Como porta-voz do mercado financeiro nacional, o presidente do Itaú, Cândido Bracher, foi na semana passada ao Fórum Econômico Mundial de Davos, o altar-mor do “deus mercado”, vender os “êxitos” do governo ilegítimo e corrupto que seu banco ajudou a colocar e manter no poder para fazer exatamente o que está fazendo: destruir os direitos dos trabalhadores e os avanços sociais e impor a agenda neoliberal sucessivamente derrotada nas urnas
Carlos Cordeiro
Há apenas um caminho para o campo democrático no Brasil, especialmente os movimentos sociais e sindical. Ir às ruas, ampliar a mobilização e fazer o confronto com os golpistas. Ainda dá tempo de barrar o golpe e impedir os retrocessos
Uma coisa é a possibilidade de compensação e redução de jornada de trabalho para casos e setores específicos em crise. Outra coisa bem diferente é estender essa possibilidade a todos os setores da economia indistintamente
A decisão de elevar a Selic, tomada três dias após a reeleição, é estarrecedora porque vai contra os pronunciamentos da presidenta Dilma de que é necessário ampliar o diálogo para fazer o Brasil voltar a crescer
A sociedade brasileira não pode permitir esse retrocesso à década neoliberal dos tucanos e abrir mão dos bancos públicos
Não é mera coincidência o fato de a promessa de autonomia do BC num eventual governo Marina Silva parta de uma das principais acionistas do Itaú
O terrorismo econômico dos bancos para interferir no processo eleitoral não apenas afronta a democracia, como também leva a sociedade a fazer o debate sobre o papel dos bancos e a se questionar: o que é bom para o sistema financeiro é bom para o Brasil?
Apesar de ser a sexta economia do mundo, o Brasil ocupa o 10º lugar no ranking da desigualdade mundial. Por aqui, os 10% mais ricos se apropriam de 38% da renda total produzida