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Petrobras amplia negociações para fornecimento de biometano

Estatal discute contratos com 19 empresas após triagem de 90 propostas e avalia participação direta na produção

Logo da Petrobras no Rio de Janeiro - 05/06/2025 (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)

247 - A Petrobras avança nas tratativas para ampliar o uso de biometano em sua matriz. A diretora de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal, Angelica Laureano, afirmou na terça-feira (9) que a companhia mantém negociações com 19 fornecedores, selecionados após a análise de 90 propostas recebidas na chamada pública.

Nos primeiros debates internos, a estatal aguardava a definição oficial do percentual obrigatório de biometano a ser incorporado ao gás natural em 2026, conforme previsto pela Lei do Combustível do Futuro (11.4993/2024). O Ministério de Minas e Energia fixou o índice inicial em 0,25%, mas ainda falta definir a data de início da exigência.

Durante participação no Fórum Técnico PPSA 2025, no Rio de Janeiro, Angelica explicou que a companhia se prepara para cumprir o mandato, embora o setor questione a capacidade de oferta necessária para atender, no futuro, a um percentual de 1%. A Petrobras chegou a defender um período de transição de até três anos para a implementação integral das metas.

“Estávamos aguardando a definição de qual efetivamente seria o percentual desse mandato em 2026. Definido agora que é 0,25%, ainda falta a definição de quando começaremos com isso”, afirmou.

O texto legal previa inicialmente 1% de biometano já em 2026, com possibilidade de avanço até 10%, dependendo das condições de mercado e de deliberação do Conselho Nacional de Política Energética.

Petrobras avalia ingresso direto na produção

Além das negociações comerciais, a empresa estuda ingressar diretamente na produção de biometano por meio de participações minoritárias em projetos com agentes já estabelecidos no setor.

“A gente pretende entrar no mercado de biometano da mesma forma que pretendemos entrar no etanol, em parceria minoritária com o ente relevante do mercado”, disse Angelica. A estratégia, segundo ela, permitiria fortalecer a oferta e acelerar a transição para combustíveis de menor impacto ambiental.

O biometano tem ganhado relevância no planejamento energético por sua contribuição direta para a redução de emissões e pela possibilidade de substituir parte do gás natural fóssil na matriz brasileira.

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