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      Dirigente de campanha pelo direito à educação, Daniel Cara denuncia sabotagem do presidente do Inep ao Enem

      Em áudio divulgado nas redes sociais, Daniel Cara explica o movimento de demissão em massa de servidores no órgão que realiza a prova

      Daniel Cara (Foto: Campanha.Org/Divulgação)
      Juca Simonard avatar
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      247 - O professor da USP e dirigente nacional da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, da qual já foi coordenador-geral, Daniel Cara gravou áudio em que fez graves denúncias quanto à realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a ser realizado daqui a duas semanas.

      Segundo as suas denúncias, no dia 4 de novembro houve uma assembleia da Associação dos Servidores do INEP (Asinep), que decidiu - diante de um processo de desmonte que vem acometendo o setor da Educação, desde 2019, com a ascensão de Bolsonaro à presidência da República -, ser necessário lutar pela defesa do INEP e do Enem de maneira radical. 

      Para os funcionários, a gestão do Danilo Dupas, à frente do INEP, está acabando com o “radar logístico” do Enem, a sua segurança logística. Cara, que é importante articulador das pautas da educação junto a parlamentares, explicou o que seria esta segurança, destacando, por exemplo, que “se acaba a luz em numa escola de região rural, em cinco minutos, no máximo, o Inep é avisado e toma uma providência”, entre outros problemas - como vazamento da prova. 

      A gestão Dupas tem minado isso, segundo os servidores, que alegam que o Inep não estará mais sabendo de primeira mão, mas através da imprensa, informa Cara.

      Cara é também membro titular do Fórum Nacional de Educação e foi membro da direção da Campanha Global pela Educação entre janeiro de 2007 e fevereiro de 2011. Hoje é membro do Comitê Diretivo da Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (Clade) e diretor geral da Clade-Brasil.

      Crise no Inep

      A crise no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) levou 33 funcionários a pedir exoneração nesta segunda-feira, 8, a menos de duas semanas da aplicação do Enem. A prova será realizada nos dias 21 e 28 de novembro.

      Inicialmente, haviam sido divulgados 13 nomes. No entanto, outros funcionários pediram exoneração em seguida.

      O pedido de demissão coletiva acontece às vésperas da realização do Enem de 2021, realizado pelo órgão vinculado ao Ministério da Educação, marcado para os dias 21 e 28 de novembro, que deve contar com a participação de 3 milhões de estudantes.

      O presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação, deputado federal Professor Israel (PV), protocolou na Comissão de Educação da Câmara, nesta segunda, um pedido para a convocação do presidente do órgão, Danilo Dupas.

      Segundo o parlamentar, a prova, marcada para o fim deste mês, corre riscos e “a administração do Dupas elevou o Inep a uma deterioração muito rápida, a uma profunda crise de confiança entre os servidores e a gestão, a ponto de que agora dezenas de servidores renunciaram a seus cargos de confiança”.

      O MEC informou que o cronograma do Enem 2021 está mantido e não será afetado pela saída de servidores do Inep.

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