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Provas em celulares e depoimentos de assessores colocaram Jordy e Sóstenes na mira da PF

Deputados do PL foram alvos de operação contra desvio de cota parlamentar

Brasília (DF) - 19-12-2024 - Deputado Sóstenes Cavalcante durante coletiva a imprensa no salão verde da Câmara dos Deputados (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

247 - A Polícia Federal aprofundou uma investigação iniciada há um ano e, a partir da análise de mensagens de celular, depoimentos de assessores e medidas de quebra de sigilo, chegou aos deputados federais Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante, ambos do PL do Rio de Janeiro. As novas diligências resultaram no cumprimento de mandados de busca contra os parlamentares nesta sexta-feira (19), no âmbito da Operação Galho Fraco, que apura suspeitas de desvio de recursos da cota parlamentar. As informações são do G1.

Segundo a Polícia Federal, o ponto de partida da apuração atual foi uma operação deflagrada exatamente em 19 de dezembro do ano passado, quando assessores ligados aos dois deputados foram alvo de buscas e outras medidas investigativas.

De acordo com a PF, o material recolhido naquela primeira fase — incluindo conversas em aparelhos celulares, relatos colhidos em depoimentos e dados obtidos por meio de quebras de sigilo — permitiu identificar indícios que apontariam para a participação dos parlamentares como beneficiários ou articuladores do esquema investigado. A partir desse conjunto probatório, a corporação avançou sobre os chamados “chefes” da estrutura.

A investigação indica que o esquema envolvia agentes públicos e empresários que teriam estabelecido um acordo ilícito para desviar recursos públicos provenientes da cota parlamentar. Conforme apurado, o mecanismo utilizado para a suposta fraude incluía contratos falsos firmados com empresas locadoras de veículos, que serviriam para justificar gastos inexistentes ou superfaturados.

No ano passado, quando a apuração ainda estava concentrada nos assessores, a Polícia Federal solicitou autorização para realizar buscas diretamente contra os deputados. Na ocasião, o pedido foi negado pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, decisão que contou também com parecer contrário da Procuradoria-Geral da República.

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