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Defesa de ex-presidente do INSS diz que 'prisão é completamente ilegal'

Alessandro Stefanutto foi preso preventivamente nesta quinta-feira no âmbito da nova fase da Operação Sem Desconto, que apura fraudes no INSS

Alessandro Stefanutto (Foto: ABR)

247 - A prisão do ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, desencadeou forte reação de sua defesa, que classificou a detenção como ilegal e sem justificativa adequada. Stefanutto foi preso pela Polícia Federal no âmbito da nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada nesta quinta-feira (13),  que investiga fraudes bilionárias por meio de descontos indevidos em benefícios do INSS. 

Segundo o UOL, a defesa de Stefanutto afirmou manter plena confiança no resultado do processo. Em nota, os representantes legais declararam que “segue confiante, diante dos fatos, de que comprovará a inocência dele ao final dos procedimentos relacionados ao caso”.

Nova fase da Operação Sem Desconto

A prisão preventiva de Stefanutto ocorreu na manhã desta quinta-feira durante mais uma fase da investigação conduzida pela Polícia Federal. A operação apura suspeitas de descontos associativos indevidos aplicados em aposentadorias e pensões, esquema que teria atuado em diversas regiões do país.

Segundo a equipe de Stefanutto, o ex-dirigente do instituto “segue confiante, diante dos fatos, de que comprovará a inocência dele ao final dos procedimentos relacionados ao caso”. O posicionamento ocorre após a Polícia Federal prendê-lo nas primeiras horas da manhã, como parte das investigações que apuram supostos descontos associativos irregulares em aposentadorias e pensões.

Outros alvos

O avanço da operação também atingiu outros nomes de destaque na política nacional. Entre os alvos de mandados de busca está José Carlos Oliveira, ex-ministro do Trabalho e Previdência no governo de Jair Bolsonaro (PL). Além dele, foram alvos o deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) e o deputado estadual Edson Araújo (PSB-MA). As defesas dos citados ainda não haviam se manifestado até o fechamento desta reportagem.

Mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva

A Polícia Federal cumpre 63 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva. As ações se estendem por 14 estados — Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins — além do Distrito Federal. Nem todos os nomes envolvidos foram divulgados oficialmente.

Crimes investigados 

A lista de suspeitas investigadas pela PF inclui inserção de dados falsos em sistemas públicos, formação de organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de possíveis atos de ocultação e dilapidação de patrimônio.

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