247 - A sede do Diretório Acadêmico de Artes e Design (IADDA), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), foi alvo de pichação com símbolos nazistas na noite de sexta-feira (12), no campus de Juiz de Fora. O ataque ocorreu pouco depois do encerramento da feira do Instituto de Artes e Design (IAD), por volta das 20h, e provocou forte reação da comunidade acadêmica, que classificou o episódio como grave e incompatível com os valores universitários.
Presidente do diretório e estudante de cinema, Miguel Kamirang relatou o impacto ao se deparar com a pichação. “Foi um choque. Estudo no IAD há quase 3 anos e nunca imaginei ver isso em um espaço de liberdade e arte. Discordâncias políticas devem ocorrer dentro da democracia, não com violência e símbolos nazistas”, afirmou.
Em manifestação pública divulgada nas redes sociais, o Diretório Acadêmico de Artes e Design classificou o caso como “extremamente grave, violento e inaceitável”. A entidade destacou que o ato não pode ser tratado como crítica política, mas como uma agressão direta aos valores democráticos, à comunidade universitária e à dignidade humana.
Na nota, o diretório ressaltou que o conflito de ideias e a divergência fazem parte da vida democrática e acadêmica, mas que há limites éticos e políticos que não podem ser ultrapassados. Segundo o texto, a exaltação de símbolos nazistas rompe esses limites e representa uma prática autoritária incompatível com a convivência democrática. “A apologia a símbolos nazistas não é opinião, não é crítica política e não é divergência legítima”, afirma o comunicado.
O diretório também reforçou que o nazismo representa um dos períodos mais brutais da história da humanidade, marcado pelo genocídio de milhões de pessoas, e que a relativização desse tipo de simbologia é incompatível com qualquer espaço que se proponha democrático, educativo e humano. A entidade reiterou seu compromisso permanente com o combate a todas as formas de opressão, discriminação e violência, afirmando que as universidades são, historicamente, espaços de pensamento crítico, diversidade e resistência.
Do ponto de vista legal, a veiculação de símbolos nazistas é crime no Brasil, conforme a Lei Federal nº 7.716/1989, que trata de práticas discriminatórias. A legislação prevê penas de reclusão e multa para quem praticar, induzir ou incitar discriminação, bem como para quem fabricar, comercializar ou divulgar símbolos associados ao nazismo. A Constituição Federal classifica o racismo como crime inafiançável e imprescritível, o que permite a responsabilização penal dos autores a qualquer tempo.
A Universidade Federal de Juiz de Fora também se manifestou oficialmente, repudiando a pichação e reafirmando seus compromissos institucionais. “A Universidade Federal de Juiz de Fora manifesta seu mais veemente e absoluto repúdio à aparição de símbolos nazistas pichados nas paredes da sede do Diretório Acadêmico de Artes e Design (IADDA)”, afirmou a instituição em nota.
Ainda segundo a UFJF, o nazismo é uma ideologia criminosa, baseada no ódio, na intolerância e na violação dos direitos humanos, sendo responsável por atrocidades históricas como o Holocausto. A universidade informou que medidas administrativas e legais já estão em curso para identificar e responsabilizar os autores do ataque, em articulação com o Diretório Central dos Estudantes (DCE), com base na legislação vigente e nas normas internas.

Luis Mauro Filho

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Brasil

Suástica é pichada em diretório acadêmico da UFJF

247 - A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou o estudante Vinícius Krug de Souza, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), por apologia ao nazismo. Segundo informações do G1, Krug compareceu à cerimônia de colação de grau, em fevereiro deste ano, com uma suástica desenhada no rosto — símbolo amplamente associado ao regime nazista. As informações são da <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sul/rs/policia-civil-indicia-formando-da-ufrgs-que-pintou-suastica-no-rosto/">CNN Brasil</a>.
O inquérito foi encerrado e encaminhado ao Judiciário na última segunda-feira (7). Durante a investigação, foram ouvidos o coordenador de Segurança da UFRGS e o vice-reitor da universidade, que presidia a cerimônia. Também prestaram depoimento a mãe do estudante, sua namorada e uma amiga.
No interrogatório, Vinícius Krug negou que o símbolo desenhado no rosto tivesse ligação com o nazismo. Alegou se tratar de uma suástica hindu e afirmou ter interesse na cultura indiana.
Contudo, segundo a Polícia Civil, o símbolo desenhado era uma “cruz gamada”, conhecida por ter sido apropriada pelo regime nazista. Além disso, outros desenhos exibidos no rosto do estudante também remetem a símbolos frequentemente utilizados por grupos extremistas. A investigação apontou ainda que a música escolhida por Krug para a cerimônia de formatura teria forte conotação de apologia ao nazismo.
Celulares e computadores do estudante foram apreendidos durante o processo investigativo e ainda estão sendo periciados.
A apologia ao nazismo é crime no Brasil, conforme estabelece a Lei nº 7.716/89, que trata de crimes resultantes de preconceito racial, religioso ou étnico. A pena prevista é de até cinco anos de reclusão, além de multa.

Otávio Rosso

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Estudante da UFRGS é indiciado por apologia ao nazismo após usar suástica em formatura

247 - Um homem estrangeiro foi agredido nesta segunda-feira (3) por foliões em um bloco de carnaval no Centro do Rio de Janeiro após ter suas tatuagens com símbolos nazistas identificados por foliões, informa<a href="https://oglobo.globo.com/rio/carnaval/noticia/2025/03/03/estrangeiro-com-tatuagens-de-suastica-e-outros-simbolos-nazistas-e-agredido-em-bloco-no-rio.ghtml"> O Globo</a>. De acordo com informações de testemunhas, o homem, cuja nacionalidade ainda não foi identificada, ostentava no corpo dois símbolos suásticas, a sigla SS, usada pela polícia do Estado alemão durante a era nazista, além de um Sol negro, outro emblema frequentemente ligado à ideologia de Adolf Hitler.
O incidente ocorreu no bloco "Marimbondo Não Respeita", que se concentrava na Avenida Franklin Roosevelt, onde os foliões estavam celebrando o carnaval. Durante a concentração do bloco, as tatuagens do estrangeiro começaram a despertar desconforto entre os participantes, que perceberam os símbolos nazistas. "Eu fui até ele e disse que não era bem-vindo no bloco. Ele respondeu que não era nazista, mas a tensão já estava no ar", contou um folião, que preferiu não se identificar. A situação rapidamente se agravou e, segundo relatos, uma briga foi iniciada.
De acordo com testemunhas, o homem possuía uma suástica tatuada na nuca e outra na testa, além do símbolo SS visível em seu rosto. A sigla representa o Schutzstaffel, organização paramilitar que operava sob as ordens de Hitler e do Partido Nazista. Outro símbolo observado foi o Sol negro, que é uma junção de três símbolos associados à ideologia nazista: a roda solar, a suástica e a runa da vitória, utilizada pelas antigas tribos germânicas.
O Sol negro, cujo design é composto por dois círculos concêntricos e linhas tortas que se estendem do círculo interno para o externo, possui uma forte conotação histórica vinculada ao nazismo. Embora seja encontrado em diversas culturas, sua apropriação pelo regime de Hitler visava criar uma conexão com os antigos vikings, reforçando a ideia de uma herança "racial" nórdica.
Após a confusão, os foliões pediram que o estrangeiro fosse retirado do cortejo, e ele foi removido do local. A Polícia Militar foi acionada, mas informou que nenhuma ocorrência foi registrada na área. A Secretaria Municipal de Saúde também foi consultada, mas, sem a identificação do indivíduo, não foi possível confirmar se ele recebeu atendimento médico em alguma das unidades de emergência.

Sudeste

Nazista com tatuagem de suástica é agredido em bloco de carnaval no Rio

247 - A União Nacional dos Estudantes (UNE) solicitou a anulação do diploma de Vinicius Krug de Souza, formando em Engenharia de Minas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), após o estudante comparecer à cerimônia de colação de grau com uma suástica pintada no rosto. O episódio ocorreu na terça-feira, 18 de fevereiro de 2025, e foi reportado pelo jornal O Globo.
Durante a preparação para a cerimônia, a administração da UFRGS, ao perceber a presença do símbolo, interveio imediatamente. O vice-reitor e o coordenador de segurança abordaram Vinicius, informando-o de que, caso não removesse a pintura, seria impedido de participar da solenidade e encaminhado à Polícia Federal para registro de ocorrência. Diante da advertência, o estudante apagou a suástica e participou da cerimônia com outros símbolos no rosto. Em sua defesa, Vinicius alegou que a suástica era uma referência ao hinduísmo, negando qualquer intenção de promover o nazismo.
A UNE, em nota oficial, destacou que a apologia ao nazismo é crime previsto no Código Penal Brasileiro e que atitudes como a do estudante são inaceitáveis em qualquer contexto. A entidade enfatizou a necessidade de medidas firmes para coibir manifestações que incitem o ódio e a intolerância, solicitando à UFRGS a anulação do diploma de Vinicius como forma de repreender o ato e prevenir ocorrências semelhantes no futuro.
Até o momento, a UFRGS não se pronunciou oficialmente sobre o pedido da UNE. O caso permanece sob análise, e a universidade avalia quais medidas administrativas ou legais serão adotadas em resposta ao ocorrido.

Laís Gouveia

UNE solicita anulação de diploma de estudante que exibiu suástica em formatura na UFRGS

247 - Na noite de terça-feira, 18 de fevereiro de 2025, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) impediu que um formando do curso de Engenharia de Minas participasse da cerimônia de colação de grau com uma suástica pintada no rosto. O estudante, identificado como Vinicius Krug de Souza, alegou que o símbolo era uma referência à cultura hindu, negando qualquer intenção de apologia ao nazismo.&nbsp;
De acordo com informações do <a href="https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2025/02/19/aluno-tenta-participar-de-colacao-de-grau-com-suastica-pintada-no-rosto-e-ufrgs-proibe.ghtml">G1,</a> ao tomar conhecimento do ocorrido, o vice-reitor e o coordenador de segurança da universidade dirigiram-se à sala onde os formandos se preparavam e advertiram o aluno. Eles informaram que, caso não removesse a suástica, além de ser impedido de colar grau, seria encaminhado à Polícia Federal para registro de ocorrência. Diante da advertência, Vinicius apagou a pintura e participou da solenidade com outros símbolos no rosto, sem relação com o nazismo.&nbsp;
Em nota oficial, a UFRGS afirmou que registrará um boletim de ocorrência na Polícia Federal nesta quarta-feira, 19 de fevereiro, e avaliará as medidas administrativas cabíveis ao caso. A instituição reforçou seu compromisso contra manifestações de ódio e intolerância, destacando que a continuidade da cerimônia visou preservar o momento dos demais formandos e seus familiares.&nbsp;
A União Nacional dos Estudantes (UNE) manifestou-se sobre o episódio, enfatizando que "apologia ao nazismo é crime" e solicitando à reitoria da UFRGS a anulação da formatura e da entrega do diploma do aluno envolvido. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) também reivindicou uma investigação rigorosa para evitar que situações semelhantes ocorram novamente.&nbsp;
Nas redes sociais, o deputado estadual Leonel Radde afirmou ter registrado um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI). Entretanto, até a noite de terça-feira, a delegacia informou não ter tido acesso ao registro.&nbsp;
A legislação brasileira, por meio da Lei 7.716/1989, tipifica como crime a apologia ao nazismo, prevendo penas que variam de reclusão de um a cinco anos e multa, dependendo das circunstâncias. A Constituição Federal também classifica o racismo como crime inafiançável e imprescritível, reforçando o compromisso do país no combate a práticas discriminatórias.&nbsp;
O episódio gerou ampla repercussão e levantou debates sobre os limites da liberdade de expressão e a responsabilidade das instituições de ensino na promoção de um ambiente inclusivo e respeitoso. A UFRGS reafirmou seu posicionamento antifascista e seu compromisso em não tolerar manifestações de ódio ou intolerância em seu campus.&nbsp;

Formando da UFRGS é impedido de participar de colação de grau por exibir suástica no rosto

247 - O rapper Kanye West voltou a causar revolta ao aproveitar a grande audiência do Super Bowl, a final do campeonato de futebol americano, para promover sua marca de roupas, a Yeezy. Segundo o<a href="https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/02/11/kanye-west-e-a-venda-de-camiseta-com-suastica-por-que-o-uso-de-simbolos-nazistas-e-legal-nos-eua-mas-crime-em-outros-paises.ghtml"> G1</a>, nesta segunda-feira (10), apenas um item estava disponível no site oficial da marca: uma camiseta branca estampada com uma suástica preta, vendida por US$ 20 (cerca de R$ 115).
A suástica é historicamente associada ao nazismo e a grupos extremistas de direita. O símbolo foi adotado pelo Partido Nazista de Adolf Hitler e se tornou um dos principais emblemas do regime que promoveu o Holocausto. Em países como o Brasil e a Alemanha, o uso de símbolos nazistas pode ser enquadrado como crime. Já nos Estados Unidos, onde a venda da camiseta foi realizada, a prática é protegida pela liberdade de expressão garantida pela Primeira Emenda da Constituição.
A legislação norte-americana impede a criação de leis que restrinjam a liberdade de expressão, mesmo quando envolvem símbolos controversos ou ofensivos. Em 2017, a Suprema Corte dos EUA derrubou uma lei federal que proibia marcas registradas consideradas depreciativas contra determinados grupos. Os juízes entenderam que a restrição violava a Constituição, que assegura o direito à livre manifestação de ideias.
Nos últimos anos, Kanye West tem sido alvo de críticas por declarações e atitudes polêmicas envolvendo temas sensíveis, incluindo comentários antissemitas. A nova investida do rapper reforça sua postura provocativa e levanta debates sobre os limites da liberdade de expressão e o impacto da normalização de símbolos historicamente associados ao ódio.

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