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Júri condena assassino de Ari Uru Eu Wau Wau

Representantes de todas as aldeias do Povo Jupaú, conhecidos como Uru Eu Wau Wau, acompanharam o julgamento no plenário

Ari Uru Eu Wau Wau (Foto: Reprodução/Luciana Oliveira | Reprodução/Kanindé)
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Matéria de Luciana Oliveira, para o 247 - O julgamento do réu João Carlos da Silva ocorreu no fórum de Jaru e foi transmitido ao vivo através  do site do Tribunal de Justiça de Rondônia. 

Representantes de todas as aldeias do Povo Jupaú, conhecidos como Uru Eu Wau Wau, acompanharam o julgamento no plenário. 

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A primeira etapa foi reservada aos depoimentos das cinco testemunhas de acusação e uma de defesa e também o do réu, que negou ter matado o indígena. 

Os debates entre acusação e defesa abalaram os indígenas presentes, sobretudo, quando fotos do corpo da vítima no laudo pericial foram apresentadas. Uma parte dos indígenas presentes deixou o plenário. 

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Roosevelt Queiroz, representando o Ministério Público, apresentou provas testemunhais e escutas telefônicas autorizadas. Ele destacou a vida pregressa do réu que inclui outras investigações por homicídios e violência doméstica, além da condenação pelo assassinato do cunhado. 

Maria Terezinha da Silva, irmã do acusado, ouvida em juízo como informante, afirmou “que JOÃO CARLOS “guiga” contou para ela que havia matado Ari. Apesar de não saber dar detalhes do fato ao argumento de que toma remédios controlados que o fazem não lembrar precisamente dos fatos, a informante confirmou o que disse na Delegacia”.

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A defensora pública Danilla Neves, que acompanhou o réu, apontou a falta de provas e criticou a precariedade da investigação do crime. Para ela, o que constam nos autos não são elementos probatórios suficientes para uma condenação e o pedido foi pela absolvição da acusação de homicídio qualificado com motivo fútil e sem possibilidade de defesa da vítima. 

O indígena, professor e integrante da equipe de vigilância da Terra Indígena Uru Eu Wau Wau foi assasinado em 18 de abril de 2018. Ari era reconhecido  guardião do maior território indígena de Rondônia.  Ele morava na aldeia 621 e fazia monitoramento de invasões e desmatamentos. O corpo de Ari tinha sinais de lesão contundente na região do pescoço sem possibilidade de defesa. 

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Após 10 horas de julgamento, os jurados se reuniram na sala secreta e votaram os quesitos  de materialidade, autoria, absolvição e qualificadoras. Decidiram pela condenação e a pena foi fixada em 18 anos.

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