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Leopoldo Vieira

Marketeiro em ano eleitoral e técnico de futebol em ano de Copa do Mundo

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2002 é que foi bom

Em 2002, a campanha de Lula foi tanto quanto militante, mas vitoriosa, com arrastão de apoios políticos e sociais porque firmou compromissos, apresentou uma agenda exequível, fez um discurso de amor e paz pelo Brasil. O resto da história todos conhecem. Lula deixou o governo com 80% de popularidade e, hoje, passados seis anos fora do Palácio do Planalto, a saudade do velhinho o coloca na dianteira das intenções de voto para 2018

lula (Foto: Leopoldo Vieira)
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Muitos têm tentando a analogia entre a possível campanha do ex-presidente Lula, no ano que vem, com a de 1989.

Embora militante, Lula perdeu, com direito à recusa, pelo PT, do apoio de Ulysses Guimarães no segundo turno.

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O Brasil inaugurou ali uma larga janela ultra-liberal, que custou caro para a vida dos mais pobres e dos trabalhadores, para a economia e para a reputação mundial do país.

Mas, ao falar de 1989, estes muitos se comportam como os saudosistas da Seleção Brasileira de 1982 (ou de 1986, tanto faz). Jogou bem, tinha craques em campo e...24 anos sem título.

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Boa mesmo foi a de 1994. Guerreira até o fim na primeira final decidida nos pênaltis. Gol de um artilheiro de 1,60m dentro da pequena área dos gigantes suecos. 1 x 0 suado contra os pernas de pau americanos, mas classificada.

E, na trajetória até os Estados Unidos, fez sofrer, mas permitiu lances para lá de belos e emocionantes, como a vitória, no último jogo das eliminatórias, conta o Uruguai, com drible ao goleiro e bola para dentro espantando o fantasma da eliminação nas preliminares.

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Não teve jeito, teve que convocar o baixinho. O moralismo da equipe técnica custaria maior derrota já sofrida pela pátria de chuteiras.

No final do mundial, é teeetra e porteira aberta do orgulho nacional para a conquista de 2002 no gramado (e da própria realização da Copa no mainstream).

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Em 2002, a campanha de Lula foi tanto quanto militante, mas vitoriosa, com arrastão de apoios políticos e sociais porque firmou compromissos, apresentou uma agenda exequível, fez um discurso de amor e paz pelo Brasil.

O resto da história todos conhecem. Lula deixou o governo com 80% de popularidade e, hoje, passados seis anos fora do Palácio do Planalto, a saudade do velhinho o coloca na dianteira das intenções de voto para 2018.

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Não teve crise fiscal, econômica, política, institucional. Teve, sim, recalque do ex-presidente FHC, que derrotou Lula duas vezes no primeiro turno, quando 1994 e 1998 tentava copiar...1989.

Não dá para repetir o passado, mas que 2002 diz muito mais do que 1989 sobre o caminho do sucesso, é inegável. A não ser para os mesmos que sonham, no travesseiro, com o destino de 1989, pois ser exótico parece mais atrativo do que mudar a vida das pessoas e do país.

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Há quem diga que em 2002 não houve golpe e, por isso, é diferente. Parece a história de não namorar porque levou chifre (sem falar, digamos, na ma gestão do relacionamento).

Na verdade, não ter tido golpe é mais uma razão para arrastar apoios, mais até do que em 2002.

É eleição quente, que precisa, de partida, superar a prévia da Lawfare.

Tem que ter foco e criatividade séria como a constelação do Parreira.

Com perdão para outros saudosistas, os da Seleção de 70, aquela época passou. A URSS caiu e a esquerda precisa reinventar seu tipo de jogo. Se não, fica sem título e o povo no Mapa da Fome.

Só que diferentemente de 1989, se perder agora, não é só chicote ultra-liberal no lombo popular, é com a mão de políticos populistas radicais de direita como Bolsonaro ou Doria Jr.

Quem quiser brincar de rejeitar alianças num contexto desses, que o façam com candidaturas e partidos comodamente estacionados nos 5, 6%. Não com o Brasil.

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