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Tiago Barbosa

Jornalista, pós-graduado em História e Jornalismo, com passagem por jornais de Pernambuco

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Tarcísio é cria do fascismo bolsonarista mais medonho

"A exaltação da mídia ao governador de São Paulo como político de centro é um novo aval às atrocidades autorizadas por ele", escreve Tiago Barbosa

Tarcísio de Freitas (Foto: Governo do Estado de São Paulo)
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O regime racista de violência naturalizada contra negro e pobre e de proteção incondicional a rico e branco é validado diariamente pela mídia corporativa.

É ela quem bajula personagens centrais para a manutenção de uma polícia acostumada a atirar a ermo na favela e se curvar em área "nobre".

É ela quem normaliza um delinquente fascista publicamente conhecido por defender a tortura e a cultura das armas sob slogan de "bandido bom é bandido morto".

A exaltação recente ao governador de SP - uma cria do fascismo bolsonarista mais medonho - como político de centro é um novo aval às atrocidades autorizadas por ele.

Foi esse "centrista" quem disparou um "Tô nem aí" quando questionado sobre métodos selvagens da PM em operações repletas de assassinatos.

É ele quem libera as ações denunciadas por moradores de áreas pobres como sessões de terror para "vingar" outros policiais.

Essa mídia antilulista acima de tudo fecha os olhos para reportar como natural o acúmulo de cadáveres em face das ações executadas pela PM.

Nenhum veículo enquadra esse cenário de horror permanente como uma desumanidade merecedora de ação enérgica das instituições para interromper o derramamento de sangue.

Pelo contrário: todos os sinais emitidos pelas matérias minimizam as barbaridades e endossam a ideologia punitivista, racista e aporofóbica na raiz da desumanização das vítimas.

A morte de um pai de família por um dono de um Porsche em alta velocidade, nesta semana, é destituída de autoria e - pasmem! - atribuída à potência do carro.

Não há questionamento contundente pela punição a quem liberou o motorista sem sofrer as devidas sanções da lei após o episódio.

A condescendência com o empresário é oposta à truculência na abordagem a trabalhadores negros na favela - como flagrou um vídeo chocante de espancamento do filho de um pai cadeirante em frente à família.

A naturalização sucessiva da inferiorização da vida negra pela mídia - com silêncios, omissões diante de violações e elogios incabíveis a quem chancela a selvageria - é a fiadora de um modelo falido de sociedade.

Fracassado, violento e letal para quem tem o destino determinado pela classe social, a cor da pele e a indiferença desumana e cúmplice de um jornalismo vassalo do poder e do dinheiro.

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