<p><b>247 - </b>O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP), deixará definitivamente o cargo na segunda-feira (1º), após participar de um evento da Rota, grupo de elite da Polícia Militar no qual construiu sua carreira antes de ingressar na política. A informação foi divulgada originalmente pelo O Globo e confirmada por diversas fontes ligadas ao governo paulista.</p>
<p>No segundo parágrafo, conforme noticiado pelo O Globo, quatro interlocutores próximos ao Palácio dos Bandeirantes e ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) confirmaram a data da saída, que já era aguardada internamente. Derrite não respondeu aos contatos da reportagem.</p>
<p>Durante sua passagem pela pasta, marcada por três anos de forte exposição pública, Derrite relatou na Câmara dos Deputados o PL Antifacção — proposta que avançou em meio a críticas por alterações de última hora, mas terminou aprovada sob sua relatoria. Uma fonte ouvida pelo jornal afirmou que o objetivo do secretário é “sair por cima”, capitalizando politicamente o protagonismo obtido durante a tramitação do projeto. De volta ao Congresso, ele deve preparar sua candidatura ao Senado nas eleições do próximo ano.</p>
<h3>Disputa pela sucessão</h3>
<p>Com a saída, dois nomes surgem como principais cotados para assumir a Secretaria da Segurança Pública. O secretário-executivo da pasta, Osvaldo Nico Gonçalves, considerado próximo de Derrite e que já ocupou o cargo interinamente, é apontado como um dos favoritos nos bastidores. Por outro lado, o secretário da Administração Penitenciária, Marcello Streifinger, teria a preferência do governador Tarcísio de Freitas.</p>
<h3>Três anos marcados por polêmicas e aumento da letalidade</h3>
<p>O período Derrite à frente da SSP foi acompanhado de aumento expressivo da letalidade policial e de episódios de abuso de força que tiveram grande repercussão. Em 2022, último ano das gestões João Doria e Rodrigo Garcia, foram registradas 421 mortes decorrentes de intervenção policial no estado. O número subiu para 504 no primeiro ano de Tarcísio e alcançou 813 no ano seguinte, puxado por operações de grande escala, como Escudo e Verão, no litoral paulista.</p>
<p>Entre os casos que mais pressionaram o governo está a morte do menino Ryan, de 4 anos, durante perseguição policial em Santos, além do vídeo que mostra um policial militar arremessando um motoboy de uma ponte durante uma abordagem, mesmo sem sinais de resistência.</p>
<h3>Governo defende queda de indicadores criminais</h3>
<p>Apesar das críticas, Derrite e o governador insistiram em defender os resultados da gestão. Segundo eles, a redução de indicadores criminais demonstra aumento da “produtividade policial”. Dados oficiais apontam queda de 11,4% nos crimes violentos letais — como homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte — entre 2022 e 2024. O número total de prisões também cresceu de 146 mil para 166 mil no mesmo período.</p>
<p>Entretanto, houve alta em crimes sem resultado morte, como tentativas de homicídio (+2,1%), lesões corporais dolosas (+15,9%) e estupros (+10,1%). Crimes patrimoniais tiveram comportamento misto: roubos caíram 20,8%, furtos recuaram 1,4%, mas estelionatos avançaram 31,1%, impulsionados pela expansão de golpes digitais, conforme dados do Anuário de Segurança Pública.</p>

Luis Mauro Filho

Guilherme Derrite, enquanto secretário de Segurança de SP, durante sessão de audiência pública na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, na Câmara dos Deputados - Brasília-DF - 28/10/2025

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Brasil

Derrite deixará comando da Segurança de SP em 1º de dezembro

<p><b>247 </b>- O deputado estadual Anderson Moraes (PL), nomeado nesta quarta-feira (5) secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, vai ser responsável pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, a Uerj, conforme organograma do governo do estado. A informação foi publicada no <a href="https://temporealrj.com/deputado-nomeado-em-secretaria-responsavel-pela-uerj-ja-pediu-a-extincao-da-universidade/">TempoRealAlerj</a>. </p>
<p>O parlamentar é o autor do projeto de lei 4673/2021, que pedia a extinção da Uerj e a “transferência da oferta de vagas de ensino superior às instituições privadas”. A instituição, afirmou ele, tem um “nítido aparelhamento ideológico de viés socialista, com clara censura ao pensamento acadêmico de outras linhas de visão de mundo”.</p>
<p>De acordo com a justificativa dele, a UeRJ “é um dos órgãos estaduais que causa maior impacto no orçamento”, que tem “uma estrutura pesada”, com “resultados contestados”.</p>
<p>O projeto de Anderson, engavetado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), não chegou a ir a votação.</p>

Sudeste

Deputado bolsonarista nomeado em secretaria responsável pela Uerj pediu a extinção da universidade

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