Feliz Ano Novo
Para que esse feliz ano novo se concretize plenamente, é fundamental que a sociedade faça a sua parte e continue garantindo a governabilidade de Lula
Há tempos o Brasil não começava um novo ano com tanta clareza de rumo. Depois de três anos lutando para — literalmente — rearrumar a nação após um longo período marcado por insegurança, desmontes e abandono das políticas públicas, o governo Lula recolocou o país nos trilhos de um projeto profundamente transformador, que considera a vida das pessoas como pedra angular de qualquer tomada de decisão. O que se projeta para 2026 não é promessa vazia, mas a continuidade de mudanças que já estão sendo sentidas no cotidiano de milhões de famílias brasileiras.
O equilíbrio fiscal, por muito tempo usado como desculpa para cortar direitos, passou a ser tratado com responsabilidade social. O novo arcabouço fiscal mostra que é possível organizar as contas públicas sem sacrificar os mais pobres. Ao cortar privilégios, rever incentivos fiscais injustificados e cobrar mais de quem pode mais, o governo abriu espaço para investir onde realmente importa. O investimento público voltou a ser palavra-chave. Só com o Novo PAC, são mais de R$ 1,7 trilhão previstos em obras e serviços, com impacto direto em emprego, renda e infraestrutura. Municípios de todas as regiões voltaram a ver creches, escolas, unidades de saúde, estradas e sistemas de abastecimento saírem do papel. Isso gera emprego, renda e dignidade, aqui e agora.
A economia voltou a dialogar com a vida real. O desemprego caiu ao menor nível da série histórica, ficando abaixo de 7%, com mais de 102 milhões de pessoas ocupadas no país. A política de valorização do salário mínimo, com ganho real acima da inflação, significou aumento direto de renda para cerca de 59 milhões de brasileiros e brasileiras, impactando aposentadorias, pensões e benefícios sociais. Programas como o Desenrola ajudaram mais de 15 milhões de pessoas a renegociar dívidas e entrar no novo ano com novas perspectivas, enquanto o crédito começa, aos poucos, a deixar de ser uma armadilha para se tornar instrumento de desenvolvimento. A reforma tributária do consumo, já em fase de transição, aponta para um sistema mais simples e mais justo, que corrige distorções históricas e devolve parte dos impostos às famílias de baixa renda. É o Estado afirmando, na prática, que sempre foi injusto cobrar mais de quem tem menos.
Na área social, o recado é direto. Ninguém fica para trás. O Bolsa Família voltou fortalecido e atende mais de 21 milhões de famílias, garantindo renda mínima e contribuindo diretamente para a retirada do Brasil do Mapa da Fome. A tarifa social de energia beneficia dezenas de milhões de pessoas, reduzindo drasticamente o valor da conta de luz para quem mais precisa. O programa de gás de cozinha gratuito ataca uma das despesas mais pesadas no orçamento das famílias pobres. Luz e gás deixam de ser luxo e passam a ser reconhecidos como direitos. Isso também é política pública que melhora, de forma concreta, a qualidade de vida de milhões de brasileiros e brasileiras.
A moradia voltou a ser prioridade. O Minha Casa, Minha Vida foi retomado com força, com a meta de contratar mais de 2 milhões de moradias em 2026. O programa ampliou seu alcance, atendendo famílias de baixa renda e também a classe média trabalhadora. Ao lado dele, iniciativas de reforma habitacional mostram que moradia digna não é apenas ter um teto, mas viver com segurança, salubridade e respeito. Cada casa entregue e cada reforma financiada representam mais que concreto. Representam estabilidade para famílias inteiras.
Na saúde, o SUS voltou a respirar. O orçamento da área foi recomposto após anos de perdas, unidades foram reabertas e obras retomadas. A Farmácia Popular passou a oferecer medicamentos gratuitamente para a maioria dos tratamentos básicos, beneficiando milhões de pessoas. O Mais Médicos voltou a atender mais de 60 milhões de brasileiros e brasileiras, levando profissionais de saúde a regiões onde antes não havia nenhum. Vacinação retomada, prevenção fortalecida e atenção básica ampliada significam menos sofrimento e mais vida.
A educação, motor de qualquer projeto de nação, voltou a ser tratada como investimento, não como gasto. O Pé-de-Meia garante apoio financeiro a estudantes do ensino médio, com potencial de alcançar mais de 2,5 milhões de jovens, reduzindo a evasão escolar. As cotas foram atualizadas e fortalecidas, assegurando que universidades e o serviço público reflitam, cada vez mais, o rosto do povo brasileiro. Expandir campi, concluir obras e abrir vagas é democratizar oportunidades e romper ciclos históricos de exclusão.
Tudo isso dialoga com uma visão de desenvolvimento que não ignora o planeta. O desmatamento na Amazônia caiu mais de 50 por cento em relação aos anos anteriores, resultado direto da retomada da política ambiental e da fiscalização. O Brasil voltou ao protagonismo internacional, atraindo investimentos ligados à economia verde e à transição energética. O mundo volta a respeitar o país porque entende que não há justiça social sem justiça ambiental.
Mas nenhuma conquista se sustenta sozinha. Para que esse feliz ano novo se concretize plenamente, é fundamental que a sociedade faça a sua parte e continue garantindo a governabilidade de Lula. Mais do que nunca, as pessoas precisam estar nas ruas, atendendo aos chamados dos sindicatos e dos movimentos sociais. Precisam seguir pressionando parlamentares, defendendo políticas públicas, disputando ideias e impedindo retrocessos. Direitos não caem do céu. São frutos de organização, luta e participação.
Se o presidente Lula aponta o caminho, cabe a nós mantê-lo aberto com mobilização e frequência. Quando o povo se move, a democracia se fortalece e as políticas que colocam o ser humano no centro resistem. É isso que está em jogo. Que o próximo ano seja, de fato, um feliz ano novo, com mais saúde, mais dignidade, mais justiça social e mais vida para todos, todas e todes – indistintamente.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.



