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Mesmo que revele salário, Moro terá que provar se trabalhou e se ganho era compatível, dizem juristas

ABJD e Prerrogativas afirmam que a revelação do salário de Moro "não invalida a investigação sobre o cometimento de crimes como tráfico de influência"

Sergio Moro (Foto: Reprodução/Facebook)
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247 - Mesmo que o ex-juiz Sergio Moro (Podemos), declarado parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF), cumpra sua promessa de revelar na sexta-feira (28) quanto recebeu da consultoria Alvarez & Marsal, a controvérsia não acabará, de acordo com entidades jurídicas ouvidas por Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

Para a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), que nesta terça-feira (25) pediu ao Ministério Público Federal que o caso seja apurado, "a revelação dos valores não invalida a investigação sobre o caráter de sua verdadeira relação com a consultoria norte-americana e a possibilidade de cometimento de crimes como tráfico de influência".

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"A decisão de revelar os valores mostra o temor de Moro de ser obrigado a fazê-lo por decisão judicial", diz ainda a entidade.

A Alvarez & Marsal lucrou - e muito - prestando consultoria a empresas quebradas pela Lava Jato, operação comandada por procuradores de Curitiba em conluio com Moro. "A divulgação de quanto o pré-candidato à Presidência lucrou como empregado da Alvarez & Marsal, que representa judicialmente as empresas afetadas pela Lava Jato, é de natureza pública, em obediência ao princípio da publicidade", afirma a ABJD. 'Moro não fará mais que sua obrigação para com a sociedade brasileira divulgando os dados, o que já deveria ter feito desde quando questionado'.

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Coordenador do Grupo Prerrogativas, o advogado Marco Aurélio de Carvalho afirma que novas frentes de investigação se abrirão com a revelação do salário do ex-juiz. "Será possível discutir a qualidade desses dados. São satisfatórios ou não? Os valores são compatíveis com os de mercado? Esses pagamentos são correlacionados a qual prestação de serviço? Há comprovação da prestação de serviço? Qual é a natureza do serviço prestado? Sem falar na discussão sobre uso de informação privilegiada".

Segundo Carvalho, será necessário investigar ainda possíveis vantagens e benefícios que o ex-juiz possa ter recebido. "A dúvida sobre a conduta ética não se dissipa com a simples exposição dos valores. Trata-se de encarar o problema de fundo, que é o conflito de interesses".

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