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Gusttavo Lima se refugia em Miami enquanto Justiça decreta sua prisão

Cantor viajou para o exterior pouco antes de ter sua prisão preventiva decretada pela Justiça de Pernambuco

Gusttavo Lima (Foto: Reprodução/Instagram)

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247 - O cantor sertanejo Gusttavo Lima, investigado na Operação Integration por envolvimento com jogos ilegais e lavagem de dinheiro, está em Miami, nos EUA, informou o jornalista Leo Dias. 

Ele viajou para o exterior pouco antes de ter sua prisão preventiva decretada pela Justiça de Pernambuco nesta segunda-feira (23). O artista, que estava no Rock in Rio no último domingo, foi um dos alvos da operação que também prendeu a influenciadora Deolane Bezerra e sua mãe no início do mês. 

A decisão, proferida pela juíza Andrea Calado da Cruz, acatou um pedido da Polícia Civil, apesar da recomendação do Ministério Público de substituir as prisões preventivas por medidas alternativas. O caso corre em sigilo, e a defesa do cantor ainda não se manifestou.

A juíza afirma que Gusttavo Lima, ao abrigar foragidos e manter transações financeiras suspeitas com eles, demonstra desrespeito à Justiça e levanta dúvidas sobre seu envolvimento em atividades criminosas. Ela destaca que, após uma viagem à Grécia, o avião que transportou o cantor e outros investigados pode ter deixado dois deles no exterior, o que reforça a gravidade do caso e a necessidade de uma investigação aprofundada, evidenciando a cumplicidade do cantor com criminosos e a ameaça à integridade do sistema judicial.

Ao acatar o pedido da Polícia Civil e decretar a prisão preventiva, além de suspender o passaporte e o porte de arma de Lima, ela considerou que não há medidas cautelares menos severas que possam garantir a ordem pública.

A Operação Integration investiga organizações criminosas que movimentaram bilhões de reais provenientes de bets e lavagem de dinheiro. A operação já cumpriu dezenas de mandados de prisão e de busca e apreensão em estados ao redor do país. As ações contam com a participação do Ministério da Justiça e Segurança Pública , da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) e agentes de segurança pública do estado. 

As investigações revelaram que as organizações criminosas utilizavam ainda diversas empresas de eventos, publicidade, casas de câmbio e seguradoras para promover a lavagem de dinheiro, realizada por meio de depósitos e transações bancárias.

O esquema envolvia depósitos fracionados em espécie, transferências bancárias entre os envolvidos com saques imediatos, além da compra de veículos de luxo, aeronaves, embarcações, joias e relógios de alto valor, assim como a aquisição de centenas de imóveis, segundo o inquérito. 

Os agentes de segurança pública identificaram movimentações financeiras atípicas, tanto de pessoas físicas quanto jurídicas, indicando possíveis ilícitos financeiros, sem justificativa para as transações realizadas pelo grupo. A maioria dos envolvidos apresenta um padrão de vida totalmente incompatível com a renda e os bens declarados.

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