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Caminhoneiros não aderem à greve nacional convocada e estradas seguem sem bloqueios

Representantes da mobilização haviam divulgado expectativa de participação em todas as cinco regiões do país

Caminhoneiros (Foto: UESLEI MARCELINO - REUTERS)

s247 - A greve geral anunciada por parte dos caminhoneiros para esta quinta-feira (4/12) não se confirmou nas estradas brasileiras. Segundo informações do portal Metrópoles, além de não haver registro de paralisações, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou que nenhuma comunicação formal sobre mobilizações foi protocolada pela categoria em todo o país.

Em nota, a PRF reforçou que, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, “nenhum evento que possa perturbar ou interromper a livre circulação de veículos e pedestres pode ser iniciado sem permissão prévia da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via”. A corporação acrescentou que segue com o monitoramento de rotina nos mais de 75 mil quilômetros de rodovias federais, acompanhando o fluxo e eventuais situações atípicas.

País amanhece sem bloqueios

No Distrito Federal e Entorno, a manhã desta quinta-feira começou sem bloqueios, interdições ou qualquer aglomeração em estradas federais até as 8h. Situação semelhante foi registrada em outros estados, como Rio de Janeiro e São Paulo, contrariando as projeções feitas por organizadores do movimento, que haviam estimado ampla adesão sobretudo na Região Sudeste.

Movimento esperava apoio nacional

Na quarta-feira (3/12), representantes da mobilização haviam divulgado expectativa de participação em todas as cinco regiões do país. Para Francisco Burgardt, membro do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Ourinhos (Sindicam-SP) e um dos porta-vozes do movimento, o ato seguiria “todas as medidas impostas pela lei”. Ele afirmou ao Metrópoles que, na segunda-feira (1º/12), um ofício foi entregue ao Palácio do Planalto comunicando formalmente a intenção de greve.

Burgardt disse esperar que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresente respostas concretas para as demandas históricas do setor. Segundo ele, a categoria quer soluções que garantam melhores condições de trabalho e segurança jurídica no exercício da profissão.

Reivindicações da categoria

Entre os principais pontos defendidos pelos caminhoneiros estão:

  •  estabilidade contratual para trabalhadores autônomos;
  •  cumprimento efetivo da legislação já existente;
  •  reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas;
  •  aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho, mediante comprovação por recolhimento ou documento fiscal.

Mesmo sem adesão nas estradas, lideranças afirmam que o movimento deve continuar pressionando o governo federal para avançar em negociações. Até o momento, entretanto, não há previsão de nova data para paralisações.

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