BRB na série B
A gestão temerária implantada nos últimos anos cobrou seu preço e o banco agora corre riscos de insolvência, liquidação ou federalização pelo Banco Central.
Duas importantes agências independentes que atuam no mercado financeiro (Moodys e Fitch Rattings) rebaixaram recentemente a classificação do BRB quanto à sua solidez financeira, reputação institucional e risco de crédito.
As notas do BRB saíram de um cenário de estabilidade e são hoje apontadas como arriscadas e incertas.
A gestão temerária implantada nos últimos anos cobrou seu preço e o banco agora corre riscos de insolvência, liquidação ou federalização pelo Banco Central.
Como essas notas das agências de risco e o cenário aberto pela operação da polícia federal podem afetar os clientes do banco e a economia do DF?
O rebaixamento de ratings pela Fitch e a retirada de classificações pela Moody's sinalizam enfraquecimento significativo na solidez financeira do BRB, aumentando custos de funding, pressionando a capitalização e elevando riscos operacionais.
O rating mais baixo eleva os spreads de crédito exigidos por investidores, encarecem emissões de dívida e captações no mercado, o que deteriora a liquidez e a rentabilidade. A Fitch citou violações de limites de exposição em mais de 20 vezes o regulado, agravando a percepção de risco. A Moody's retirou todas as classificações em meio a auditorias sobre fraudes, indicando alta incerteza patrimonial
A perda de ratings compromete a capacidade do BRB acessar funding de curto prazo, podendo forçar vendas de ativos a preços descontados e reduzir índices de capital, aproximando-o do descumprimento das intervenções regulatórias, o que significa sair do índice de Basiléia, indicador da solidez e boa governança de qualquer instituição financeira bem administrada.
Esses eventos minam a reputação institucional do banco junto a clientes e fornecedores, ampliando saques e reclamações, enquanto o Banco Central continua a dimensionar quais os riscos das operações do BRB ao sistema financeiro nacional.
O BRB tenta reafirmar solidez, mas as medidas adotadas reforçam a percepção de falta de transparência, descontrole e baixo nível técnico e profissional.
O novo presidente do banco age como se não houvesse um caso grave a investigar. O controlador, governador Ibaneis Rocha e gestão, fingem tranquilidade e abusam da inteligência das pessoas.
O antigo presidente do banco, afastado pela justiça e demitido, não prestou depoimento às autoridades e se recusa a apresentar provas da integridade de suas ações.
A nova gestão contratou uma auditoria independente para atestar ou não a regularidade das transações das carteiras adquiridas do Banco Master. Ou seja, um claro sinal de que existe muitas incertezas sobre as transações apontadas como lucrativas e vantajosas.
Continuamos defendendo a criação de uma CPI do BRB na CLDF.
É necessário esclarecer todas as operações dos últimos 5 anos. Patrocínios, loterias, Master, publicidade e aumento de capital.
O rebaixamento do BRB para a série B do mercado financeiro é resultado de ações pretéritas e precisamos identificar os responsáveis por esse fracasso e punir na forma da lei os construtores desse enorme prejuízo para Brasília e sua economia.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.




