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PF desmonta esquema de envio ilegal de remédios aos EUA

Ação conjunta com os EUA desmonta grupo que enviava remédios controlados sem receita médica

Polícia Federal prende acusados de ataques bilionários a bancos e frustra plano contra a Caixa (Foto: Agência Brasil )

247 - A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (11) a Operação Tarja Preta, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada na exportação ilegal de medicamentos controlados para os Estados Unidos. A ofensiva foi realizada no município de Rio das Ostras (RJ) e resultou no cumprimento de seis mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária.

A operação contou com o apoio do Ministério Público Federal (MPF), dos Correios e de autoridades estadunidenses, como a Drug Enforcement Administration (DEA) e o U.S. Customs and Border Protection (CBP).

Estrutura criminosa e envio de medicamentos sem prescrição

As investigações, iniciadas em 2023, revelaram uma rede bem estruturada, com divisão de tarefas entre fornecedores, intermediários e receptadores. O grupo enviava medicamentos de uso controlado — conhecidos como “tarja preta” — sem a exigência de prescrição médica, violando normas sanitárias brasileiras e norte-americanas.

Entre os fármacos identificados estão Zolpidem, Alprazolam, Clonazepam, Pregabalina e Ritalina, substâncias classificadas pela Portaria SVS/MS nº 344/98 como psicotrópicas ou entorpecentes. Diversas dessas remessas foram interceptadas em ações conjuntas entre a PF e o CBP.

Prisão do líder em Orlando

O líder da organização criminosa foi localizado e preso em Orlando, na Flórida, por agentes dos Estados Unidos. Após os trâmites legais, ele será deportado para o Brasil. De acordo com a investigação, o suspeito era responsável pela articulação do envio dos medicamentos e pelo controle das movimentações financeiras ilícitas.

Lavagem de dinheiro e movimentações suspeitas

As apurações também identificaram dezenas de transferências bancárias irregulares, indicando lavagem de dinheiro e financiamento da atividade criminosa. Quatro pessoas físicas e duas empresas foram diretamente implicadas no esquema.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa e tráfico internacional de drogas, além de outras infrações que possam surgir com o avanço das investigações.

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