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Adilson Roberto Gonçalves

Pesquisador científico em Campinas-SP

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Algumas avaliações após o primeiro turno

O momento é crítico e, não por menos, democracia e diplomacia estiveram em títulos de artigos de opinião de alguns jornais

Funcionária da Justiça Eleitoral com urnas eletrônicas (Foto: REUTERS/Rodolfo Buhrer)
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Primeiramente é preciso afirmar que Lula venceu o primeiro turno das eleições presidenciais de 2022, disputado sobre um candidato que usou e abusou da máquina pública, ferindo todos os ditames legais da República. Lula ainda não conquistou a vitória definitiva, prorrogada para o dia 30 de outubro.

Foi confirmada a enorme fração de bolsonarismo existente entre os eleitores de Ciro Gomes, conforme avaliado em artigos anteriores (https://www.brasil247.com/blog/o-eleitor-de-ciro-gomes-e-bolsonarento , https://www.brasil247.com/blog/triste-fim-de-ciro-gomes). Cabe aos institutos de pesquisa de intenção de votos estudar e entender qual anomalia foi introduzida na metodologia. Provavelmente a simples estratificação por idade, sexo, renda, localização geográfica e escolaridade não é suficiente. Um fator de ponderação deverá ser multiplicado ao que revela voto na extrema direita. Talvez até pela incompatibilidade de tal posição com uma análise democrática, ou seja, a da naturea do voto.

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Voltando um pouco na avaliação da semana que antecedeu o primeito turno das eleições, fica evidenciado que o ogro não sairá da presidência tão facilmente. A entrevista do despresidente à Record mostrou que o voto não será suficiente para removê-lo do cargo. Covarde como é, conclamará seu cercadinho para apoiá-lo em um golpe, a única possibilidade de fugir da cadeia no ano que vem. Ou então, esperneará nos próximos três meses, causando muito tumulto e mais estragos ainda. Ao final, terá alguma disfunção intestinal, renunciando ou tirando licença para que o vice passe a faixa ao Lula.

No último debate presidencial antes do primeiro turno das eleições, também ficou flagrante a covardia do despresidente ao evitar o confronto direto com seu maior oponente, usando o autointitulado padre como míssil teleguiado. Além de vergonhoso e, talvez, criminoso por ser uma candidatura explicitamente laranja, o conchavo explícito nos intervalos foi apenas mais do mesmo, pois o ocupante do Palácio do Planalto não distingue as funções de candidato e de chefe de um poder, muito menos o que é público e o que é interesse privado. Ao menos as candidatas trouxeram um pouco de debate de propostas e puderam desmascarar o conluio montado.

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E às vésperas da eleição, os primos Schwartsman revelaram opiniões divergentes na Folha de S. Paulo. Enquanto o economista Alexandre optou por não enxergar o visível, fazendo a já tradicional, falsa e cansada equivalência entre as candidaturas do atual despresidente e do ex-presidente Lula (“Em louvor do voto inútil”, Tendências/Debates, 30/9), o filósofo Hélio afirmou ser mais importante - e prazerosa - a derrocada no bolsonarismo desde já, no primeiro turno (“Prazer cívico”, Opinião, 30/9), o que acabou ficando para depois, por cerca de 2 milhões de votos. Assim, a esperança da volta do Brasil à democracia significa digitar e confirmar o único número primo possível, não nulo, no último domingo deste mês, como já feito no domingo passado.

Acompanhar a movimentação política no centro do poder é primordial, especialmente por veículos que estejam fisicamente próximos a ele. O momento é crítico e, não por menos, democracia e diplomacia estiveram em títulos de artigos de opinião de alguns jornais na semana passada. Precisamos reconstruir o país para os brasileiros e voltar a mostrar nossa importância para o resto do mundo.

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