Fliv terá mesa com Frei Betto sobre Fé e Política – Um debate necessário
O Festival do Livro Vermelho é um espaço democrático cultural e de debates políticos
247 - Mesmo para os militantes de esquerda que eventualmente sejam agnósticos ou ateus é inescapável o tema da religião, ainda mais que a ascensão de uma extrema-direita de massas no Brasil teve como um dos pilares (e não só aqui) o crescimento vertiginoso de determinadas correntes religiosas cristãs ultraconservadoras que contrastam fortemente com outra vertente de atuação religiosa muito forte dos anos 1970 e 1980, ligada à Igreja Católica, as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), que, ao contrário, eram guiadas por visões avançadas em termos de justiça social e democracia.
Um exame das experiências ativas do setor progressista no campo da religião – e as CEBs, em nosso país, foram uma das maiores - pode apontar rumos mais precisos diante dos atuais desafios, pois embora a instrumentalização da fé visando perpetuar a exploração tenha uma longa história, o atual fenômeno das igrejas evangélicas ligadas ao neofascismo comporta inúmeros aspectos novos, que é preciso levar em conta para intervir com eficácia.
A 4ª Edição do Festival do Livro, no Rio de Janeiro, que começa nesta quinta-feira (23), traz justamente, em sua programação de abertura, a exibição do documentário “Fé e Política”, obra que resgata a história das CEBs, seguida de um debate com o jornalista e escritor Frei Betto e a escritora Bel Correa, uma das organizadoras do livro homônimo que inspirou o documentário. Isabelle Gomes, diretora do filme, fará parte da mesa como mediadora.
A Fliv será realizada no Sinttel-Rio – Rua Morais e Silva, 94 – Maracanã, a entrada é gratuita e a atividade será iniciada às 18h.
