247 - A Argentina solicitou ao Fundo Monetário Internacional (FMI) um novo empréstimo de US$ 20 bilhões, que ainda depende da aprovação do conselho da instituição. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (27) pelo ministro da Economia, Luis Caputo, que também revelou negociações paralelas com o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para reforçar as reservas cambiais. As informações são do jornal <a href="https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2025/03/27/acordo-da-argentina-com-o-fmi-sera-de-us-20-bilhoes-anuncia-ministro-da-economia.ghtml">O Globo</a>.
Em meio à forte pressão sobre o peso e à proximidade das eleições legislativas, o governo Javier Milei evita acelerar a desvalorização da moeda. Apesar de ter prometido eliminar os controles cambiais e até dolarizar a economia, a equipe econômica mantém o sistema de crawling peg, que ajusta o câmbio gradualmente, cerca de 1% ao mês, como forma de conter a inflação.
Analistas avaliam que o FMI pode exigir uma flexibilização maior do câmbio como condição para liberar os recursos, o que abriria espaço para desvalorização mais rápida. Caputo, no entanto, não confirmou mudanças imediatas e afirmou que a retirada dos controles só ocorrerá quando as reservas forem recompostas e a inflação estiver sob controle.
Com o dólar paralelo superando 1.290 pesos e os contratos futuros prevendo nova alta da moeda norte-americana, cresce a tensão no mercado. O governo tenta evitar uma desvalorização abrupta antes de outubro, quando ocorrem as eleições legislativas de meio de mandato. Para o economista Ricardo Arriazu, o câmbio flutuante ainda não é viável: “Quando a Argentina deixar de pensar em dólares, a flutuação será o melhor sistema — mas esse não é o caso de hoje”.

Camila França

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América Latina

Argentina pede US$ 20 bilhões ao FMI para conter inflação antes das eleições

247 - A taxa mensal de inflação da Argentina acelerou para 2,4% em fevereiro, em linha com estimativas de analistas, segundo dados da agência oficial de estatísticas Indec divulgados nesta sexta-feira (14).&nbsp;
Isso representa uma aceleração em relação aos 2,2% registrados em janeiro, conforme despesas com moradia e serviços públicos aumentaram quase 4%.
A inflação nos 12 meses até fevereiro atingiu 66,9%, desacelerando em relação à taxa de 84,5% registrada no mês anterior, mas um pouco acima das expectativas de analistas consultados pela Reuters.
Sob o governo de extrema-direita de Javier Milei, a inflação desacelerou em relação aos três dígitos registrados anteriormente, em meio a medidas de austeridade duras e divisivas da administração, que alimentaram protestos em massa.
A inflação anual na segunda maior economia da América do Sul chegou perto de 300% no início do ano passado, mas desde então caiu para dois dígitos, e analistas consultados pelo banco central preveem que a inflação no final de 2025 cairá para 23,3%. (Com informações da Reuters).&nbsp;

Leonardo Sobreira

Consumidor faz compras em açouge em Buenos Aires, Argentina - 23/01/2025

Inflação mensal da Argentina volta a subir com persistência de alta dos preços

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Inflação mensal da Argentina volta a subir com persistência de alta dos preços

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