247 - O primeiro-ministro da Coreia do Sul, Han Duck-soo, renunciou nesta quinta-feira (1), intensificando a instabilidade política no país a menos de um mês da eleição presidencial antecipada marcada para 3 de junho. Han, que vinha exercendo o cargo de presidente interino desde o afastamento de Yoon Suk Yeol em dezembro, é esperado para anunciar sua candidatura à presidência nesta sexta-feira, de acordo com a agência Reuters.
A saída de Han ocorre em um momento delicado para o governo interino sul-coreano, que já enfrentava dificuldades após meses de turbulência institucional. Desde que Yoon foi destituído por tentativa de impor a lei marcial, em 14 de dezembro, o país tem sido liderado por uma sucessão de presidentes interinos. A própria permanência de Han no cargo havia sido interrompida brevemente após seu impeachment em 27 de dezembro, por se recusar a nomear juízes indicados pelo parlamento, mas ele foi reconduzido ao posto pela Corte Constitucional em 24 de março.
Com a renúncia de Han, o ministro das Finanças, Choi Sang-mok, era o nome previsto para assumir o comando do Executivo. No entanto, Choi também anunciou sua saída do governo nesta quinta-feira, após o parlamento retomar um processo de impeachment contra ele por decisões tomadas durante seu período como presidente interino. Em nota, Choi pediu desculpas por não conseguir continuar no cargo em meio às “graves condições econômicas” enfrentadas pelo país.
Diante da dupla renúncia, o ministro da Educação, Lee Ju-ho, assumiu interinamente a presidência à meia-noite de quinta-feira, conforme previsto pela legislação sul-coreana. Lee, de 64 anos, economista e professor, ordenou que as Forças Armadas permaneçam em alerta e prometeu conduzir o governo de forma estável. Ele também pediu aos funcionários públicos que garantam a realização de eleições justas no próximo mês.
A eleição antecipada foi convocada após a remoção de Yoon Suk Yeol pela Corte Constitucional, e tem como favorito nas pesquisas Lee Jae-myung, ex-líder do principal partido de oposição. No entanto, uma decisão da Suprema Corte nesta quinta-feira colocou sua candidatura em risco, ao determinar que ele violou a lei eleitoral ao fazer declarações falsas durante sua campanha de 2022. A corte devolveu o caso ao tribunal de apelação com a ordem de emitir uma sentença, que pode resultar na inelegibilidade de Lee por até cinco anos.
A sucessão de renúncias e processos judiciais mergulhou a política sul-coreana em incerteza, num momento em que o país enfrenta também os desafios de navegar pelos efeitos de tarifas impostas pelos Estados Unidos e um cenário econômico adverso. A corrida presidencial, que já vinha sendo marcada por tensão, agora se vê ainda mais imprevisível.

Guilherme Paladino

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Mundo

Renúncia de primeiro-ministro abala governo interino da Coreia do Sul às vésperas de eleição antecipada

Por Anastasiia Malenko e Anita Komuves
KIEV (Reuters) - O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, pediu ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, nesta terça-feira, que considere um cessar-fogo para acelerar o fim da guerra com a Rússia e também disse que quer um grande acordo de cooperação com Kiev.
Orbán, que é um crítico declarado da ajuda militar ocidental à Ucrânia e tem as relações mais calorosas de qualquer líder da União Europeia com o presidente russo Vladimir Putin, conversou com Zelensky durante sua primeira viagem a Kiev em mais de uma década.
Em breves declarações conjuntas aos repórteres após as conversas, Orbán afirmou que valorizava o esforço de Kiev para promover a visão de paz de Zelensky em uma cúpula internacional em maio na Suíça e seu objetivo de realizar uma segunda cúpula de acompanhamento ainda este ano.
"Pedi ao presidente que pense se poderíamos inverter a ordem e acelerar as conversações de paz fazendo um cessar-fogo primeiro", disse Orbán.
"Um cessar-fogo vinculado a um prazo daria a chance de acelerar as negociações de paz. Explorei essa possibilidade com o presidente e sou grato por suas respostas honestas e negociações."
Zelensky, que falou antes de Orbán, não respondeu a esses comentários.
O líder ucraniano elogiou a possibilidade de um amplo acordo de cooperação bilateral entre a Ucrânia e a Hungria.
"O conteúdo do nosso diálogo de hoje sobre todas as questões pode se tornar a base para um documento bilateral entre nossos Estados, um documento que regulará todas as nossas relações mútuas", afirmou ele.
Ao saudar os comentários de Zelensky, Orbán disse que a Hungria gostaria de ajudar a modernizar a economia da Ucrânia.
Os laços entre os vizinhos ficaram sob forte tensão depois que a Rússia lançou sua invasão em grande escala da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, com Budapeste frequentemente se opondo aos esforços da União Europeia para apoiar Kiev.
Sob o comando de Orbán, que incomodou os parceiros ocidentais ao manter conversações com Putin em outubro passado, a Hungria acusou repetidamente a Ucrânia de restringir os direitos de cerca de 150.000 húngaros étnicos que vivem no extremo oeste da Ucrânia.
A Ucrânia, por sua vez, está ansiosa para garantir o apoio da Hungria, pois depende muito do apoio financeiro e militar da UE, de 27 membros, onde a unanimidade é necessária para muitas decisões.
Orbán associou a visita surpresa de terça-feira à Ucrânia ao fato de a Hungria ter assumido a presidência rotativa de seis meses do Conselho Europeu na segunda-feira.
"O objetivo da presidência húngara é contribuir para resolver os desafios que a União Europeia tem pela frente. É por isso que minha primeira viagem foi a Kiev", escreveu Orbán no Facebook após sua chegada a Kiev.
(Reportagem adicional de Gergely Szakacs e Olena Harmash)

Viktor Orbán e Volodymyr Zelenskiy em Kiev


Na Ucrânia, premiê da Hungria propõe cessar-fogo para acelerar negociações de paz

Por Victor Farinelli, <a href="https://operamundi.uol.com.br/politica-e-economia/escritor-antirrusso-e-identificado-como-autor-de-atentado-contra-premie-da-eslovaquia/">Opera Mundi</a> - A polícia da Eslováquia divulgou, no final da tarde desta quarta-feira (15/05), a identidade do autor do atentado contra o primeiro-ministro do país, Robert Fico.
Se trata do escritor Juraj Cintula, de 71 anos, conhecido em seu país por ser um ativista político antirrusso, ligado ao partido de centro-esquerda Eslováquia Progressista.
Segundo a imprensa local, o autor do atentado é conhecido por suas críticas ao governo de Fico, que, segundo ele, estariam “afastando a Eslováquia do Ocidente e da Europa”.
O primeiro-ministro eslovaco foi alvo de um ataque a tiros nesta mesma quarta, após sair de uma reunião ministerial em Bratislava, capital do país. Segundo a imprensa local, ele continua internado em estado gravíssimo, devido a tiros que recebeu no peito e abdome.
APOIO AO ALIADO PUTIN - Líder do Partido Social Democrata (Smer, por sua sigla em idioma local), que representa a centro-direita do espectro político local, Robert Fico venceu as eleições eslovacas realizadas em setembro de 2023, que o levaram a assumir seu terceiro mandato não consecutivo: seu primeiro período foi entre julho de 2006 e julho de 2010, e o segundo entre abril de 2012 e março de 2018.
Fico é considerado um aliado do presidente da Rússia, Vladimir Putin. Sua campanha eleitoral em 2023 foi baseada em críticas à ajuda do país à Ucrânia em meio à guerra no país vizinho.
Como primeiro-ministro, após seu retorno ao cargo, ele cumpriu a promessa de impedir o fornecimento de armas à Ucrância através do território da Eslováquia. Também mudou a postura do país nas votações sobre as sanções à Rússia, passando a votar contra essas propostas.
Nesta mesma quarta, o presidente russo enviou uma carta à presidente da Eslováquia, Zuzana Caputova, na qual lamentou a situação enfrentada por Fico, a quem descreveu fico como um homem “corajoso e incansável”.
“Cara senhora presidente, tomei conhecimento com tristeza do atentado contra a vida de Robert Fico, o líder do governo da Eslováquia. Este crime hediondo não tem justificativa”.
Caputova foi eleita presidente em 2019, quando pertencia ao partido Eslováquia Progressista, o mesmo no qual milita o escritor Juraj Cintula, autor do atentado a Fico. Atualmente ela não tem partido, mas continua sendo representante do setor pró-Ocidente da política eslovaca.

Autor do atentado a Robert Fico foi caputado minutos depois de efetuar os disparos contra o premiê eslovaco

Escritor antirrusso é identificado como autor de atentado contra premiê da Eslováquia

Sputinik - O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, teria sido ferido em uma tentativa de assassinato, diz a mídia local, e foi levado ao hospital em Bratislava de helicóptero. Há poucos momentos foi reportado que o premiê está em estado crítico.
Quatro tiros teriam sido ouvidos após uma reunião de governo na cidade de Handlová, a 190km da capital, Bratislava. Um dos disparos atingiu o premiê no abdômen, disse a rede de TV TA3.
Segundo testemunhas, Robert Fico aproximou-se das pessoas que o acolheram, tendo sido esse momento dos disparos. Depois disso, o premiê caiu no chão.
Relata-se que o local foi cercado e o suposto atirador neutralizado pela polícia. Imagens das redes mostram o momento da detenção do atirador.
A presidente do país, Zuzana Caputová, condenou em nota o "brutal" ataque sofrido por Fico, e lhe desejou uma pronta recuperação.
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Incidente com tiros após reunião do governo da Eslováquia em Handlova

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Premiê da Eslováquia, Robert Fico está em estado crítico após tentativa de assassinato

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