247 - O secretário-geral do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, voltou a endurecer o discurso contra setores da oposição. Durante seu programa de TV, “Con El Mazo Dando”, transmitido pela VTV, ele respondeu diretamente a uma provocação feita pelo opositor Leopoldo Castillo, publicada na rede social X.De acordo com informações do Correo del Orinoco, Castillo havia sugerido que o chavismo deveria negociar para evitar um isolamento ainda maior. “Se vocês são inteligentes, negociem (...) Vocês já perderam a Venezuela e o mundo os repudia”, escreveu o opositor.
O líder chavista reforçou a ideia de que a soberania nacional está acima de qualquer acordo político. “Podemos ser o povo mais brutal do planeta Terra, mas não negociaremos a Pátria”, afirmou, sublinhando que qualquer tentativa de negociação nesse sentido não terá respaldo do PSUV.
A fala de Cabello é mais um sinal da postura firme que o chavismo mantém frente às pressões internas e externas. Nos últimos meses, a liderança da Revolução Bolivariana tem repetido que não abrirá mão de princípios considerados inegociáveis, como a independência nacional e a permanência de Nicolás Maduro no poder.

José Reinaldo

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América Latina

“A pátria não se vende, afirma líder do Partido Socialista Unido da Venezuela

<a href="https://www.brasildefato.com.br/2025/07/28/partido-socialista-ganha-eleicoes-nas-capitais-da-venezuela-mas-oposicao-leva-cidades-mais-ricas-da-zona-metropolitana">Brasil de Fato </a>- O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) venceu neste domingo (27) as eleições para prefeitos nas maiores cidades do país. Caracas, Maracaibo, Valencia, Maracay e Mérida terão novamente prefeitos do bloco de esquerda. Já a direita conseguiu manter o poder em seu principal reduto eleitoral, as cidades que, hoje, têm a maior concentração de renda: Chacao, Lecheria, Baruta e El Hatillo.&nbsp;
O presidente Nicolás Maduro afirmou que o PSUV passou de 212 para 285 prefeituras e ampliou seu domínio territorial. Enquanto isso, a oposição ficou com 50 municípios.&nbsp;
Mesmo que Maduro tenha anunciado o resultado definitivo, o presidente da Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, afirmou às 00h28 de segunda-feira (26) que 82,45% das urnas estavam apuradas e que, até aquele momento, o órgão eleitoral podia retificar a eleição de 304 das 335 prefeituras e 2.182 cargos de vereador.
Segundo o CNE, pouco mais de 6,273 milhões de eleitores participaram do pleito, o que representaria 44% do total. No entanto, considerando que o número de eleitores registrados pelo próprio órgão eleitoral era de pouco mais de 21 milhões, a participação total seria de 29%.
Nas 24 capitais, o PSUV repetiu o feito das eleições de governadores e venceu 23.&nbsp;
A principal vitória se deu na capital do país. Em Caracas, Carmen Melendez recebeu 350.995 votos (86%) e será novamente a prefeita pelo PSUV. Ganhar na principal cidade da Venezuela era importante para o chavismo ter não só uma maior incidência sobre um município que move uma parcela importante do dinheiro que circula no país, mas manter o poder em uma cidade que é sede da maior parte dos ministérios.
O Partido Socialista também venceu em Maracaibo, uma cidade com importante fluxo petroleiro. A capital do estado de Zulia era governada pela oposição e agora terá Gian Carlo Di Martino do PSUV como prefeito.&nbsp;
Em discurso depois da divulgação dos resultados pelo CNE, Maduro dedicou a vitória ao ex-presidente Hugo Chávez, que completaria 71 anos nesta segunda-feira (28). Ele também lembrou da sua vitória para um terceiro mandato há exatamente um ano atrás e pediu que os prefeitos da oposição respeitem as comunas e a decisão dos circuitos comunais.&nbsp;
“Chávez está sempre vivo na nossa luta, na nossa memória, na nossa prática diária. Nós somos filhos e filhas do que plantou Chávez nos corações e mentes da população. Há um ano estávamos em uma eleição para derrotar o fascismo. Derrotamos. Agora dou as boas-vindas aos 50 prefeitos da oposição e peço trabalho, paz, democracia e coexistência nacional. Também peço que eles respeitem o poder comunal, os circuitos comunitários e as comunas”, disse.
Para Peña, a vitória do PSUV em três eleições seguidas – presidencial, regional e municipal – demonstra a força de organização e articulação do partido. Ele entende que um dos pontos fundamentais é a realização das consultas populares das comunas que, neste domingo, foram realizadas de maneira simultânea ao pleito municipal.&nbsp;
“Isso ratifica a maquinaria do chavismo nos eventos eleitorais. Já vimos isso nas eleições de governadores e deputados. O chavismo tem um ponto a seu favor que é a organização, que permite gerar essa força para poder acumular votos. Isso está relacionado ao exercício da política nos territórios. A consulta é uma espécie de revitalização dessa política nos territórios”, afirmou ao Brasil de Fato.
Os eleitores votaram para 5.338 projetos para as comunas de todo o país, que receberão US$ 10 mil (R$ 56 mil) para serem executados nos próximos meses. A mobilização das comunas deu resultado e o PSUV garantiu mais uma vitória expressiva.&nbsp;
Internamente, o chavismo encara essa vitória como uma das mais expressivas desde que o ex-presidente Hugo Chávez foi eleito em 1998. A expectativa é de que o PSUV consiga articular políticas integradas entre o Executivo nacional, estados e municípios.&nbsp;
<h3>Oposição tem respiro?</h3>
Dentro da oposição, o partido que mais ganhou espaço foi a Fuerza Vecinal. O grupo fundado em 2021 conseguiu eleger prefeitos para algumas das cidades mais ricas da região metropolitana de Caracas. Para o cientista político venezuelano Eder Peña, esse voto mostra o “interesse de classe”, mas que, ao mesmo tempo, demonstra que quando a oposição apresenta programa político, consegue disputar com o chavismo.
“Uma oposição que apresenta programa político e participa das eleições tem respiro. A Fuerza Vecinal tem uma estratégia clara de tentar se enraizar nos territórios onde eles têm força. Vão com toda a força que têm nos espaços onde eles sabem que podem ganhar. É uma estratégia licita. Se parece com o que o chavismo chama de ponto e círculo, de primeiro construir força para depois expandir”, disse.&nbsp;
Peña indica que dois fatores também foram determinantes: o boicote e o racha da oposição. A extrema direita liderada pela ex-deputada ultraliberal María Corina Machado usou a mesma estratégia da eleição regional e, mais uma vez, boicotou o pleito. Isso dividiu a direita, que tem setores que querem participar.
“A oposição que vai dividida não consegue medir força com o chavismo. Isso foi o que mostrou nos últimos anos, que além de ter estratégias violentas, não conseguiu chegar a consensos. Eles mantiveram força onde seus eleitores foram votar, municípios onde eles tradicionalmente mantêm o governo. Está demonstrado que não é uma tarefa difícil se organizar para ter vitórias eleitorais. Eles têm uma base eleitoral dura nesses setores da classe média e alguns setores populares que mobilizam”, afirmou.&nbsp;
Outro ponto levantado pelo analista é a falta de capacidade de arrecadar recursos por parte da oposição. Diferentemente do Brasil, o financiamento de campanhas eleitorais na Venezuela não é feita de maneira pública e os partidos dependem de doações. No caso da direita venezuelana, parte desses recursos vinham da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAid). No começo do ano, Trump congelou o financiamento da agência, o que, segundo Peña, prejudicou a oposição venezuelana.
“A campanha eleitoral da oposição que foi para as eleições não tinha recursos porque a oposição se move pelos interesses das elites financeiras e empresariais que colocam dinheiro. Isso é somado ao dinheiro de ONGs que mantêm a sua injeção de dinheiro a atores políticos. Todo esse montante de coisas foi anulado porque os EUA reduziram o dinheiro da USAid, o que se tornou uma dificuldade para a oposição”, concluiu.

Guilherme Paladino

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro 

Venezuela: Partido de Maduro vence em 23 das 24 capitais; oposição resiste nos redutos da elite

247 – O primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, disse nesta segunda-feira (11) que nos Estados Unidos não há democracia. Em declaração, o dirigente criticou países imperialistas que se autodenominam democráticos, enquanto, segundo ele, mantêm um sistema político arcaico.
"Que eles decidam como são suas eleições, seu próprio sistema. Mas, se me perguntarem, eu diria que nos Estados Unidos não há democracia, há um regime bipartidário", disse.&nbsp;
Ao comentar sobre o processo eleitoral realizado nos Estados Unidos na última semana, Cabello também abordou promessas feitas pelo presidente eleito, Donald Trump, em relação a conflitos globais.
"Espero que cumpram e terminem a guerra, o massacre e o genocídio contra o povo palestino. Espero que ponham fim à guerra e ao fascismo na Ucrânia".
Diante da vitória de Trump, o vice-presidente do PSUV destacou que a Venezuela espera que as relações com os Estados Unidos sejam baseadas em respeito mútuo e "contas claras".
“[O petróleo venezuelano] tem que ser pago, e contas claras mantêm amizades. Isso caberá ao presidente dos EUA e ao presidente Maduro”, afirmou. “Eles verão; o presidente Nicolás Maduro tem uma mensagem muito clara em relação a esse tema". (Com informações de<a href="https://www.correodelorinoco.gob.ve/psuv-en-estados-unidos-no-hay-una-democracia/"> Correo del Orinco</a>).

Primeiro vice-presidente do PSUV diz que não há democracia nos Estados Unidos

247 - O primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, assegurou nesta sexta-feira (9) que a coalizão pró-Nicolás Maduro entregou ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) do país todos os documentos solicitados para cumprir o devido processo de investigação sobre as eleições presidenciais de 28 de julho.&nbsp;
Os venezuelanos votaram nas eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais Maduro foi declarado vencedor com mais de 51% dos votos. A oposição reivindicou uma vitória esmagadora, citando os editais obtidos nos centros de votação em todo o país. O TSJ tenta agora resolver o impasse, mas a oposição se recusa a entregar os dados que possui.&nbsp;
O Conselho Nacional Eleitoral, que declarou a vitória de Maduro, disse na segunda-feira (5) que havia disponibilizado as atas eleitorais à Justiça, e a Corte aceitou um pedido de Maduro para que analisasse o resultado anunciado pelo poder eleitoral. O TSJ tem um prazo de 15 dias, que pode ser prorrogado. As atas eleitorais em posse dos partidos que apoiam o governo da Venezuela foram entregues, enquanto Maduro foi recebido calorosamente pelo povo na entrada da audiência, segundo os relatos da mídia venezuelana
“A oposição não publicou as atas, eles colocaram em uma página fraudulenta alguns documentos que eles dizem ser atas”, disse Cabello ao fazer referência aos resultados eleitorais. Ao mesmo tempo, afirmou que “na Venezuela não se mostram atas, mas resultados”.
“Desafio qualquer um a dizer se aqui na Venezuela são publicadas atas, aqui são dados resultados. Se eu tenho algum problema com um resultado, mostro minha ata para comprovar”, disse o dirigente
Além disso, apontou que a dirigente do Vente Venezuela, María Corina Machado, “não está em condições de negociar nada” e afirmou que “aqui há um resultado dado pelo CNE e acatado pelos venezuelanos”.
Diante da ausência das atas desagregadas de votação, por parte do CNE, e dos dados que supostamente demonstram vitória da oposição venezuelana, o governo brasileiro declarou que considera que ainda não é possível reconhecer um lado vencedor nas eleições.&nbsp;

Diosdado Cabello, vice-presidente do PSUV 

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