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Senador pede quebra dos sigilos do ex-ministro Ernesto Araújo

Integrante da CPI da Covid, o senador Alessandro Vieira (Cidadania) pediu a quebra dos sigilos do ex-ministro das Relações Exteriores. O parlamentar quer o acesso aos dados fiscais, bancários, telefônicos e telemáticos de Araújo de janeiro de 2019 a março de 2021

Alessandro Vieira e Ernesto Araújo (Foto: Agência Senado)

247 - Integrante da CPI da Covid, o senador Alessandro Vieira (Cidadania) pediu a quebra dos sigilos do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo. O parlamentar quer o acesso aos dados fiscais, bancários, telefônicos e telemáticos de Araújo de janeiro de 2019 a março de 2021.

Vieira alega que o objetivo é ter acesso aos e-mails, mensagens trocadas por aplicativos, fotos armazenadas na nuvem, dados de localização armazenados, incluindo até mesmo pesquisas no Google Maps, além de informações sobre os aplicativos baixados e instalados no Google Play.

Ele também pede acesso a rendimentos recebidos de pessoas físicas e jurídicas, e declarações de imposto de renda, de operações com cartões de crédito, de serviços médicos e de saúde, de movimentação financeira, de atividades imobiliárias, e de débitos e créditos tributários federais.

"Referido agente público - na condição de agente político do Estado brasileiro - conduziu-se de modo irresponsável e prejudicial aos interesses nacionais, que influenciaram e influenciam ainda hoje, de forma direta e indireta, os caminhos (mais ainda os descaminhos) por onde se desviaram os destinos da nação brasileira, e nos quais muitas vidas se perderam", diz trecho do requerimento.

O senador ainda escreveu que, "nesse contexto, ante uma lamentável negligência do ex-chanceler em trabalhar em âmbito internacional para conseguir vacinas e insumos para o Brasil, a transferência dos dados ora requisitados permitirá avaliar os exatos contornos de sua conduta à frente do Ministério das Relações Exteriores, identificando-se os esforços que foram ou não efetivamente envidados, a autonomia ou não de sua atuação, a existência ou não de planejamento, bem como de outros fatos relevantes para o objetivo desta CPI."

Na terça, Vieira também pediu a quebra de sigilo bancário do empresário bolsonarista Carlos Wizard, que será apreciado pela CPI da Covid, tendo sido citado como um dos lobistas pró-cloroquina.

A CPI também quer quebrar o sigilo de Carlos Bolsonaro, Fabio Wajngarten, Filipe Martins, coronel Élcio Franco - número 2 do Ministério da Saúde na gestão do general Eduardo Pazuello - e de Marcos Eraldo Arnoud - o Markinhos Show, marqueteiro que atuava como assessor especial do ministério.

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