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Alex Solnik

Alex Solnik, jornalista, é autor de "O dia em que conheci Brilhante Ustra" (Geração Editorial)

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“Não contavam com a minha astúcia”

Chapolin Colorado era mais esperto

O ex-presidente Jair Bolsonaro aparece na porta de casa durante sua prisão domiciliar, em Brasília-DF - 21 de novembro de 2025 (Foto: REUTERS/Mateus Bonomi)

Fiquei perplexo. Quer dizer que à meia-noite e alguns minutos, de sexta para sábado, um insone Jair Bolsonaro resolveu romper a sua tornozeleira com um ferro de soldar!?

Por que?

“Curiosidade”, respondeu, já trancado na Polícia Federal.

É estarrecedor! É preciso verificar se as suas faculdades mentais estão em ordem.  

Ele não sabia que sua atitude só pioraria a sua situação ou achou que ninguém ia perceber? Não o avisaram que a tornozeleira (tal como ele) é vigiada vinte e quatro horas por dia?

Não o avisaram que havia policiais federais na porta de seu condomínio prontos para entrar em ação, tal como entraram, constataram a violação, trocaram a tornozeleira e informaram ao ministro Alexandre de Moraes?

Mas o grande mistério é: qual seria a curiosidade que ele queria matar? Se um ferro de soldar pode quebrar uma tornozeleira? E, se quebrasse, o que faria em seguida? Incluiria o “experimento” em seu diário e iria dormir? Ou tentaria fugir? Com a polícia nas suas fuças?

Tenho a ligeira impressão que quem lhe deu a ideia do ferro de soldar foi o Chapolin Colorado e, ao escapar da prisão domiciliar ele se sairia com o famoso bordão:

“Não contavam com a minha astúcia”. 

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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