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Alex Solnik

Alex Solnik, jornalista, é autor de "O dia em que conheci Brilhante Ustra" (Geração Editorial)

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Adeus, prisão domiciliar

Bolsonaro inviabilizou prerrogativa

Adeus, prisão domiciliar (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil)

A defesa do ex-presidente condenado por golpe de estado deve estar atônita. Enquanto seus integrantes queimavam as pestanas e gastavam os teclados de seus laptops à cata de argumentos para reivindicar sua prisão domiciliar, ele próprio - e seu filho - atuavam em sentido oposto, desafiando os limites do STF e finalmente obrigando a PF e o ministro Alexandre de Moraes a trancafiá-lo entre quatro paredes de uma Sala Especial na sede da Polícia Federal, em Brasília.

Pai e filho - o primeiro tentando violar a tornozeleira e o segundo convocando um acampamento na porta do condomínio - não só anteciparam o que iria (e irá) acontecer dentro de alguns dias (o trânsito em julgado da tentativa de golpe), como deram argumentos para Alexandre de Moraes negar a prisão domiciliar depois do trânsito em julgado.

Moraes não vai colocar em risco o cumprimento da pena de 27 anos - a maior já aplicada a um ex-presidente da República - de um condenado com esses precedentes.

Além de dar adeus às festas de fim de ano em família, Bolsonaro também se despediu da prisão domiciliar futura, que poderia atender à prerrogativa da idade, mas injustificável para alguém que está em permanente guerra com a Justiça, seja com que idade for.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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