e propor soluções diante do avanço das facções criminosas e da escalada da violência em regiões dominadas por grupos como o Comando Vermelho e o PCC. “É uma determinação constitucional garantir segurança pública, e o Estado precisa cumprir essa obrigação, com coordenação entre União, estados e municípios”, declarou.</p>
<p>Contarato também criticou o que chamou de “politização da segurança pública” e defendeu que o foco da comissão deve permanecer em resultados concretos. “Não podemos admitir que, passado o impacto de uma operação que resultou em mais de 120 mortes, o medo volte a dominar essas áreas. É preciso coibir a politização da segurança pública. Eu tenho a consciência tranquila quanto a isso”, concluiu.</p>

Otávio Rosso



Senador Fabiano Contarato (PT-ES)

Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

Brasil

Contarato promete rigor na CPI do Crime Organizado e rejeita uso político

<p><b>247 -</b> A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado elegeu nesta terça-feira (4) o senador Fabiano Contarato (PT-ES) como presidente, após uma votação acirrada que terminou com 6 votos a 5. O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), autor do requerimento de criação da CPI, foi escolhido relator, segundo informaram os canais do partido nas redes sociais.</p>
<p>O colegiado foi instalado poucos dias após a operação das forças de segurança no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV), que resultou em 121 mortes na semana passada. A CPI nasce em meio à disputa entre governo e oposição pelo protagonismo nas pautas de segurança pública.</p>
<h2>Perfil dos líderes e disputa política</h2>
<p>Fabiano Contarato e Alessandro Vieira, ambos delegados de Polícia Civil, chegam ao comando da CPI com a promessa de atuar de forma técnica. “Nosso compromisso é investigar com rigor e transparência para propor soluções eficazes contra o crime organizado”, afirmou Contarato durante a sessão.</p>
<p>Vieira, por sua vez, declarou que pretende conduzir os trabalhos “sem partidarismo e com foco em resultados concretos”. A expectativa é de que a comissão se torne um dos principais espaços de debate sobre segurança no Congresso Nacional.</p>
<h2>O que será investigado pela CPI</h2>
<p>A comissão vai investigar a atuação de facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), além das milícias. O foco será apurar as fontes de financiamento, lavagem de dinheiro, domínio territorial e prisional, conexões regionais e internacionais e possível infiltração no poder público.</p>
<p>A CPI também deverá propor mudanças na legislação para fortalecer as ações de combate ao crime organizado. O prazo inicial de funcionamento é de 120 dias, podendo ser prorrogado mediante deliberação dos senadores.</p>
<h2>Composição da comissão</h2>
<p>A CPI do Crime Organizado conta com 11 senadores titulares e sete suplentes. Entre os titulares estão os oposicionistas Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Sergio Moro (União-PR), Marcos do Val (Podemos-ES), Magno Malta (PL-ES). &nbsp;Entre os governistas estão &nbsp;Jaques Wagner (PT-BA), Otto Alencar (PSD-BA) e Rogério Carvalho (PT-SE). O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) atua como suplente.</p>

Governo Lula assume controle da CPI do Crime Organizado

<p><b>247 -</b> A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (22/10) o Projeto de Lei (PL) nº 1473/2025, que endurece as punições aplicadas a menores de 18 anos. A proposta, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES) e relatada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), foi aprovada em caráter terminativo, o que dispensa nova votação no plenário, a menos que haja recurso. Agora, o texto segue para análise da Câmara dos Deputados.</p>
<p>De acordo com o <a href="https://www.metropoles.com/brasil/ccj-do-senado-aprova-endurecimento-de-punicoes-para-menores-de-18-anos">Metrópoles</a>, o projeto modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ampliando de 3 para 5 anos o tempo máximo de internação em casos gerais e permitindo até 10 anos para atos infracionais classificados como hediondos. A proposta também eleva a idade de liberação compulsória dos jovens internados para 23 anos.</p>
<h2>Unidades específicas para maiores de 18 anos</h2>
<p>O texto estabelece que adolescentes que completarem 18 anos durante o período de internação sejam transferidos para unidades específicas, distintas do sistema prisional comum, evitando o contato direto com presos adultos.</p>
<p>A proposta havia sido aprovada anteriormente pela Comissão de Direitos Humanos, em 13 de agosto, sob relatoria da senadora Damares Alves (Republicanos-DF). Durante a tramitação na CCJ, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) apresentou emendas que reforçam garantias legais já previstas no ECA.</p>
<h2>Controle judicial e garantias de legalidade</h2>
<p>Alessandro Vieira explicou que o objetivo das mudanças é “reforçar a presença de um juiz e de um defensor público nessa fase, a fim de garantir o controle imediato da legalidade da apreensão sem introduzir o rito da audiência de custódia”.</p>
<p>O projeto determina que a audiência de custódia ocorra no prazo máximo de 24 horas após a apreensão do menor. A medida busca assegurar o controle judicial da detenção e prevenir eventuais abusos. Em justificativa ao relatório, Flávio Bolsonaro afirmou que “a combinação de firmeza com garantias fortalece a legitimidade da resposta estatal e evita alegações de arbitrariedade”.</p>
<h2>Alterações no Código Penal</h2>
<p>O texto também modifica o Código Penal ao prever redução de pena para réus com mais de 75 anos. Nesses casos, a pena poderá ser reduzida pela metade, salvo quando houver crime de violência sexual contra a mulher.</p>
<p>Com as mudanças, o PL 1473/2025 representa um dos maiores endurecimentos nas regras de responsabilização de menores desde a criação do ECA, em 1990. A proposta agora depende da análise da Câmara dos Deputados para seguir à sanção presidencial.</p>

Sessão da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado

CCJ do Senado aprova lei que endurece punições a menores

<p><b>247 </b>- O presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Fabiano Contarato (PT-ES), defendeu nesta quarta-feira (22) a autorização concedida pelo Ibama para que a Petrobras inicie a perfuração do poço pioneiro de petróleo na Margem Equatorial, na costa do Amapá. As informações são de Paulo Cappelli, do<a href="https://www.metropoles.com/colunas/paulo-cappelli/senador-do-pt-sobre-petroleo-na-foz-do-amazonas-passou-da-hora"> Metrópoles</a>.</p>
<p>O presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Fabiano Contarato (PT-ES), defendeu nesta quarta-feira (22) a autorização concedida pelo Ibama para que a Petrobras inicie a perfuração do poço pioneiro de petróleo na Margem Equatorial, na costa do Amapá.</p>
<p>Segundo o parlamentar, o licenciamento ambiental que autorizou a operação foi resultado de uma análise “rigorosa e independente”, e representa um passo importante para o país. “Considero positiva e acertada a posição do Ibama ao autorizar a perfuração na Margem Equatorial”, destacou.</p>
<p>Contarato argumentou ainda que a transição para uma matriz energética limpa não pode ocorrer de forma abrupta. “A mudança de uma matriz baseada em combustíveis fósseis não pode ser feita da noite para o dia apenas com fontes renováveis”, disse o senador, ressaltando que a pesquisa da Petrobras é “um avanço significativo” para sondar a existência de petróleo na região.</p>
<p>Apesar de defender o projeto, o senador enfatizou a necessidade de cautela. “Temos que garantir que toda e qualquer atividade nessa região seja feita com rigor, assegurando a proteção da biodiversidade e dos povos da Amazônia”, afirmou. Ele também reafirmou o compromisso com as pautas ambientais, especialmente diante da COP 30, que será sediada em Belém (PA) entre 10 e 21 de novembro de 2025.</p>
<p>A autorização do Ibama permite que a Petrobras inicie a campanha de perfuração do poço FZA-M-59, localizado a cerca de 500 quilômetros da foz do Rio Amazonas e 175 quilômetros da costa.&nbsp;</p>

Margem Equatorial

Fabiano Contarato defende exploração na Margem Equatorial: “passou da hora”

<p><b>247</b> - Parlamentares publicaram mensagens nas redes sociais para lamentar a morte do escritor Luis Fernando Verissimo (1936-2025).</p>
<p>A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) também comentou sobre a morte do escritor. “Brasil perdeu o seu maior cronista. Ouso dizer que ninguém leu tão bem o Brasil como Luis Fernando Veríssimo. Sem dúvida , o maior frasista da nossa literatura. Taí uma de suas frases: ‘Não sei para onde caminha a humanidade; mas, quando souber, vou para o outro lado’”.</p>
<p>O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) se pronunciou. “O Brasil perde hoje Luís Fernando Veríssimo. Mais do que um escritor brilhante, foi uma voz crítica e corajosa contra a mediocridade e a injustiça. Descanse em paz, mestre!”.</p>
<p>O deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) afirmou que o escritor publicou “ironias certeiras, pelos personagens inesquecíveis e pelo humor que nos fez pensar e rir de nós mesmos”. “Descanse em paz, mestre Luis Fernando Veríssimo!”.</p>
<p>A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) destacou as comédias publicadas por Verissimo. “Se tem um escritor que eu posso dizer que me fez aprender a gostar de ler, foi Luis Fernando Veríssimo. Muito mesmo. Comédias pra se ler na escola, Comédias da vida privada... Li muito suas obras. Ele foi responsável também por me ensinar a escrever. Escrever prestando atenção”.</p>
<p>O deputado federal Fabiano Contarato (PT-ES) disse que amanheceu “com a triste notícia da partida de Luís Fernando Veríssimo, um dos maiores cronistas e humoristas da nossa literatura”. “Autor de ícones como ‘O analista de Bagé’ e ‘A velhinha de Taubaté’, Veríssimo nos presenteou com ironia, delicadeza e sabedoria, unindo gerações de leitores. Sua escrita, sempre inteligente e acessível, refletia o Brasil”, acrescentou. </p>
<p>“Hoje, o país perde uma voz singular. Que suas crônicas sigam inspirando, nos acolhendo e nos fazendo pensar. Obrigado, Veríssimo, por cada frase. Que descanse em paz”.</p>
<p>De acordo com a deputada federal Talíria Petrone (Psol-RJ), “o escritor mostrou o poder subversivo do humor na literatura e formou muitos leitores”. “Ele foi também um mestre da crônica nos jornais. Meu abraço aos familiares, amigos e aos muitos fãs que Veríssimo divertiu com seu texto afiado e inteligente”.</p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Brasil perdeu o seu maior cronista 🇧🇷<br/><br/>Ouso dizer que ninguém leu tão bem o Brasil como Luis Fernando Veríssimo. Sem dúvida , o maior frasista da nossa literatura. Taí uma de suas frases:<br/><br/>“Não sei para onde caminha a humanidade; mas, quando souber, vou para o outro lado.” <a href="https://t.co/fgocIl3n1i">pic.twitter.com/fgocIl3n1i</a></p>— Duda Salabert (@DudaSalabert) <a href="https://twitter.com/DudaSalabert/status/1961758537010332136?ref_src=twsrc%5Etfw">August 30, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
<p><br/></p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">O Brasil perde hoje Luís Fernando Veríssimo. Mais do que um escritor brilhante, foi uma voz crítica e corajosa contra a mediocridade e a injustiça. Descanse em paz, mestre! <a href="https://t.co/mCXgJxlkOC">pic.twitter.com/mCXgJxlkOC</a></p>— Rogério Correia (@RogerioCorreia_) <a href="https://twitter.com/RogerioCorreia_/status/1961789750139932781?ref_src=twsrc%5Etfw">August 30, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
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<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Obrigado pelas ironias certeiras, pelos personagens inesquecíveis e pelo humor que nos fez pensar e rir de nós mesmos. Descanse em paz, mestre Luis Fernando Veríssimo! <a href="https://t.co/GXcuDi2Z2G">pic.twitter.com/GXcuDi2Z2G</a></p>— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) <a href="https://twitter.com/GuilhermeBoulos/status/1961796938455765263?ref_src=twsrc%5Etfw">August 30, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
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<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Se tem um escritor que eu posso dizer que me fez aprender a gostar de ler, foi Luis Fernando Veríssimo. Muito mesmo. Comédias pra se ler na escola, Comédias da vida privada... Li muito suas obras. Ele foi responsável também por me ensinar a escrever. Escrever prestando atenção. + <a href="https://t.co/MWHlhbGvRp">pic.twitter.com/MWHlhbGvRp</a></p>— Natália Bonavides (@natbonavides) <a href="https://twitter.com/natbonavides/status/1961799847989637216?ref_src=twsrc%5Etfw">August 30, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
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<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Amanhecemos com a triste notícia da partida de Luís Fernando Veríssimo, um dos maiores cronistas e humoristas da nossa literatura. Autor de ícones como “O analista de Bagé” e “A velhinha de Taubaté”, Veríssimo nos presenteou com ironia, delicadeza e sabedoria, unindo gerações de… <a href="https://t.co/aHX7kbBlcl">pic.twitter.com/aHX7kbBlcl</a></p>— Fabiano Contarato (@ContaratoSenado) <a href="https://twitter.com/ContaratoSenado/status/1961760112235745440?ref_src=twsrc%5Etfw">August 30, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
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<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Morreu Luis Fernando Veríssimo, o escritor que mostrou o poder subversivo do humor na literatura e formou muitos leitores. Ele foi também um mestre da crônica nos jornais. Meu abraço aos familiares, amigos e aos muitos fãs que Veríssimo divertiu com seu texto afiado e… <a href="https://t.co/EF7evkQkU4">pic.twitter.com/EF7evkQkU4</a></p>— Talíria Petrone (@taliriapetrone) <a href="https://twitter.com/taliriapetrone/status/1961750321077616950?ref_src=twsrc%5Etfw">August 30, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
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Leonardo Lucena

Cultura

Parlamentares repercutem a morte de Luis Fernando Verissimo: 'maior frasista da nossa literatura'

<p><b>247 </b>- Durante sessão no Senado, o senador Fabiano Contarato fez um pronunciamento incisivo contra o enfraquecimento das instituições e o retrocesso nas políticas ambientais. Em tom firme, afirmou que “é fácil defender ditadura estando numa democracia, difícil é defender democracia estando numa ditadura”, alertando para os riscos à democracia e à preservação ambiental.</p>
<p>Contarato lembrou que presidiu a Comissão de Meio Ambiente nos dois primeiros anos do governo anterior, período que classificou como marcado por negacionismo e ataques à pauta ambiental. Segundo ele, a gestão “acabou com o plano de combate ao desmatamento, extinguiu o departamento de educação ambiental, criminalizou ONGs e reduziu a participação da sociedade civil”. Diante desse cenário, o Senado apresentou projetos para barrar medidas que violassem o artigo 225 da Constituição, que garante o direito ao meio ambiente equilibrado.</p>
<p>O parlamentar contou que recorreu a ações diretas de inconstitucionalidade, ações populares e mandados de segurança para garantir que o Judiciário cumprisse seu papel de conter abusos. “O Brasil e os países da América Latina e Caribe precisam se unir para fortalecer as democracias e agir de forma proativa na defesa desse direito humano essencial”, declarou.</p>
<p>Ele citou o poeta Thiago de Melo para reforçar a urgência de novas práticas: <i>“Nós não temos caminho novo, o que temos de novo é o jeito de caminhar”</i>. Contarato também criticou países que fragilizam compromissos climáticos, como os Estados Unidos ao deixarem o Acordo de Paris, alertando que as consequências recaem sobretudo sobre as populações mais pobres e vulneráveis.</p>
<p>O senador destacou ainda a existência de um “racismo ambiental”, exemplificando com tragédias como as de Mariana e Brumadinho, nas quais as primeiras vítimas foram comunidades periféricas e moradores de encostas. “Ser cidadão é transformar a sociedade na defesa intransigente da preservação ambiental”, disse, colocando-se à disposição para colaborar com a Argentina e outros países nessa pauta.</p>
<p>Ao final, Contarato repudiou tentativas de chantagem por parte de líderes estrangeiros contra o Brasil, visando influenciar decisões do Judiciário. “Não é razoável que um chefe de outro país queira chantagear o chefe do nosso país para interferir no poder judiciário. Nós temos que defender a democracia e todas as instituições”, afirmou, reforçando que o Brasil deve preservar a harmonia entre os poderes e garantir atuação firme do Ministério Público e do procurador-geral da República em defesa da Constituição. Assista:&nbsp;</p>
<div class="embed-block"><div><div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.25%;"><iframe src="https://cdn.iframe.ly/api/iframe?url=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DPZMtRdGAm9I&key=87ca3314a9fa775b5c3a7726100694b0" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute; border: 0;" allowfullscreen scrolling="no" allow="accelerometer *; clipboard-write *; encrypted-media *; gyroscope *; picture-in-picture *; web-share *;"></iframe></div></div></div>
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Dafne Ashton

“É fácil defender ditadura numa democracia, difícil é defender democracia numa ditadura”, diz Contarato

<p><b>247 - </b>Em discurso aplaudido no Senado, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) destacou a importância de preservar as instituições democráticas e combater retrocessos ambientais. A fala reuniu críticas ao negacionismo climático, defesa da soberania nacional e apelo por maior integração regional.</p>
<p>Contarato relembrou sua atuação como presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, durante os dois primeiros anos do governo Bolsonaro (PL), período que, segundo ele, foi marcado por “um governo negacionista, que acabou com plano de combate ao desmatamento, criminalizava ONGs, reduzia a participação da sociedade civil e emitia decretos que vilipendiavam o direito ambiental”. Como resposta, relatou ter apresentado projetos de decreto legislativo e acionado o Judiciário, com base no artigo 225 da Constituição, que assegura a todos o direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado.</p>
<h2>Racismo ambiental, pressão externa e integração latino-americana</h2>
<p>O parlamentar alertou para o que classificou como “racismo ambiental”, situação em que desastres atingem de forma mais severa comunidades vulneráveis, como moradores de encostas e periferias. Citando casos ocorridos em Minas Gerais, defendeu que a preservação ambiental seja reconhecida como direito humano essencial, independentemente de posições ideológicas.</p>
<p>O senador também condenou tentativas de interferência estrangeira no Judiciário brasileiro. “Não é razoável que um chefe de um país estrangeiro queira chantagear o chefe do nosso país para que ele possa ter qualquer tipo de interferência no Poder Judiciário. Isso nós não fazemos”, afirmou. Para ele, enfraquecer órgãos de fiscalização e atacar os Poderes compromete o Estado democrático de direito.</p>
<p>Por fim, Contarato defendeu que países da América Latina e Caribe se unam em prol do fortalecimento das democracias e da proteção ambiental. Encerrando, citou o poeta Thiago de Mello: “Nós não temos caminho novo, o que temos de novo é o jeito de caminhar”, ressaltando que esse caminho deve ser construído sobre a preservação ambiental e a solidez das instituições.</p>
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Guilherme Paladino

"Não aceitamos chantagem de país estrangeiro contra o Brasil", diz Contarato

<p><b>247 -</b> O senador Fabiano Contarato (PT-ES) afirmou nesta quarta-feira (9) que “a decisão de Donald Trump de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros na tentativa de proteger Bolsonaro é um desrespeito à nossa soberania, às instituições brasileiras e à nossa diplomacia”.</p>
<p>Na carta, o <a href="https://www.brasil247.com/mundo/trump-anuncia-tarifas-de-50-sobre-produtos-brasileiros-e-envia-carta-a-lula">presidente norte-americano também defendeu Jair Bolsonaro</a>, réu no inquérito da trama golpista conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no Brasil. </p>
<p>Segundo Contarato, “todos, empresários, produtores e o povo brasileiro pagarão a conta pelo comportamento irresponsável, conspirador e subserviente a interesses estrangeiros de Jair Bolsonaro". "É hora de reagirmos com firmeza”, escreveu o parlamentar na rede social X. </p>
<p>De acordo com o deputado, “patriota de verdade não se ajoelha nem presta continência para bandeira estrangeira”. “O Brasil não cederá a chantagens e não será refém das aspirações de golpistas ou de outros governos”. </p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">A decisão de Donald Trump de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros na tentativa de proteger Bolsonaro é um desrespeito à nossa soberania, às instituições brasileiras e à nossa diplomacia. Todos, empresários, produtores e o povo brasileiro pagarão a conta pelo…</p>— Fabiano Contarato (@ContaratoSenado) <a href="https://twitter.com/ContaratoSenado/status/1943049473233428628?ref_src=twsrc%5Etfw">July 9, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Sudeste

Todos ‘pagarão a conta’, afirma Contarato ao citar 'empresários, produtores e a população brasileira' após a decisão de Trump

<p><b>247 – </b>Em entrevista concedida à <i>TV 247</i>, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) defendeu com veemência que o campo progressista brasileiro assuma com coragem e profundidade o debate sobre segurança pública. A conversa, conduzida pelos jornalistas Mario Vitor Santos e Regina Zappa, foi marcada por reflexões firmes sobre o papel do Parlamento, o combate ao crime, o respeito aos direitos humanos e a responsabilidade institucional diante da sociedade.</p>
<p>Segundo o parlamentar, que já foi delegado por 27 anos e é professor de Direito Penal e Processual Penal, não há mais espaço para que a esquerda se omita nesse debate: “Passou da hora do campo progressista falar sobre segurança pública. Isso é uma garantia constitucional. Segurança pública é direito de todos e dever do Estado.”</p>
<h3>A falência de um sistema desigual</h3>
<p>Contarato criticou duramente o sistema penal brasileiro, que — segundo ele — criminaliza a pobreza e a cor da pele, enquanto políticos e agentes do alto escalão raramente enfrentam punições proporcionais: “Eu trabalhei no sistema prisional. As pessoas pobres estão morrendo dentro das cadeias. E um político condenado por corrupção vai cumprir prisão domiciliar. Isso é inaceitável.”</p>
<p>Ao defender mudanças legislativas, o senador relatou projetos de sua autoria que endurecem a pena para crimes como peculato e garimpo ilegal, ressaltando que a impunidade favorece os poderosos. Ele defende penas mais duras para crimes de corrupção: “Quando um político desvia verba da saúde, ele mata. Quando desvia da educação, ele destrói o sonho de milhões.”</p>
<h3>Reforma estrutural e combate aos privilégios</h3>
<p>O senador também atacou a estrutura desigual do serviço público brasileiro, onde alguns servidores acumulam supersalários incompatíveis com a realidade nacional: &nbsp;“Não é razoável termos servidores ganhando R$ 100 mil, R$ 200 mil por mês, enquanto trabalhadores vivem com R$ 518 numa escala 6x1.”</p>
<p>Para ele, a moralização do setor público passa pelo respeito ao teto constitucional, pelo fim dos penduricalhos e pela valorização das categorias essenciais, como professores e profissionais da saúde.</p>
<h3>Meio ambiente, democracia e violência institucional</h3>
<p>Presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Contarato também falou sobre os retrocessos ambientais do governo Bolsonaro e o desafio de legislar com um Congresso hostil à pauta ambiental. Ele celebrou avanços recentes, como o endurecimento das penas para crimes de garimpo ilegal e poluição por incêndios, mas alertou para o enfraquecimento dos órgãos de fiscalização:<br/>
 “É inadmissível que agentes do Ibama e ICMBio estejam sendo atacados a tiros e não tenham nem porte de arma. Precisamos dar condições para que cumpram sua missão.”</p>
<p>Questionado sobre a fala recente de Jair Bolsonaro, que afirmou poder “mudar o Brasil com 50% da Câmara”, Contarato foi enfático:<br/>
 “Esse tipo de declaração mostra que ele não sabe viver numa democracia. Ele atacou o STF, o Congresso e as instituições durante todo o seu mandato. Isso é perigoso.”</p>
<h3>Compromisso com os direitos humanos</h3>
<p>Comovido em diversos momentos, o senador emocionou a audiência ao compartilhar experiências pessoais. Homossexual assumido, pai de dois filhos negros adotivos, Contarato relatou os desafios de uma família homoafetiva em uma sociedade estruturalmente racista: “É difícil explicar para os meus filhos que eles são brancos, mas são negros, num país racista. Direitos humanos também são para as famílias das vítimas de feminicídio, para os policiais mortos em confronto, para as vítimas de pedofilia. Direitos humanos são para todos.”</p>
<p>Defensor das cotas raciais, Contarato também foi relator da lei que aumentou a reserva para negros no serviço público federal: “Falam de meritocracia, mas para quem? Se a largada não é justa, não há mérito. 83% das escolas públicas não têm laboratório de ciências. Que meritocracia é essa?”</p>
<h3>Um mandato com propósito</h3>
<p>Ao final, o senador afirmou que não exerce um cargo político por vaidade, mas por missão. Citando Martin Luther King, disse que também tem um sonho: “Sonho com um Brasil justo, fraterno, plural, onde ninguém seja julgado pela cor da pele, orientação sexual, origem ou religião.”</p>
<p>E completou com firmeza: “Ser cidadão não é apenas viver em sociedade. É transformá-la.” Assista:</p>
<div class="embed-block"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/aiSxlPyPqX4?si=Mdiu1OXy6Te16kFY" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe></div>

"Os progressistas têm de falar sobre segurança pública; passou da hora", diz Contarato

<p><b>247 -</b> O senador Fabiano Contarato (PT-ES) publicou nesta quarta-feira (25) uma mensagem para criticar a decisão do Senado, que aprovou o aumento de 513 para 531 do número de vagas disponíveis para deputados federais na Câmara.</p>
<p>“Não precisamos de mais deputados. A proposta de aumentar de 513 para 531 cadeiras na Câmara é um escárnio, é uma afronta ao cidadão brasileiro. Isso significa um custo extra de, no mínimo, R$ 64,6 milhões saindo dos cofres públicos. Um gasto injustificável! Deixo claro: essa proposta não conta e não contará com meu apoio no Senado”, escreveu o parlamentar na rede social X.</p>
<p>A autora da proposta que aumenta a quantidade de parlamentares na Câmara foi Dani Cunha (UNIÃO/RJ). O projeto aprovado no Senado pode ter impacto de R$ 95 milhões por ano, o que representa R$ 380 milhões em quatro anos, período de cada mandato parlamentar.</p>
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Não precisamos de mais deputados. A proposta de aumentar de 513 para 531 cadeiras na Câmara é um escárnio e uma afronta ao cidadão brasileiro. Isso significa um custo extra de, no mínimo, R$ 64,6 milhões saindo dos cofres públicos. Um gasto injustificável!<br/><br/>Deixo claro: essa… <a href="https://t.co/DR4yuMgO8u">pic.twitter.com/DR4yuMgO8u</a></p>&mdash; Fabiano Contarato (@ContaratoSenado) <a href="https://twitter.com/ContaratoSenado/status/1937892480323596436?ref_src=twsrc%5Etfw">June 25, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

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