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Lula defende agenda comum com a União Europeia para enfrentar os desafios atuais e futuros

Lula argumentou que a América Latina oferece "enormes oportunidades de investimento e expansão do consumo"

Líderes da Celac e da União Europeia posam para foto de cúpula em Bruxelas 17/7/23 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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Télam - O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um pedido durante seu discurso de abertura da cúpula entre a União Europeia (UE) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), buscando acordos que "preservem a capacidade de ambas as partes de responder aos desafios atuais e futuros".

"Esta reunião confirma que nossos empresários estão totalmente comprometidos em revitalizar essa aliança histórica, com a convicção de que o sucesso de cada um é fundamental para o nosso sucesso comum", afirmou Lula no início de sua intervenção em Bruxelas.

Lula destacou a importância do investimento na América Latina devido ao papel "estratégico" que desempenha tanto para a Europa quanto para o mundo. Ele argumentou que a região oferece "enormes oportunidades de investimento e expansão do consumo" e ressaltou a necessidade de investimentos em infraestrutura diversificada e logística social e urbana.

"Desejamos um acordo que preserve a capacidade das partes de responder aos desafios presentes e futuros", declarou Lula. Nesse contexto, enfatizou que "a União Europeia é o segundo maior parceiro comercial do Brasil" e que um "acordo equilibrado entre o Mercosul e a UE abrirá novos horizontes".

Além disso, ele ressaltou a importância das compras governamentais para articular investimentos em infraestrutura e sustentar a política industrial. Lula anunciou o lançamento de um novo plano de investimentos no Brasil, visando promover a modernização das infraestruturas, investimentos em rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos.

No que diz respeito às mudanças climáticas, Lula destacou que 87% da eletricidade brasileira provém de fontes renováveis. Ele afirmou que é possível alcançar crescimento de forma sustentável e eficiente.

"Estamos estabelecendo as bases para a reindustrialização do país com empresas menos poluentes, mais tecnologicamente avançadas e que gerem empregos verdes e de qualidade. O Brasil voltou ao cenário internacional para ajudar a enfrentar os desafios de nosso planeta, como a crise das mudanças climáticas e o aumento das desigualdades", afirmou.

Na última reunião de líderes sul-americanos realizada em maio em Brasília, o presidente propôs atualizar a carteira de projetos do Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento, reforçar a multimodalidade e priorizar projetos de alto impacto para a integração física e digital, especialmente nas regiões de fronteira.

Ele também mencionou a próxima reunião dos presidentes dos países amazônicos, que ocorrerá em agosto, para articular iniciativas comuns visando à proteção e ao desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Lula concluiu seu discurso com um apelo à redistribuição de renda como condição necessária para expandir o consumo e gerar mais oportunidades nos setores de serviços, indústria e agricultura em escala global.

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