Vai Tentar Negar Culpa
Para Eduardo, o jogo nos EUA pode acabar com um “Vai Tentar Negar Culpa” – e um bilhete só de ida para o Brasil
“Torce para a inteligência americana não levar isso aqui ao conhecimento do Trump.” Essa mensagem, enviada por Eduardo a Jair, acompanhada de uma imagem não recuperada pela Polícia Federal (PF), revela o temor do deputado de que suas articulações nos EUA fossem descobertas.
A PF interpreta a mensagem como uma tentativa de ocultar informações das autoridades americanas para atender a interesses pessoais, no contexto de pressões para impor sanções contra o Brasil e proteger Jair de processos no Supremo Tribunal Federal (STF).
O que quer que seja, se chegar à inteligência americana, um grito pode ecoar no Salão Oval: “DEPORTE-O JÁ!”
Eduardo, que se licenciou do cargo de deputado para atuar nos EUA, buscava influenciar aliados de Trump, como o secretário Marco Rubio, para sancionar autoridades brasileiras, como Alexandre de Moraes. Mas, se Trump perceber que foi manipulado para livrar Jair da cadeia, Eduardo pode enfrentar mais do que deportação.
Nos EUA, enganar a inteligência nacional é crime grave. Leis como o Espionage Act, ou acusações de conspiração podem levar a penas de 5 a 7 anos de prisão, ou até prisão perpétua em casos extremos, com deportação como consequência adicional para estrangeiros.
Se a inteligência americana descobrir o que Eduardo tentava esconder, ele pode não só ser expulso dos EUA, mas também ver sua estratégia de usar Trump para salvar o pai desmoronar, comprometendo sua influência política no exterior.
Os vídeos postados por Eduardo soam como um garoto bobo que, iludido com filme de guerra americano, enche o peito para dizer no final: “Deus salve a América!” Como se estivesse em um set em Hollywood. Depois, com a câmera desligada, em voz baixa, confessa um sonho de criança: “Eu sempre quis dizer isso.”
Mas a realidade é que para Eduardo, o jogo nos EUA pode acabar com um “Vai Tentar Negar Culpa” – e um bilhete só de ida para o Brasil, onde terá e arcar com as consequências de seus atos.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.




