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Líder venezuelano reafirma que o país é capaz de se defender

Dirigente do PSUV critica o governo dos EUA e diz que o povo venezuelano responderá a qualquer agressão

Diosdado Cabello (Foto: Correo del Orinoco)

247 - O secretário-geral do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, reafirmou a posição do governo e do povo venezuelano em defesa da soberania nacional durante uma grande manifestação patriótica realizada nesta terça-feira (25), em Caracas.

Segundo a Telesur, Cabello destacou que qualquer tentativa de violação do território nacional será enfrentada com firmeza pelo povo venezuelano, reforçando a posição do governo bolivariano de unidade diante de pressões externas.

Durante seu discurso, o dirigente foi enfático ao afirmar que qualquer agressão contra o país receberá resposta imediata dos venezuelanos. “Saibam que quem tentar agir contra a Venezuela e pisar em nosso território, entrará em zona proibida e nós a defenderemos com tudo o que tivermos (...) Quem ousar pisar na Venezuela será aniquilado pelo nosso povo (...) porque o solo venezuelano deve ser respeitado”, declarou.

Cabello ressaltou ainda o fortalecimento da coesão institucional entre o governo, a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), os corpos de segurança e a população civil. Para ele, essa unidade forma “um único bloco, em uma fusão absoluta”, condição que considera essencial para resistir a tentativas de desestabilização promovidas por atores estrangeiros.

O líder chavista voltou-se contra o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, a quem chamou de “ridículo” e “imbecil”, acusando-o de ignorar a história e a resistência do povo do país. “É impossível encontrar um secretário de Estado americano mais imbecil do que Marco Rubio em toda a história”, afirmou. Cabello acrescentou que acreditar que a Venezuela “vai se render, vai se intimidar ou ficar com medo” demonstra total desconhecimento sobre a formação histórica do povo e das lutas enfrentadas ao longo de mais de cinco séculos.

O dirigente insistiu que a Venezuela é uma nação marcada pela paz, solidariedade e estabilidade, mas destacou que qualquer ofensiva externa encontrará resistência. Segundo ele, “as ambições conquistadoras de Marco Rubio serão frustradas aqui”, assim como as de outros representantes que, segundo o governo, buscam interferir nos assuntos internos do país.

Cabello também rechaçou denúncias internacionais, sustentando que temas como o chamado Cartel dos Sóis, o Tren de Aragua ou a presença de grupos terroristas “não passam de narrativas superadas”. Ele acusou as autoridades dos Estados Unidos de tentarem “roubar os recursos naturais da Venezuela” sob o pretexto de promover uma “mudança de regime”.

Ainda em sua fala, o líder chavista negou qualquer relação entre venezuelanos enviados ao Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT), em El Salvador, e o Tren de Aragua. Segundo ele, “nenhum dos venezuelanos enviados para a CECOT em El Salvador tinha ligações com o Tren de Aragua”, reforçando que essa organização criminosa “já foi desmantelada na Venezuela”.

Em resposta às recentes ameaças de porta-vozes norte-americanos, Cabello afirmou: “O que está além do nosso controle não nos amargura”, atribuindo ao presidente Nicolás Maduro a condução de estratégias de comunicação voltadas a enfrentar campanhas de desinformação. Ele mencionou o uso combinado de redes sociais, mídia tradicional, intervenções nas ruas, murais e comunicação direta como instrumentos essenciais nesse processo.

Cabello encerrou destacando que a união nacional continua sendo o principal trunfo diante das pressões externas. “O mais importante é a união. Aqui não existem redes privadas. Todas as redes estão a serviço do povo”, concluiu.

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