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Cuba realiza manifestações do Dia do Trabalhador em meio ao aumento das tensões com os EUA

Evento foi liderado pelo presidente Miguel Díaz-Canel e Raul Castro

Miguel Díaz-Canel e Raul Castro (Foto: REUTERS/Norlys Perez)
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247 - Centenas de milhares de cubanos se reuniram na Praça da Revolução, em Havana, para a tradicional marcha do Dia do Trabalho nesta quinta-feira (1º), em meio ao aumento das tensões com o governo do presidente dos EUA, Donald Trump. Raúl Castro, de 93 anos, vestido com uniforme militar e referido como o líder da revolução iniciada por seu irmão Fidel Castro em 1959, e o presidente Miguel Díaz-Canel presidiram a marcha. As informações são da Reuters.

Díaz-Canel, em uma mensagem no início da semana, havia convocado os cidadãos a participarem do evento apesar das dificuldades, como um ato de unidade diante da crescente pressão dos Estados Unidos. O primeiro governo Trump impôs novas sanções ao país governado pelo regime comunista, além do embargo comercial que já dura décadas. O governo cubano afirma que essas ações são a principal causa da crise econômica, que fez a economia encolher mais de 15% nos últimos cinco anos.

“Todos sabiam que tinham que vir porque este é um momento de reafirmação revolucionária nesses tempos convulsos e difíceis, especialmente com o imperialismo intensificando suas políticas contra Cuba”, disse Diego Fernández, de 42 anos, enquanto marchava na capital cubana. Outros líderes nacionais se espalharam pelo país em eventos semelhantes, onde grandes números de moradores enfrentaram apagões, transporte precário e escassez de produtos básicos para participar da marcha.

“Esta celebração do Dia do Trabalho em Cuba é uma nova demonstração do respeito do povo cubano por sua revolução”, disse Ulises Guilarte de Nacimiento, presidente da Central de Trabalhadores de Cuba, ao abrir o evento em Havana.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, prometeu “ser duro” com Cuba, terra natal de seus pais. Mauricio Claver-Carone, enviado especial dos EUA para a América Latina, afirmou recentemente que novas sanções estavam sendo preparadas e que acreditava que uma mudança de governo em Cuba poderia ser iminente.

O Ministério das Relações Exteriores de Cuba criticou duramente nesta semana o chefe da missão diplomática dos EUA, Mike Hammer, por usar seu cargo para fomentar a “subversão” e prendeu o dissidente de destaque José Daniel Ferrer, um dos vários opositores do governo que o diplomata americano visitou recentemente.

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