Namorado de Sandy é acusado de fraude de R$ 2 milhões

247- A Justiça de São Paulo manteve a decisão que proíbe o médico Pedro Gomes de Andrade — conhecido por atender celebridades e por seu relacionamento com a cantora Sandy — de emitir recibos fracionados para fins de reembolso em planos de saúde. A informação foi divulgada pela CNN Brasil nesta segunda-feira (8).

O caso veio à tona após a operadora SulAmérica Saúde ingressar com uma ação civil contra Andrade em outubro de 2024, alegando ter identificado um suposto esquema de fraudes que teria gerado um prejuízo superior a R$ 2 milhões. A juíza Edna Kyoko Kano, da 18ª Vara Cível da capital paulista, concedeu liminar para impedir que o médico continue a prática, estabelecendo multa de R$ 5 mil por infração, com teto de até R$ 200 mil. A decisão foi posteriormente mantida pelo desembargador Miguel Brandi, da 7ª Câmara de Direito Privado, em fevereiro deste ano.Segundo a SulAmérica, Pedro Andrade estaria emitindo diversos recibos e notas fiscais referentes a uma mesma consulta ou procedimento, inflando artificialmente os valores reembolsados pelos pacientes.

Uma auditoria realizada pela operadora apontou que, entre janeiro de 2022 e outubro de 2024, foram apresentadas 6.637 solicitações de reembolso vinculadas à Clínica Pedro Andrade, situada no bairro nobre do Jardim Paulista, em São Paulo.Do total solicitado em reembolsos — R$ 2.787.447,11 — a SulAmérica afirma que R$ 2.306.754,53 foram efetivamente pagos aos beneficiários. Os documentos apresentados, segundo a operadora, apresentavam padrões irregulares: muitos traziam valores abaixo da média de mercado e eram idênticos em sequência, o que acendeu o alerta da seguradora.

A empresa também alegou que parte das notas fiscais foi emitida em dias nos quais o médico estaria viajando, o que indicaria a impossibilidade de ele ter realizado os atendimentos mencionados.O mérito da ação, ou seja, a análise definitiva do caso, ainda não foi julgado pela Justiça. Até o momento, a defesa de Pedro Gomes de Andrade e o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP) não se manifestaram sobre as acusações.