247 - A Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA) informa que as recentes movimentações militares dos Estados Unidos representam uma ameaça crescente à segurança na península coreana. Washington está intensificando ações que comprometem a estabilidade regional.
O governo norte-coreano sustenta que o comportamento de Washington escalou ao longo do ano. “As imprudentes ações militares dos EUA que começaram no início deste ano, ameaçando seriamente a estabilidade estratégica na península coreana e na região circundante, se tornam mais flagrantes à medida que o ano termina”, afirma o texto da agência.
A crítica da Coreia do Norte gira em torno de exercícios militares, demonstrações de força e movimentações operacionais realizadas pelos Estados Unidos na região do Indo-Pacífico. Para Pyongyang, essas iniciativas evidenciariam quem seria o verdadeiro responsável pelo aumento das tensões. A KCNA afirma que “as ações dos EUA mostram quem é a fonte de instabilidade na região”.
O comunicado também indica que o país pretende reagir de forma proporcional. A agência menciona que, frente à postura agressiva norte-americana, Pyongyang não descarta medidas adicionais. “Enquanto os EUA continuam renovando recordes em demonstração de força militar ameaçando países da região, seremos naturalmente mais ativos no uso do direito necessário para proteger a autoridade e os interesses do Estado, a paz e a estabilidade na região”, conclui a nota.
A península coreana vive um cenário de tensão permanente, marcado por exercícios militares conjuntos entre Washington e Seul, testes de mísseis norte-coreanos e uma crescente deterioração do diálogo diplomático. Analistas internacionais afirmam que a retórica de ambas as partes tende a se intensificar em um ambiente geopolítico já marcado por rivalidades estratégicas no entorno do Mar do Japão e do Pacífico Ocidental.

Presidente dos EUA, Donald Trump, durante visita a tropas norte-americanas na base aérea de Osan, na Coreia do Sul - 30/06/2019 

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Mundo

Ações dos EUA elevam tensões na península coreana

247 - A Península Coreana encontra-se em um momento de tensão extrema, com risco iminente de escalada para um conflito nuclear devastador. O alerta foi feito pelo líder norte-coreano Kim Jong Un, durante a abertura de uma exposição de defesa em Pyongyang, destaca a <a href="https://tass.com/world/1876103">Tass</a>, citando a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA).
"Nunca antes as partes do conflito na Península Coreana estiveram em um confronto tão perigoso e intenso, quando a situação poderia se transformar em uma guerra nuclear mais destrutiva a qualquer momento", afirmou Kim.
Kim Jong Un criticou duramente os Estados Unidos, argumentando que as negociações entre os dois países apenas reforçaram a visão da Coreia do Norte de que a política hostil de Washington permanece inalterada. Segundo ele, os EUA têm intensificado a pressão militar ao mobilizar vastos recursos e fortalecer alianças militares na região.
O líder norte-coreano também acusou os Estados Unidos de utilizarem armas nucleares de forma estratégica para consolidar sua influência sobre países aliados, afirmando que o objetivo principal seria "deter o crescente poder" da República Popular Democrática da Coreia (RPDC). Ele classificou a postura norte-americana como uma tentativa de manter sua hegemonia global, enfrentando a crescente força militar de Pyongyang.
As declarações de Kim Jong Un ocorrem em um momento de crescente tensão na região, com exercícios militares conjuntos entre os EUA e seus aliados sul-coreanos e japoneses, além da instalação de sistemas avançados de defesa antimísseis. Analistas temem que a retórica crescente de ambos os lados aumente o risco de um confronto direto.

Líder norte-coreano Kim Jong Un inspeciona ogivas nucleares em local não divulgado em imagem sem data
KRT/via Reuters TV/Handout via REUTERS

Kim Jong Un alerta sobre risco crescente de guerra nuclear na Península Coreana

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