O Banco Central fechou o banco do Centrão
Agora cabe ao BACEN aprofundar as investigações sobre as outras fontes de onde o Master se abasteceu
O Banco Central fechou o banco do Centrão. Agora faltam os cúmplices. Entre eles, o BRB, comandado pelo governador do DF e por sua vice. Novamente, o Banco Central deve agir para proteger o patrimônio do povo.
A revelação de que o BRB participou ativamente das operações de fachada realizadas para salvar o banco Master, desde 2024, remete à necessidade de ação imediata do Banco Central para proteger os ativos do banco público.
Segundo o relatório do BACEN, as fraudes no Master totalizam (por enquanto) 12,1 bilhões de reais. Esse montante foi obtido por “grosseiras falsificações” realizadas pela diretoria do Master e do BRB.
Uma das “fachadas” para isso foi criada à revelia dos órgãos reguladores do próprio BRB, por ato isolado do presidente do banco. Ao cometer esse absurdo, o presidente deve ter se cercado de algum apoio político.
Agora cabe ao BACEN aprofundar as investigações sobre as outras fontes de onde o Master se abasteceu, como as prefeituras de São Paulo, a Cedae e a EMAE. E a falsificação de títulos de crédito é parte fundamental dessa apuração.
A grande pergunta é quem autorizou, em última instância, essa baderna que levou ao que talvez seja o maior escândalo financeiro da história do Brasil.
Não custa relembrar que, há poucos dias, tanto o governador Ibaneis quanto sua vice, Celina Leão, foram a público defender a “lisura” das operações do BRB. Com base em que chegaram a essa conclusão, ou por que falaram isso? Esse tipo de exposição costuma ser base de fake news.
Agora os políticos do Centrão estão se preocupando com as delações premiadas, campo cheio de boatos e nenhuma confirmação. Ibaneis agora divide seu advogado de defesa com Paulo Henrique Costa, presidente afastado do BRB. É uma aparente medida para evitar que se responda à pergunta: quem deu a ordem?
A transferência do presidente afastado do Master para o presídio de Guarulhos leva certo nervosismo às hostes do Centrão. Vorcaro começou por baixo, na Igreja da Lagoinha, conhecendo os meandros dessas intrincadas relações entre pastores que disseminam o ódio, políticos que fazem tudo para si próprios e banqueiros dispostos a tudo para manter seu elevado padrão de vida.
Nessa apuração, o importante é lembrar que o BRB é um patrimônio do povo de Brasília e merece ser preservado, longe dos braços de Ibaneis e Leão.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.




