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Lula afirma que multilateralismo sairá vitorioso e critica ausência de Trump no G20

Em coletiva na África do Sul, presidente destaca protagonismo internacional do Brasil e diz que Trump faz uma “pregação” contra o multilateralismo

Lula fala a jornalistas na COP30, em Belém (Foto: Reprodução)

247 - Em coletiva de imprensa na África do Sul, durante reunião do G20, o presidente Lula reforçou que o Brasil vive um momento de protagonismo global, lamentou a ausência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e afirmou que, apesar das movimentações norte-americanas, o multilateralismo vai sair fortalecido.

Lula abriu a coletiva destacando o papel do Brasil na organização de importantes fóruns internacionais. “O que é importante ter em conta é que vocês devem estar notando que nesses últimos 15 meses o Brasil teve uma árdua tarefa de organizar três fóruns extremamente importantes: o G20 no Rio de Janeiro, os Brics e a COP do Pará, o que demonstra que o Brasil está mais do que preparado”, disse.

Em tom descontraído, completou: “O único desses fóruns que o Brasil saiu fracassado foi perder para a Alemanha de 7 a 1 durante a Copa no Brasil”. Segundo o presidente, os encontros recentes mostram que “o multilateralismo está mais do que vivo”.

Lula reforçou sua convicção de que modelos cooperativos continuarão a prevalecer no cenário internacional, mesmo diante da postura norte-americana. “Trump está fazendo uma pregação prática, mas acho que o multilateralismo sairá vitorioso”, afirmou.

Lula minimizou a ausência de Trump no encontro. “Não é a primeira vez que falta um líder importante. O presidente Trump não veio, mas ele vai ter que presidir o G20, que será nos EUA”, afirmou.

Lula procurou destacar que, apesar de tensões geopolíticas e da postura unilateral do governo Trump, o sistema de cooperação global segue robusto e, segundo ele, segue avançando.

O presidente comentou ainda que 2026 será um ano de forte disputa política no Brasil, mas disse que isso não impedirá a atuação internacional do país. “Em 2026 será um ano de eleição. Um ano de disputa, mas até maio teremos uma agenda internacional intensa”, afirmou.

Ele também reforçou a estratégia de diversificação comercial do governo. “Espero que em breve vamos atingir 500 novos mercados, demonstrando que o Brasil não depende de um só país”, disse.

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