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Ações dos EUA elevam tensões na península coreana

A agência de notícias norte-coreana KCNA publica comunicado que acusa Washington de desestabilizar a região

Presidente dos EUA, Donald Trump, durante visita a tropas norte-americanas na base aérea de Osan, na Coreia do Sul - 30/06/2019 (Foto: Ed Jones via REUTERS)

247 - A Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA) informa que as recentes movimentações militares dos Estados Unidos representam uma ameaça crescente à segurança na península coreana. Washington está intensificando ações que comprometem a estabilidade regional.

O governo norte-coreano sustenta que o comportamento de Washington escalou ao longo do ano. “As imprudentes ações militares dos EUA que começaram no início deste ano, ameaçando seriamente a estabilidade estratégica na península coreana e na região circundante, se tornam mais flagrantes à medida que o ano termina”, afirma o texto da agência.

A crítica da Coreia do Norte gira em torno de exercícios militares, demonstrações de força e movimentações operacionais realizadas pelos Estados Unidos na região do Indo-Pacífico. Para Pyongyang, essas iniciativas evidenciariam quem seria o verdadeiro responsável pelo aumento das tensões. A KCNA afirma que “as ações dos EUA mostram quem é a fonte de instabilidade na região”.

O comunicado também indica que o país pretende reagir de forma proporcional. A agência menciona que, frente à postura agressiva norte-americana, Pyongyang não descarta medidas adicionais. “Enquanto os EUA continuam renovando recordes em demonstração de força militar ameaçando países da região, seremos naturalmente mais ativos no uso do direito necessário para proteger a autoridade e os interesses do Estado, a paz e a estabilidade na região”, conclui a nota.

A península coreana vive um cenário de tensão permanente, marcado por exercícios militares conjuntos entre Washington e Seul, testes de mísseis norte-coreanos e uma crescente deterioração do diálogo diplomático. Analistas internacionais afirmam que a retórica de ambas as partes tende a se intensificar em um ambiente geopolítico já marcado por rivalidades estratégicas no entorno do Mar do Japão e do Pacífico Ocidental.

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