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Órgão da ONU diz que Brasil está perto de deixar o Mapa da Fome e Lula comemora: "trabalhando na direção certa"

Brasil eliminou a fome em 2014, mas voltou ao mapa em 2021, no governo Bolsonaro. Com Lula, mais de 14 milhões saíram da condição de fome em 2023

Órgão da ONU diz que Brasil está perto de deixar o Mapa da Fome e Lula comemora: "trabalhando na direção certa" (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O Brasil está prestes a sair do Mapa da Fome, apenas dois anos após ter retornado à lista compilada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), informa o Metrópoles. Em postagem no X, antigo Twitter, nesta segunda-feira (12), o presidente Lula (PT) celebrou a notícia: "trabalhando com competência na direção certa, os resultados na redução da pobreza e da fome logo aparecem".

Em entrevista à ONU News, Jorge Meza, representante da FAO no Brasil, destacou que a fome no país aumentou significativamente durante a pandemia, mas medidas imediatas de apoio social têm sido cruciais para a recuperação. “Para que um país saia da fome tem que ter uma subalimentação, ou seja um nível de fome, igual ou inferior a 2,5%. O Brasil, no período 2021-2023, apresenta um valor de 3,9% de média móvel. Nós trabalhamos com média móvel de três anos. Com 3,9% estamos muito próximos de 2,5%, o valor para que o país saia do mapa da fome", explicou Meza.

O Brasil conseguiu eliminar a fome em 2014, mas voltou ao Mapa da Fome em 2021, reflexo do impacto da pandemia global e do caos político, social e econômico implantado no país durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Agora, o governo federal está empenhado em retirar o país dessa condição novamente. Meza ressaltou que o combate à fome no Brasil envolve a criação de novos programas de geração de renda e a atenção às situações de vulnerabilidade.

Os números indicam uma tendência positiva: mais de 14,7 milhões de brasileiros saíram da condição de fome no último ano. Além disso, a média de insegurança alimentar grave caiu de 8,5% no período de 2020 a 2022 para 6,6% entre 2021 e 2023. 

Meza também destacou a importância da ciência e da tecnologia na agricultura sustentável, essencial para garantir segurança alimentar a longo prazo. O programa "Brasil sem Fome", lançado recentemente pelo governo, é um exemplo de como mais de 80 iniciativas estão sendo integradas para enfrentar o problema de forma coordenada.

A agricultura familiar, que responde por mais de 60% dos alimentos consumidos no país, é um fator chave nesse esforço. Meza apontou que o Brasil pode ser um exemplo para o mundo, compartilhando conhecimentos, experiências e capacidades técnicas através de parcerias, como a Cooperação Sul-Sul, que visa promover a segurança alimentar e nutricional em escala global.

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